Fungos fazem parte do nosso ecossistema intestinal. Todo mundo possui fungos (leveduras) no intestino. Quando a microbiota está equilibrada a quantidade de fungos é pequena, pois precisarão competir com bactérias por nutrientes e locais de absorção. Muitas bactérias boas produzem antibióticos e substâncias antifúgicas, como peróxido de hidrogênio.
A microbiota saudável também é fundamental para a regulação imune e a expressão das células T reguladoras (Treg) e produção de linfócitos T. Quando há disbiose intestinal (desregulação da microbiota intestinal) a imunidade sofre e fungos aproveitam.
São muitas as causas da disbiose intestinal como dieta pobre em fibras, uso de medicamentos (antibióticos, antiinflamatórios, antiácidos, anticoncepcionais, cortisol), consumo de glutamato monossódico, má digestão proteica, uso de adoçantes, consumo de álcool, excesso de açúcares na dieta, estresse excessivo (pela alta produção de cortisol).
O problema dos fungos em excesso
Fungos criam hifas, produzem micotoxinas, destróem neutrófilos, inibem Th1 e Th2, favorecem processos alérgicos. Na parede do fungo existem polissarídeos que desencadeiam resposta inflamatória. A questão fica mais difícil se houver deficiência de nutrientes importantes para a imunidade, como vitaminas A, D, biotina, zinco.
Sintomas de excesso de fungos
Síndrome quer dizer um conjunto de sintomas, mas geralmente ocorre quando não sabemos a causa. Se sabemos que a causa são fungos não deveríamos chamar de síndrome. A não ser que uma questão sindrômica, como o autismo, que possa ter envolvimento com fungos. Lembrando que autismo não é causado por fungos mas por uma combinação de muitas questões genéticas, com alguns gatilhos ambientais.
Se você marcar mais que 7 sintomas abaixo pode ter um excesso de fungos colonizando seu intestino, que ocorre mais frequentemente em indivíduos com imunidade comprometida:
Língua branca
Candidísea oral
Gengivite
Candidíase vaginal
Coceira vaginal, anal ou na virirlha
Falta de desejo sexual
Irritabilidade
Ansiedade ou depressão
Hipotireoidite de Hashimoto
Infecção fúngica na pele ou unha, pé de atleta, frieira, micose de qualquer tipo
Dermatite-eczema, urticária, rosácea, acne persistente
Vontade exagerada de açúcar, massas, pães
Dificuldade de concentração, memória fraca ou falta de foco
Distenção abdominal, excesso de gases, constipação ou diarreia
Alergias sazonais (rinite, sinusite, coceira na garganta, nos ouvidos)
Dificuldade de perder gordura, especialmente abdominal
Menstruação irregular, TPM, inchaço
Sonolência ao longo do dia, cansaço
Fome entre as refeições
Marcou mais de 7 pontos? Pecisará de terapia nutricional de base (uso de N-acetilcisteína e nutrientes imunomoduladores). Precisa também melhorar as condições do intestino, tratando a disbiose intestinal.
Além disso, precisa ir ao banheiro todos os dias e ativar outras vias de eliminação, como suor (sauna, atividade física de alta intensidade), consumir mais fibras ou suplementos de fibras, manter-se bem hidratada. Além disso, é fundamental reduzir o estresse, ter cuidado com alimentos mofados, milho, amendoim e outros alimentos facilmente contaminados por fungos. A digestão também precisa estar em ordem. Se necessário, suplementamos enzimas digestivas.
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