Você sabe o que são recursos ergogênicos?

A palavra ergogênico é derivada das palavras gregas: ergo (trabalho) e gen (produção). Na área esportiva o termo "Recurso ergogênico" é utilizado para descrever qualquer substância ou artifício utilizado com o objetivo de melhorar o desempenho esportivo e a recuperação após o exercício. 

O intuito da utilização de ergogênicos é aumentar o desempenho através da intensificação da potência física, da capacidade mental ou do limite mecânico e, dessa forma, prevenir ou retardar o início da fadiga. 

Os recursos ergogênicos podem ser classificados em cinco categorias:

1-    Mecânicos: equipamentos esportivos mais modernos, como os equipamentos ciclísticos com design aerodinâmico, ou os tênis mais leves a fim de otimizar o gasto de energia ou tornar o atleta mais veloz;

2-    Psicológicos: técnicas para o controle de estresse e ansiedade, com o objetivo de aumentar a concentração e força mental. Exemplos incluem o yoga, a psicoterapia e a meditação;

3-    Farmacológicos: esteróides anabólicos androgínicos e outras substâncias como a eritropoietina;

4-    Fisiológicos: bicarbonato de sódio, citrato de sódio, dentre outros;

5-    Nutricionais: incluem carboidratos, cafeína, glutamina, vitaminas e minerais antioxidantes, ou micronutrientes em geral, aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), creatina, carnitina, entre outros.

Os recursos ergogênicos nutricionais servem principalmente para estimular o tecido muscular, por meio da oferta de energia para o músculo e aumento da taxa de produção de energia pelas mitocôndiras. Os nutrientes estão envolvidos com os processos geradores de energia por meio de três funções básicas: fonte energética, como os carboidratos; regulador de processos através dos quais a energia é produzida no corpo, como os micronutrientes; e promotor do crescimento e desenvolvimento dos tecidos corporais, como os aminoácidos.

Carências nutricionais prejudicam o desempenho esportivo. Recomenda-se, portanto, que tanto atletas como praticantes de atividade física tenham uma alimentação equilibrada, a fim de garantir o fornecimento de todos os nutrientes necessários para a realização dos exercícios.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Pessoas com o "colesterol bom" alto também podem infartar

Se você tem colesterol alto já ouviu falar do LDL (lipoproteína de baixa densidade) e do HDL (lipoproteína de alta densidade). Vulgarmente conhecidas como colesterol ruim (LDL) e colesterol bom (HDL), estas lipoproteínas cumprem o importante papel de transportar gorduras, hormônios, vitaminas e medicamentos pelo nosso organismo. O discurso geral na área de saúde por muito tempo foi: "mantenha seu LDL baixo e seu HDL alto". 

Acontece que há vários anos pesquisadores vêm estudando os subtipos de lipoproteínas e hoje sabemos que existem variedades de LDL mais prejudiciais do que outras. Assim como se sabe que certas variedades de HDL podem ser altamente prejudiciais. Por isto, simplesmente contabilizar as concentrações destas lipoproteínas no organismo em algum momento não será suficiente. 

De acordo com os pesquisadores Frank Sacks e Jeremy Furtado, da Universidade de Harvard, a apoliproteína  apolipoprotein C-III (apoC-III) aumenta grandemente o risco cardiovascular e ela está presente no HDL colesterol de certas pessoas. Esta é a causa pela qual medicamentos que prometem aumentar a quantidade de "colesterol bom" não conseguem diminuir a incidência de doença cardiovascular já que podem estar aumentando o HDL rico em apoC-III. 

A ApoC-III é uma proteína inflamatória que também pode estar presente na superfície da lipoproteína LDL. Infelizmente a quantificação da quantidade de apoC-III nas lipoproteínas é um método caro e ainda indisponível na clínica. Mas os pesquisadores já sabem que pessoas com maiores níveis de triglicerídeos plasmáticos costumam ter mais lipoproteínas ligadas à apoC-III. Além disso, indivíduos que consomem mais álcool, consomem mais carboidratos, possuem maiores concentrações de LDL circulantes ou diabetes possuem também maiores concentrações de apoC-III.

Ou seja, não adianta mais dizer: "tenho LDL alto mais meu HDL também é alto, então estou tranquilo". Este saber está ultrapassado, a apoC-III elevada aumenta o risco cardiovascular e você pode sim infartar ou ter um derrame mesmo com níveis maravilhosamente altos de HDL colesterol. Por isto, não abuse dos carboidratos, mantenha um peso saudável, pratique atividade física, manere no consumo de bebida alcoólica e mantenha níveis baixos de LDL e triglicerídeos.

