ÔMEGA-3 REDUZ INFLAMAÇÃO

A inflamação, um elemento crítico da resposta imune do corpo, é uma resposta protetora que envolve uma série de células imunes, proteínas de sinalização celular e fatores pró-inflamatórios.

A importância da resolução da inflamação

A resolução da inflamação é fundamental para a manutenção da boa saúde. Para a resolução o corpo utiliza subprodutos do metabolismo de ácidos graxos ômega-3, chamados mediadores pró-resolução especializados (SPMs).

Quatro famílias de SPMs foram identificadas e incluem as resolvinas, lipoxinas, protectinas e maresinas. Esses SPMs promovem a apoptose (morte de células lesadas), regulam a atividade dos leucócitos (glóbulos brancos) e reduzem a produção de mediadores pró-inflamatórios.

A suplementação de ácidos graxos ômega-3 aumenta os níveis sanguíneos de SPMs até 24 horas após a ingestão. Sem esta resolução, instala-se a inflamação crônica de baixo grau, que promove as marcas associadas a muitas doenças do envelhecimento.

A suplementação com ácidos graxos ômega-3 também pode neutralizar o encurtamento dos telômeros e retardar o envelhecimento. A suplementação com ácidos graxos ômega-3 ainda diminui os marcadores de estresse oxidativo em 15%. O excesso de radicais livres é outra questão associada ao envelhecimento mais acelerado.

Deficiência de ômega-3 e risco de morte prematura

Em um estudo envolvendo mais de 42.000 pessoas em 17 coortes prospectivas, as concentrações de ômega-3 no sangue foram inversamente associadas ao risco de morte por todas as causas. A mortalidade por todas as causas foi 15 a 18% menor naqueles com os níveis mais altos versus os mais baixos de ômega-3 de cadeia longa EPA, DHA e ácido docosapentaenóico, mas nenhuma associação foi observada com ALA (ômega-3 de origem vegetal). Esses dados sugerem que os ácidos graxos ômega-3 – principalmente de origem marinha – são responsáveis pela redução do risco de morte prematura (Harris et al., 2021).

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Em outro estudo com 2.500 participantes, com idades entre 66 e 73 anos, um índice de ômega-3 mais alto foi associado a um risco reduzido de morte prematura por todas as causas (Harris et al., 2018).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/