Pesquisas das últimas décadas revelam que dietas restritas em calorias ajudam a aumentar a longevidade. Ou seja, quem come menos vive mais. Acontece que não faz parte da cultura ocidental sair da mesa ainda com um pouco de fome. Assim, outras estratégias vêm sendo preconizadas, como o jejum intermitente e a dieta cetogênica. Como funciona isto tudo?
A restrição energética altera uma importante enzima reguladora chamada mTORc (Laplante, & Sabatini, 2012). Esta via metabólica relaciona-se à processos inflamatórios e estresse oxidativo. Assim, quando ativada acelera o envelhecimento e o risco de câncer. Jejum, restrição calórica e dieta cetogênica reduzem a ativação desta via.
Além disso, quando há restrição de carboidratos na dieta (como na dieta cetogênica) o corpo é obrigado a utilizar gordura como fonte de energia. Neste processo são produzidos corpos cetônicos, como beta-hidroxibutirato (βHB) , que também podem influenciar a via mTOR, bem como um grupo de enzimas HDAC para regular as defesas contra radicais livres.
Corpos cetônicos contribuem para maior saúde física e mental (Newman et al., 2017; Roberts et al., 2017). Estamos à beira de uma revolução científica e alimentar e na plataforma t21.video discutimos estas estratégias metabólicas para melhoria da qualidade de vida, prevenção e tratamento de doenças e aumento da longevidade.
É fundamental destacar que a dieta cetogênica não é adequada para todos. Antes de iniciar esse plano alimentar, é importante consultar um profissional de saúde qualificado para avaliar sua saúde geral, histórico médico e necessidades individuais. Algumas pessoas podem apresentar efeitos colaterais temporários, como fadiga, constipação e mau hálito, durante a fase de adaptação à dieta cetogênica.
Além disso, a dieta cetogênica é uma abordagem de longo prazo que requer comprometimento e disciplina para obter resultados significativos. É essencial acompanhar a ingestão de nutrientes, garantindo que todas as necessidades nutricionais sejam atendidas. Suplementos alimentares, como vitaminas e minerais, podem ser recomendados para evitar deficiências nutricionais.