O hormônio tireoidiano afeta a ingestão alimentar, o gasto energético de repouso e a termogênese. Consequentemente, alterações metabólicas podem se desenvolver em pacientes com transtornos da tireoide. Pessoas com tireoide que funciona aquém do normal podem experimentar dificuldade na peso, mais cansaço, queda de cabelo, pele ressecada, aumento de colesterol, falhas de memória, dores musculares, irregularidades menstruais.
Valores ideais dos hormônios da tireoide
TSH < 2
T4 livre entre 1,0 e 1,5
T3 livre > 3
T3 reverso < 15, se T3 está ótimo e < 12 se T3 está alterado
Anti-TPO = 0
Anti-TG = 0
Um endocrinologista deve ser consultado em caso de alterações. Além disso, a suplementação é indicada. Podemos avaliar substâncias como Coleus forskohlii, associado com tirosina, zinco, selênio, iodo, bioperina. Para ajustar sua dieta e suplementação marque aqui sua consulta de nutrição.
Sinto muita fome, é a tireoide?
A fome costuma aumentar mais quando o paciente tem hipertireoidismo ou quando a dose da medicação tireoidiana administrada está excessiva. Neste caso, volte ao endocrinologista para ajuste da dose.
Quando a tireoide está funcionando normalmente e a fome está exagerada costumam existir outros fatores associados. Existem variações genéticas que fazem alguns serem mais famintos e gulosos do que outros. Além disso, ansiedade, medo e estresse podem aumentar a compulsão alimentar em um grupo de pessoas.
Dieta com excesso de carboidrato simples também gera muitas variações de glicemia e podem contribuir para a fome constante. Neste caso, é importante reduzir carboidratos totais na dieta, aumentar fibras, proteínas e gorduras boas. Pacientes com resistência insulínica e diabetes também costumam sentir mais fome e precisam de dieta apropriada, associada à atividade física, gerenciamento do estresse e, em alguns casos, medicação.
Pacientes obesos, com resistência à leptina também têm alteração de apetite. A leptina é uma adipocina e sua concentração sérica é proporcional ao teor de gordura corporal. Quanto mais gordura mais leptina é produzida. O resultado no cérebro deveria ser a supressão da fome. Contudo, se o paciente é resistente à leptina, a fome permanece.
O controle central do apetite é complexo
Muitos fatores influencia a forma como o cérebro interpreta a necessidade de consumo alimentar. Concentração de glicose, produção hormonal (leptina, insulina, tireoide), quantidade de gordura já estocada, estresse e inflamação são alguns dos fatores associados às mudanças nas sensações de fome e saciedade.
Exames anuais e um estilo de vida saudável são fundamentais para que você se sinta bem e cheio de energia por toda a vida.