Qual é a importância das bifidobactérias?

Você hospeda em seu corpo trilhões de bactérias, especialmente em seu intestino grosso. Estas bactérias quebram fibras, produzem vitaminas, enzimas e ácidos graxos de cadeia curta benéficos.

Uma boa diversidade bacteriana e um microbioma intestinal saudável reduz o risco de doenças crônicas como Crohn, diabetes tipo 2, obesidade e doenças cardíacas. Desequilíbrios da microbiota (disbiose intestinal) associam-se ainda a maior risco de depressão, Parkinson, doenças autoimunes e alergias.

Existem muitos tipos de bactérias no intestino e um gênero importante é o das bifidobactérias. Elas desempenham uma variedade de funções que ajudam a estabilizar o microbioma. Possuem armas especiais para impedir que patógenos em potencial se instalem no intestino. Ajudam a quebrar fitonutrientes importantes do alimento, tornando-os disponíveis para absorção. E, até servem até de alimento para outras bactérias, como as produtoras de butirato.

De onde vem as bifidobactérias presentes no intestino humano?

As bifidobactérias são tradicionalmente as primeiras bactérias a colonizar o intestino. Quando o bebê nasce já engole um monte destas bactérias presentes no canal vaginal da mãe.

Enquanto o corpo da mãe se preparava para o nascimento do bebê, seu microbioma vaginal vai mudando e adquirindo mais e mais bifidobactérias. A criança nascida de parto normal recebe um batismo bacteriano. Isto é fundamental pois estes primeiros micróbios intestinais vão treinar o sistema imunológico infantil, impedindo que micróbios patogênicos invadam o meio.

As bifidobactérias compõem cerca de 90% do ecossistema microbiano intestinal de uma criança desde o nascimento até cerca de 3 anos de idade. Depois, os níveis vão diminuindo e a microbiota vão tornando-se mais diversa. Em um adulto, bifidobactérias compõem apenas 5% do ecossistema intestinal.

Alimentos que aumentam os níveis de Bifidobactérias

Bactérias boas alimentam-se de fibras prebióticas e polifenóis dos alimentos. Bifidobactérias são versáteis e podem prosperar quebrando frutooligossacarídeos, galactooligossacarídeos, pectinas, inulina e arabinoxilano.

Estas fibras estão presentes em alimentos como chicória, cebola, mirtilo, amora, açaí, maçã, batata yacon, alho, alho poró, alcachofra, banana verde, aspargos, inhame, tangerina, pêssego, beterraba, ervilha, grão de bico, psyllium, aveia, arroz integral, milho. Mantenha uma dieta variada e garanta uma microbiota mais saudável.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/