O Alzheimer é uma doença cerebral progressiva associada a problemas cognitivos, de memória e comportamentais. Vários genes estão envolvidos no risco de demência na velhice, sendo o APOE um dos principais. Uma versão específica deste gene, APOEε4, está associada a um risco quase 15 vezes maior de desenvolvimento de Alzheimer.
Mas os genes não são (inteiramente) o destino de uma pessoa. Fatores de estilo de vida influenciam o risco de desenvolvimento de Alzheimer, independentemente de sua predisposição genética. O exercício - tanto mental quanto físico - reduz o risco. Para o corpo: ande, corra, nade, pedale, dance ou faça qualquer outro movimento que apreciar. Para a mente: leia, escreva, aprenda um novo idioma, um instrumento musical… Quanto maior o aprendizado, maior a reserva cognitiva e menor o risco de demência.
A alimentação também é importante. Uma dieta antiinflamatória está correlacionada a um risco menor de doença de Alzheimer. Por outro lado, uma alta ingestão de gordura saturada e carboidratos refinados aumenta o risco de desenvolver a doença. Boas escolhas diárias protegem o cérebro e melhoram sua eficiência de trabalho.
Inclua no cardápio semanal
1) ervas e especiarias ricas em compostos antioxidantes como açafrão e pimenta. Estudos mostram que ajudam a regular neurotransmissores e reduzir a ansiedade e sintomas da depressão. https://www.youtube.com/watch?v=jyUOU5SoXWg
2) alimentos fermentados como kefir melhoram a saúde da microbiota e funcionam como psicobióticos contribuindo para redução da ansiedade e prevenção do declínio cognitivo. https://www.youtube.com/results?search_query=kefir+andreia+torres
3) Chocolate amargo. Rico em antioxidantes super protetores. Onde você vai colocar cacau?
4) Abacate. Fonte de magnésio, mineral fundamental para a função cerebral. Rico em gorduras boas. Coma puro, na salada, no suco verde...
5) Castanhas. Assim como o abacate são fontes de gorduras boas que dão saciedade e ajudam a reduzir a inflamação cerebral.
6) Vegetais verde escuros, como espinafre, são fontes de carotenóides, vitamina E e flavonóides que reduzem o risco de declínio cognitivo e demência.
E se o cérebro já foi afetado?
Em cérebros humanos afetados pelo Alzheimer, vemos dois grandes sinais: placas amilóides no espaço entre as células cerebrais e emaranhados neurofibrilares dentro das células cerebrais. Placas e emaranhados estão entre as principais marcas da doença de Alzheimer.
Quando essas placas e emaranhados se apresentam, eles tendem a danificar as células cerebrais agravando a condição.
Drogas vêm sendo investigadas para que tais proteínas sejam varridas do cérebro. Enquanto estes medicamentos não estão disponíveis podemos potencializar a limpeza cerebral com algumas estratégias:
1) dormir bem: sono de má qualidade dificulta a limpeza noturna cerebral. Deixe o celular na sala, apague as luzes, não assista a noticiários à noite, adote rotinas relaxantes.
2) estimule a autofagia cerebral jejuando pelo menos 14 a 16 horas ao dia. Por exemplo, se jantou às 20h somente fará aprimeira refeição do dia entre 10h e 12h. Água e chá sem açúcar estão liberados no período da manhã.
3) mantenha seu intestino saudável. Uma microbiota adequada protege o corpo todo, inclusive o cerebral. Conheça mais sobre esta relação aqui.