Temos contato com o alumínio todos os dias. Ele está na água da torneira, no sal evaporado, no açúcar branco, em alguns queijos, no fermento e na farinha dos bolos, biscoitos e pães e tudo o que você embrulhar com papel alumínio. Também está em sucos e bebidas comprados em embalagens cartonadas forradas com este metal, nas panelas de alumínio, no cigarro e em algumas vacinas.
O alumínio pode ser absorvido pela pele. Está presente em alguns xampus, desodorantes, loções, medicamentos e vacinas. A quantidade diária máxima de alumínio segura para uma criança foi determinada em 25mcg.
A penetração de alumínio no tecido cerebral através de macrófagos é possível e às vezes ocorre. A barreira hematoencefálica teoricamente deveria bloquear várias moléculas, incluindo medicamentos e toxinas, mas nem sempre é esse o caso.
Em crianças de até um ano de idade essa barreira não é tão eficiente. Por isso, o contato com toxinas deve ser minimizado. O transporte de alumínio para o cérebro por meio de macrófagos é ainda maior em crianças que têm um ramo hiperativo do sistema imunológico Th2.
Se o alumínio entrar no cérebro, há uma ativação crônica das células gliais. Isso causa processos inflamatórios e aumenta o nível de interleucina 6 que, por sua vez, causa distúrbios na captação de glutamato e aumenta o risco de morte neuronal
Pessoas com polimorfismos dos genes MTHFR A1298C, CBS e NOS possuem mais dificuldade na eliminação de alumínio. Este metal atrapalha o trabalho da enzimas enzimas DHPR e MTR (metiltransferase, que, com a participação do ácido fólico e da vitamina B12, está envolvida no metabolismo do 1-carbono).
Estas duas enzimas são essenciais para a metilação adequada. Além disso, a enzima DHPR é responsável pela reciclagem da biopterina BH4 em BH2. Ou seja, é responsável pela produção de serotonina e dopamina, neurotransmissores fundamentais para humor, controle do apetite, comportamento, entusiasmo, sono, motivação.
Quando o excesso de alumínio bloqueia a produção ou regeneração de BH4, a eliminação de amônia também é comprometida, gerando efeitos negativos neurológicos.
Sintomas do excesso de alumínio no corpo
Irritabilidade, distúrbios do sono, problemas digestivas, alterações imunes, fadiga crônica, distúrbios da tireóide, fígado e rins são associados à excesso de alumínio no corpo.
Um intestino saudável elimina mais de 99% do alumínio com o qual entramos em contato por via oral. Contudo, se houver hiperpermeabilidade intestinal, mais alumínio poderá ser absorvido. Assim, um primeiro passo é c cuidar do intestino para minimizar a absorção deste metal. Probióticos e goma acácia são frequentemente utilizados para restauro da saúde intestinal.
Quando os níveis de alumínio no sangue já estão altos podemos ajudar a eliminação com o uso de silício orgânico, zinco, magnésio dimalato e nutrientes que contribuem para a metilação e sulfatação adequadas.
No processo de eliminação de toxinas o fígado produz uma alta quantidade de radicais livres. Por isso, para proteção do corpo vale a pena usar alimentos ricos em antioxidantes como açafrão (curcumina), chá verde (EGCG), cebola e coentro (quercetina), uvas roxas (resveratrol), salmão ou camarão (astaxantina), brócolis (sulforafano), chlorella (clorofila e glicoproteínas) ou suplementos contendo estes compostos bioativos.