Dieta cetogênica e saúde mental

A comercialização de antidepressivos e estabilizadores de humor cresce a cada ano no Brasil. Dados do Conselho Federal de Farmácia apontam que a venda desses medicamentos cresceu cerca de 58% entre os anos de 2017 e 2021. Genética, abuso, traumas, solidão, divórcio são alguns dos fatores associados à depressão.

Infelizmente, o tratamento falha em número gigante de pessoas. De acordo com o Dr. Christopher Palmer, autor do livro Brain Energy, isto acontece porque o metabolismo glicolítico cerebral também está comumente alterado e, sem uma dieta com restrição de carboidratos, não é possível restaurar completamente o cérebro.

As dietas restritas em carboidratos são indicadas para pacientes que estão acima do peso e as dietas cetogênicas são indicadas para aqueles que estão magros ou em fase de crescimento. Estas terapias forçam o corpo a usar a gordura como fonte de energia e o fígado a produzir corpos cetônicos, que serão usados pelos neurônios como fonte de energia.

Exames de imagem como o PET-SCAN mostram alterações no metabolismo glicolítico cerebral em um grande número de pacientes com transtorno de ansiedade, depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, autismo e Alzheimer. Muitos pacientes possuem menor expressão de transportadores de glicose (GLUT-1 e GLUT-3 no cérebro) dificultando o uso de carboidrato como fonte de energia.

Fora isso, é comum que pacientes com doenças psiquiátricas também apresentem síndrome metabólica, aumento de gordura corporal, especialmente na região abdominal, hipertensão, resistência insulínica periférica, que, ao longo do tempo, agravam as questões cognitivas. Dietas restritas em carboidratos ajudam a tratar todas estas condições.

Se quais mudanças dietéticas fazem mais sentido para você e o ajudamos a fazer as escolhas comportamentais e alimentares necessárias. Sua condição ou sintomas podem não precisar de uma dieta cetogênica. Se for esse o caso, exploremos outras opções nutricionais ou formas de alimentação que o ajudarão a se sentir melhor.

As mudanças na dieta têm o poder de melhorar os desequilíbrios dos neurotransmissores, a energia e o funcionamento do cérebro e até mesmo ajudar o cérebro a se curar e fazer novas conexões. Esses tipos de mudanças na dieta foram vistos para melhorar os sintomas da doença de Alzheimer, depressão, TEPT, transtorno bipolar, esquizofrenia e transtornos de ansiedade.

Existe já muito suporte na literatura científica para o uso de dietas restritas em carboidratos para o tratamento de uma variedade de condições metabólicas, de neurodesenvolvimento, neurológicas e psiquiátricas. Na plataforma https://t21.video discuto mais sobre estes temas.

Claro, caso precise de ajuda, marque aqui sua consulta online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/