Impacto do TDAH na qualidade de vida

O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) afeta 5% das crianças e adolescentes e 2,5% dos adultos em todo o mundo. Este transtorno do neurodesenvolvimento prejudica o funcionamento psicossocial em uma variedade de contextos que incluem ambientes sociais, acadêmicos e ocupacionais, afetando diretamente as percepções de bem-estar do indivíduo.

Por exemplo, crianças e adolescentes com TDAH correm mais alto risco de fracasso escolar, conflito entre pais e familiares, rejeição social pelos pares, baixa autoestima e comportamento delinquente. Além disso, comparado com a população geral, o risco de tabagismo e transtornos por uso de substâncias é maior em pacientes com TDAH, especialmente entre pacientes que também apresentam transtorno de conduta ou personalidade antissocial.

Desfechos adversos na adolescência e na idade adulta para pessoas com TDAH incluem insucesso acadêmico e vocacional, funcionamento ocupacional reduzido, obesidade, desregulação emocional, desemprego e tentativas de suicídio. Acidentes e infrações de trânsito são mais frequentes em motoristas com TDAH do que naqueles sem as caracaterísticas do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade .

Os comprometimentos do TDAH variam de acordo com a fase da vida (Faraone et al., 2015)

O tratamento do TDAH deve considerar este acometimentos

O tratamento pode envolver o uso de medicamentos estimulantes (metilfenidato/ritalina) e não-estimulantes ou uma combinação destes. São contra-indicações para uso dos estimulantes no TDAH: mania, psicose, TICs, ansiedade, depressão, abuso de substâncias ilícias, doença cardiovascular, convulsões. Pacientes com co-morbidades psiquiátricas (como depressão) deverão ser tratados de acordo.

Entre os tratamentos não farmacológicos estão a terapia comportamental e as intervenções dietéticas (dieta de exclusão, melhoria da composição intestinal e suplementos como ômega-3). Estudos com camundongos GF demonstraram que animais completamente desprovidos de microbiota apresentam deficiências no comportamento social.

A depleção da microbiota intestinal no início da adolescência reduz a expressão de ocitocina no cérebro adulto. O probiótico Lactobacillus reuteri pode modular os níveis de ocitocina e melhorar o comportamento social. Evidências de estudos preliminares em humanos sugerem que os componentes da dieta que modulam a microbiota intestinal também podem influenciar o desenvolvimento ou os sintomas do TDAH.

Suplementação mínima: associar Ômega-3 com TDAH Control all in one. Fazer modulação intestinal, sempre que necessário. Para individualização marque aqui sua consulta.

CURSO: NUTRIÇÃO NO TDAH

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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