Vitamina B1 e doenças vasculares no Diabetes Mellitus

Pesquisadores da Universidade de Warwick, na Inglaterra, descobriram que a deficiência de tiamina (vitamina B1) pode ser uma das chaves para os problemas vasculares que ocorrem com frequência em indivíduos portadores de diabetes mellitus. As complicações microvasculares acometem principalmente os rins, a retina e nervos dos braços e pernas. Complicações macrovasculares também são comuns aumentando a incidência de doenças coronarianas e derrame.

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Os pesquisadores, mostraram que os pacientes diabéticos tem frequentemente deficiência em B1. No artigo intitulado "High prevalence of low plasma thiamine concentration in diabetes linked to a marker of vascular disease", publicado na revista Diabetologia do último dia 4 de agosto, o grupo evidenciou que os diabéticos tipo 1 e os diabéticos tipo 2 tinham um decréscimo de tiamina no sangue de 75% e 75%, respectivamente.

Este decréscimo significativo é geralmente mascarado pelo tipo de exame até então feito, a medida da atividade da enzima trancetolase, nas células vermelhas. Estudos prévios já haviam demonstrado uma atividade normal da enzima mesmo com concentrações de vitamina B1 reduzidas. A transcetolase é uma enzima que transporta a tiamina e foi descoberto que a mesma geralmente está aumentada durante a deficiência da mesma. A disponibilidade diminuída de tiamina nas células vasculares de diabetes é um marcador de complicações micro e macrovasculares.

O problema principal não é o baixo consumo de tiamina na dieta e sim a alta taxa de excreção da vitamina na urina destes pacientes. Os pesquisadores sugerem que estes achados sejam confirmados e sejam investigados as razões da elevada perda de B1 nestes pacientes.

Curiosidades sobre a vitamina B1:
- desempenha papéis essenciais no metabolismo de carboidratos e na função neural.
- está amplamente distribuida nos alimentos. Fontes mais ricas são o levedo e o fígado.
- grãos integrais são boas fontes.
- a deficiência de tiamina é caracterizada pela perda do apetite e de peso assim como sintomas cardíacos e neurológicos, além de constipação, indisposição e indigestão.
- deficiência grave: beribéri.

Outros suplementos usados no tratamento do diabetes na Europa.

INSCRIÇÃO
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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O controle do estresse pode auxiliar no combate de doenças autoimunes como o lúpus

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O lupus é uma doença autoimune que produz anticorpos que causam prejuízos às células e tecidos do hospedeiro. Esta doença que afeta mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo é mais freqüentemente encontrada em mulheres entre as idades de 15 e 44 anos.

Um estudo conduzido pelo departamento de medicina da Universidade de Granada determinou que o estresse diário (que ocorrem em situações de pouca importância porém com grande frequência) podem exacerbar os sintomas da doença. Em outras palavras, o controle dos níveis de estresse é fundamental para aqueles que sofrem de seus efeitos negativos como ganho de peso inexplicável, sensação de cansaço, febre, dores e inflamações nas juntas.

Nesta pesquisa, conduzida pelo Dr. Nuria Navarrete Navarrete, Juan Jiménez Alonso e María Isabel Peralta Ramírez, o objetivo foi checar os efeitos do estresse no tratamento dos pacientes sofrendo de lupus. Um time de psicólogos da Universidade de Granada, no Canadá, aplicaram terapia para combater o estresse em um grupo de 45 pacientes com a doença. Os resultados demonstraram que os pacientes que participaram do grupo reduziram os níveis de estresse significativamente, assim como os sintomas de ansiedade e depressão, atingindo níveis mais baixos do que os da população em geral. Além disso, sua qualidade de vida nos níveis físico e psicológicos foi melhorada e apresentaram menos sintomas na pele, nos músculos e esqueleto.

A pesquisadora Nuria Navarrete todos os pacientes que tem doenças crônicas, como diabetes, câncer e AIDS deveriam ter acompanhamento psicológico afim de combater o estresse, melhorando seu prognóstico e tendo efeitos mais positivos quando associado ao tratamento farmacológico e dietético.

Parte dos resultados deste estudo foram publicados no “Psychosomatic Medicine” e na “Revista Clínica Española”.

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Artigo recomendado:

Aschbacher et al., (2014). Chronic Stress Increases Vulnerability to Diet-Related Abdominal Fat, Oxidative Stress, and Metabolic Risk. Psychoneuroendocrinology. Disponível em: www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4104274/

Pessoas com doenças crônicas podem ter dificuldade em gerenciar o estresse. A psicoterapia também ajuda muito. Falar sobre sentimentos reduz a ansiedade e ajuda no gerenciamento da medicação. Indico a Julia Maciel, psicóloga formada pela UnB e que atende online, por videoconferência Atividade física, meditação, acupuntura e yoga também vêm mostrado-se importantes complementos ao tratamento tradicional medicamentoso. Cuide-se!

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Potenciais risco à saúde conferidos pelas garrafas plásticas estão em investigação

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Um grupo de peritos se reuniu em março deste ano para investigar e analisar 500 estudos científicos relacionados ao Bisfenol A (BPA).

Devido à complexidade do tema o grupo não conseguiu terminar as análises e marcou um segundo encontro afim de concluir o relatório. O bisfenol A (BPA) é um composto químico usado na produção de plásticos e resinas com policarbonato. Os plásticos com policarbonato são largamente utilizados em uma grande variedade de produtos incluindo embalagens para alimentos, bebidas, CDs, DVDs e equipamentos eletro-eletrônicos. As resinas são utilizadas como em pequenas quantidades com a função de proteger embalagens de metal. Estudos in vitro e em animais indicam que o BPA pode imitar o hormônio sexual feminino estradiol, o que pode causar toxicidade reprodutiva devido à exposição exagerada ao composto.

O relatório preliminar com 417 páginas pode ser encontrado no endereço: http://cerhr.niehs.nih.gov/chemicals/bisphenol/BPA_Interim_DraftRpt.pdf

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