Se você não é celíaco e optou por manter o glúten na dieta, faça combinações adequados para ficar mais protegido. Estudos mostram que polifenóis presentes nos vegetais mantém o intestino mais protegido (Calabriso et al., 2022).
Os polifenóis sequestram o glúten, diminuindo sua biodisponibilidade e impedindo a interação da gliadina com receptores CXCR3, restaurando a permeabilidade intestinal.
Existem sim as pessoas que não podem consumir glúten. Se você pode, faça do jeito certo pois o glúten afeta o intestino de todo mundo, se este encontra-se desprotegido.
Os polifenois são metabólitos secundários das plantas. A absorção ocorre no intestino delgado. Apenas alguns polifenois conseguem ser absorvidos no estômago (como quercetina e antocianinas). Todos os polifenois absorvidos chegam ao fígado onde passaram pelo metabolismo de fase 1 e fase 2.
Contudo, um alto percentual de polifenóis nem chega a ser absorvido, pois podem estar ligados às fibras, seguindo para o intestino grosso. No cólon, estes polifenóis ficam acessíveis à microbiota que os transformam em pequenos compostos fenólicos benéficos.
A formação de complexos de glúten + polifenóis reduz a inflamação intestinal, que é muito mais pronunciada quando o glúten está livre. Alimentos ricos em polifenóis, como alcachofra, berries (frutas do tipo bagas, como mirtilo, morango, açaí sem açúcar, amoras), chá verde, azeite, uvas roxas ajudam a modular a imunogenicidade e alergenicidade das proteínas do glúten.
Claro, avalie que tipo de problema relacionado ao glúten você tem. Falo mais sobre este tema no vídeo abaixo e neste outro artigo, onde discuto exames importantes.