Tomates orgânicos são mais ricos em vitamina C

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Esta semana é mesmo para relembrar dos artigos antigos. Em 2009 post publicado aqui mostrou que vegetais orgânicos são mais ricos em minerais. Agora novo estudo brasileiro de  janeiro de 2013, publicado no PLOS One, traz evidências de que apesar de os tomates orgânicos serem 40% menores contém uma quantidade bem maior de compostos de defesa.

De acordo com os autores da universidade do Ceará, o cultivo orgânico expõe o vegetal a maior estresse ambiental, uma vez que a planta precisa se defender sem ajuda de compostos químicos adicionados a ela. Desta forma, o vegetal acaba produzindo mais antioxidantes como o licopeno e a vitamina C. Com base nestas observações os autores sugerem que as estratégias de de cultivo não devem tentar eliminar todas as pragas e eventuais problemas ambientais porque isto resultará em uma alimento mais saudável e rico em nutrientes importantes à nossa saúde.

Adicional: Por quê consumir alimentos com mais licopeno? Redução do risco de derramescâncer de próstata e outros tipos de câncer, doenças cardiovasculares, colite ulcerativa dentre outras doenças.

 

 

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Dieta e acne

Sabia que dietas compostas por alimentos com alto índice glicêmico ou carga glicêmica e o consumo frequente de laticínios são os principais fatores dietéticos envolvidos na acne? Este estudo recomenda que dermatologistas e nutricionistas trabalhem em parceria para que o problema seja tratado de forma mais eficiente.

O intestino precisa estar funcionando bem e o tratamento da disbiose faz parte dos cuidados da pele. Lactobacillus, bifidobactérias podem ser associados a nutrientes como zinco e betacaroteno para melhor recuperação.

Para a modulação da hiperinsulinemia podem ser utilizados compostos como carnitina, coenzima Q10, vitamina B6, picolinato de cromo e magnésio sozinhos ou associados com griffonia simplicifolia.

Nas meninas, as erupções associadas ao período pré-menstrual podem ser controladas com piridoxina e zinco. Já a acne por excesso de testosterona pode ser amenizada com fitoterápicos como Prunos africana, isoflavonas da soja e Camellia sinensis. Óleo de prímula também ajuda bastante. Marque uma consultoria para conversarmos sobre a saúde de sua pele.

Artigo de 2013: Jennifer Burris, William Rietkerk, Kathleen Woolf. Acne: The Role of Medical Nutrition Therapy. Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, 2013; 113 (3): 416.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Barras de cereal são opção saudável?

Todo alimento que você gosta pode fazer parte de um cardápio nutritivo. Tenho clientes que não vivem sem chocolate e ainda assim possuem uma alimentação muito equilibrada e a saúde muito maravilhosa. Porém, não dá para viver de chocolate. O mesmo acontece com outros alimentos que podem ser gostosos ou convenientes mas não podem ser a única opção do cardápio. É o caso das barrinhas de cereais.

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O consumo de barras de cereal é alto entre algumas pessoas. Estudantes, por exemplo, gostam muito desta opção por ser fácil de carregar, sem necessidade de refrigeração, sem fazer meleira na mochila. Mas precisamos ter certos cuidados pois a maioria das marcas são riquíssimas em açúcares. Se a pessoa come uma barrinha aqui, um chocolatinho ali, um bala acolá, um bolinho antes de deitar, pode estar exagerando e isso não é bom para a saúde.

Algumas marcas de barra de cereal contém mais de 2 colheres de sopa de açúcar. Para quem quer perder peso, quem está inflamado, quem ter hiperglicemia ou diabetes esta quantidade provavelmente será exagerada. Outras barras são ricas ainda em gordura saturada ou trans, que aumentam também o risco cardiovascular.

Mas você pode conseguir opções mais nutricionalmente densas, como aquelas barras ricas em castanhas ou frutas secas. Leia a lista de ingredientes e verifique se não estão embaladas com açúcar, xarope de glicose, xarope de frutose, maltodextrina ou outros carboidratos simples e ainda gorduras em quantidade excessiva.

Para exemplificar, vejamos a lista de ingredientes de uma das barras de cereal mais vendidas no mercado brasileiro:

Barra de cereais sabor aveia, banana e mel. Ingredientes: xarope de glicose, cereais (42%), flocos de cereais (farinhas de arroz, milho, trogo, cevada, aveia, açúcar,  maltodextrina, extrato de malte, sal, antiumectante carbonato de cálcio, estabilizante fosfato dissódico), mel, açúcar mascavo, gordura de palma, açúcar invertido, polpa de banana, óleo de milho, antioxidante lecitina de sódio, corantes caramelho e betacaroteno e aromatizante. Contém glúten.

Como o consumo exagerado de açúcar, frutose e gorduras ruins pode trazer inúmeros malefícios à saúde, o ideal é fazer lanches com frutas, castanhas, aveia ou outros cereais em sua forma menos processada.

Para saber mais: assista à aula sobre o efeito da frutose no organismo clicando aqui.

O que é maltodextrina?

Muitas pessoas escolhem alimentos sem açúcar (sacarose) mas cheios de maltodextrina (também açúcar) que será quebrado até virar glicose. A maltodextrina é um carboidrato produzido a partir da quebra parcial (hidrólise) do amido proveniente, principalmente, do milho. O resultado é um pó branco adocicado, muito utilizado na indústria de alimentos para acrescentar dulçor e viscosidade em produtos, como molhos prontos para salada, produtos lácteos, embutidos, refrigerantes e pães.

Dependendo da sua atividade física e estado de saúde, você pode sim comer açúcar, arroz branco, pão branco, maltodextrina, etc. Mas outras pessoas possuem baixo nível de atividade física, intolerância à glicose, inflamação crônica, esteatose hepática, etc. Neste caso, trocar um pelo outro não traz benefício.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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