Entramos em contato com mais de 4.000 substâncias externas durante o dia. Algumas podem interagir com receptores nas células, desequilibrando a ação de nossos hormônios. São os disruptores endócrinos.
Entre eles estão os ftalatos, aditivos que deixam os plásticos mais flexíveis. Quando usamos recipientes plásticos para armazenar comida, ingerimos estes compostos. O problema é que os mesmos estão ligados a perturbações no desenvolvimento de crianças e adolescentes e a doenças em adultos.
Muitos alimentos que compramos vem embalados em plásticos ou outras embalagens que podem conter ftalatos e outros disruptores como o bisfenol. O leite comprado em caixinha tetra pak, o frango embalado em plástico, carnes e peixes enlatados (Almeida et al., 2018) são to dos fontes de bisfenol. Saiba mais sobre o tema e as consequências da exposição aos disruptores endócrinos neste vídeo.
Um estudo publicado em outubro de 2021 mostrou que 80% dos alimentos tipo fast food contém ftalatos, composto utilizado em plástico que pode causar câncer, danos ao fígado, rins e pulmão e no sistema reprodutivo. Dentre os alimentos testados os burritos foram os que apresentaram níveis mais altos de DEHT (Tereftalato de dioctilo, usado na composição de plásticos).
Não existe limite seguro para consumo de disruptores endócrinos. Gestantes devem tomar ainda mais cuidado e devemos evitar o consumo de ultraprocessados por crianças. Por serem pequenos, contaminam-se ainda com mais facilidade (Edwards et al., 2021).