APOLIPOPROTEÍNA A BAIXA

A apolipoproteína A-V (apoA-V) e a ApoC-III são constituintes intercambiáveis ​​de VLDL e HDL. ApoA-V neutraliza o efeito da apoC-III no metabolismo dos triglicerídeos (TG). Se há bastaante ApoA menos triglicerídeo é produzido no fígado. Há também diminuição da apoC-III quando apoA está alta. Contudo, HDL alto com apoA (tanto a V quanto a I) baixa é problemático pois o HDL não conseguirá exercer seu efeito protetor.

Um baixo nível de Apo A no sangue também é comum em pessoas com baixo nível de HDL. Nessas pessoas, isso sugere que o corpo não está se livrando do excesso de colesterol e pode aumentar sua chance de desenvolver uma doença vascular, como doença arterial coronariana (ataques cardíacos) ou problemas de circulação nas pernas.

Por que a Apo A1 diminui?

Um baixo nível de Apo A no sangue pode ocorrer na família (genética) em uma condição chamada hipoalfalipoproteinemia familiar. Contudo, mais do que a genética é comum a pessoa ter ApoA baixa. nas seguintes situações:

  • insuficiência renal crônica

  • uso de alguns medicamentos, como andrógenos, beta bloqueadores, diuréticos e progesterona sintética

  • tabagismo

  • diabetes não controlada

  • sedentarismo

  • obesidade

Como aumentar a Apo A?

O exercício regular é uma das melhores maneiras de aumentar o HDL e a Apo A. Ao diminuir a gordura em sua dieta, manter um peso saudável e praticar exercícios, você pode ajudar a diminuir o risco de desenvolver doenças cardíacas.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
Tags ,

Como funciona o aparelho de bioimpedância?

Aparelhos de bioimpedância bipolares e tetrapolar (último à direita, marca Tanita).

Aparelhos de bioimpedância bipolares e tetrapolar (último à direita, marca Tanita).

Muitas pessoas compram aparelhos de bioimpedância e ficam confusas com a variações das medições entre um dia e o outro. Para entender melhor os valores de percentual de gordura gerado pelos aparelhos conheça um pouco mais sobre a bioimpedância.

A bioimpedância é um método de avaliação da composição corporal rápido e não invasivo. Por meio do aparelho uma corrente elétrica de baixo nível é passada através do corpo e a impedância (Z) é medida. Quando o volume da água corporal total do indivíduo é grande, a corrente flui mais facilmente através do corpo com menor resistência. A resistência será maior em indivíduos com grande quantidade de gordura corporal, dado que o tecido adiposo é mau condutor de corrente elétrica.

Lembre-se: a quantidade de água é menor no tecido adiposo e maior na massa livre de gordura. Também é importante ter em mente que fatores como alimentação, bebidas, desidratação e exercícios alteram o estado de hidratação do indivíduo, portanto afetam a resistência total do corpo e a estimativa da massa livre de gordura.

Os aparelhos vendidos ao grande público não são profissionais por isto o erro é um pouco maior. Além disso existem aparelhos bipolares (cujos pontos de contato com o organismo são apenas mãos ou pés), menos precisos, e aparelhos tetrapolares (cujos pontos de contatos com o organismo são pés e mãos), os quais são mais precisos. 

O protocolo correto para a bioimpedância também precisa ser observado afim de minimizar erros:

  • Não comer ou beber quatro horas do teste;

  • Não fazer exercícios no dia do teste (inclusive atividade sexual);

  • Urinar antes do exame (máximo 30 minutos antes);

  • Não consumir bebida alcoólica por 48 horas;

  • Não tomar medicamentos diuréticos por 7 dias;

  • Não fazer o exame no período pré-menstrual, caso a retenha líquidos.

Livro gratuito: "Agora eu emagreço de vez"

Artigos sobre bioimpedância e…

– Hemodiálise:  http://www.nature.com/ki/journal/v52/n6/abs/ki1997493a.html– Obesidade: http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=2151874

–  Ciclo menstrual: http://www.ajcn.org/content/50/5/903.abstract– Gordura corporal: http://adc.bmj.com/content/85/3/263.full

– Homens saudáveis: http://www.ajcn.org/content/63/6/856.abstract

– Crianças e adolescentes: http://www.ajcn.org/content/75/6/978.abstract

– Crianças com HIV+: http://jpeds.com/retrieve/pii/S0022347696701610

– Crianças: http://resources.metapress.com/pdf-preview.axd?code=vk8kp0yeggyqxt09&size=largest

– x antropometria: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2707216

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/