Neurohacking é um termo que combina "neuro" (relativo ao cérebro e ao sistema nervoso) e "hacking" (entendido como exploração e otimização de sistemas). Ele se refere ao uso de técnicas, tecnologias, práticas e conhecimentos para melhorar, modificar ou explorar as funções cognitivas, emocionais e comportamentais do cérebro. O objetivo principal é otimizar a performance mental, a saúde cerebral ou até mesmo explorar novas possibilidades de consciência.
Origem do termo
O termo começou a ganhar popularidade com o avanço da neurociência, biohacking e das comunidades interessadas em autoaperfeiçoamento (self-improvement). Não existe uma criação oficial ou formal do termo, mas ele surgiu como parte do movimento hacker e de biohacking no início dos anos 2000. Neurohacking foi influenciado por:
Neurociência – A crescente disponibilidade de estudos sobre o cérebro, neuroplasticidade e o impacto de intervenções como meditação, nutrição e tecnologia.
Cultura hacker – A ideia de explorar sistemas (neste caso, o cérebro humano) para entender e melhorar seu funcionamento.
Biohacking – Uma filosofia mais ampla que envolve intervenções no corpo para maximizar a saúde, desempenho e longevidade.
Livros, blogs e comunidades como o movimento transumanista ajudaram a popularizar o conceito.
Modo de ação dos Neurohackers
Neurohackers utilizam abordagens variadas, que podem ser divididas em naturais, tecnológicas e químicas. Aqui estão algumas práticas comuns:
1. Práticas Naturais
Meditação e mindfulness – Para melhorar a atenção, reduzir o estresse e alterar os estados de consciência.
Sono otimizado – Utilização de técnicas como restrição de luz azul para melhorar a qualidade do sono.
Nutrição – Dietas ricas em ômega-3, cetogênica ou suplementos naturais para estimular a neurogênese e a neuroplasticidade, melhorar a quantidade de energia no cérebro, aumentar a síntese de membranas neuronais, potencializar a sinaptogênese, reduzir radicais livres, aumentar a perfusão sanguínea, desinflamar, melhorar a síntese de neurotransmissores.
Suplementos como vitaminas e minerais que modulam a síntese de neurotransmissores, além de nootrópicos e adaptógenos são usados para aumentar o desempenho cognitivo.
2. Tecnologias
Neurofeedback – Uso de dispositivos que monitoram as ondas cerebrais e permitem o treinamento para alcançar certos estados mentais.
Estimulação transcraniana – Dispositivos como TMS (Estimulação Magnética Transcraniana) ou tDCS (Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua) para modular a atividade cerebral.
Apps e wearables – Ferramentas para meditação guiada, medição de batimentos cardíacos, e até dispositivos que monitoram ondas cerebrais.
2. Medicamentos
Drogas de prescrição médica – Modafinil (Provigil), Adderall, Ritalina, Armodafinil, Donepezil, Slegilina são exemplos de medicamentos usados com diversas funções, como aumneto de foco, melhoria da memória, motivação e humor.
Microdosagem de psicodélicos – Pequenas doses de substâncias como LSD ou psilocibina, supostamente para melhorar criatividade e foco (uma prática controversa).
Riscos e Considerações Éticas
O neurohacking levanta preocupações éticas e de segurança. Algumas práticas, especialmente as químicas, podem ter efeitos colaterais ou impactos de longo prazo desconhecidos. Também existem questões sobre acesso desigual a essas tecnologias e o risco de criar dependências. Aprenda mais na plataforma do cérebro.