Fatores de risco para TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento. É marcado por sintomas como desatenção geral, hiperatividade, impulsividade e dificuldade de autocontrole.

De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (2000), as apresentações ou subtipos do TDAH são:

  • Hiperativo-Impulsivo

  • Desatento

  • Combinado

Essa categorização não necessariamente permanentes à medida que o transtorno progride. Assim, uma criança com TDAH combinado hiperativo e desatento pode mais tarde se tornar menos hiperativo e mais desatento com a idade se o transtorno persistir.

O transtorno afeta desproporcionalmente os homens em comparação com as mulheres, mas a proporção de gênero difere muito entre os diferentes estudos. Desde a primeira infância o TDAH pode se associar a comorbidades como Transtorno Desafiador Opositivo (TDO) e disfunção executiva.

Diagnóstico do TDAH

A 5a edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais traz uma série de critérios para o diagnóstico do TDAH:

A) Um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento e no desenvolvimento:

B) Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estavam presentes antes dos 12 anos de vida;

C) Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estão presentes em dois ou mais ambientes (ex: em casa e na escola);

D) Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de esquizofrenia ou outro transtorno psicótico e não são mais bem explicados por outro transtorno mental (ex: transtorno do humor, transtorno de ansiedade, transtorno dissociativo, transtorno da personalidade, intoxicação ou abstinência de substância).

Fatores de risco para TDAH

Um crescente corpo de literatura indica uma relação entre o TDAH e fatores genéticos, ambientais, sociais e societais. Variantes genéticas comuns contribuem substancialmente para a suscetibilidade ao TDAH. Em 2019 foi publicada a comparação da análise de associação de todo o genoma de 20.183 indivíduos diagnosticados com TDAH e 35.191 controles. Foram identificados 12 loci, implicando os genes FOXP2, SORCS3 e DUSP6 como importantes contribuintes para a etiologia do TDAH (Demontis et al., 2019).

Fumar na gestação, estresse materno e pobreza estão associados a maior risco de TDAH. Privações ou abusos na infância, contato com toxinas, intoxicação por substâncias químicas são alguns dos fatores associados ao risco de TDAH (tabela abaixo).

Há no TDAH um entrelaçamento de micro e macroprocessos de fatores ambientais, sociais e societários. Por exemplo, a exposição ambiental a toxinas é prevalente entre populações com nível socioeconômico mais baixo e também entre crianças cujas mães são menos instruídas e menos interessadas em estilos de vida saudáveis. Assim, uma série de desvantagens no estilo da vida, associadas à alterações genéticas aumentam o risco de diagnóstico de TDAH (Weissenberger et al., 2017).

Como o TDAH afeta o cérebro?

O TDAH foi o primeiro distúrbio que os cientistas descobriram resultar da deficiência de um neurotransmissor específico – neste caso, a dopamina – e o primeiro distúrbio encontrado para responder a medicamentos projetados para corrigir essa deficiência subjacente.

Os baixos níveis de dopamina podem afetar quatro regiões funcionais do cérebro:

  1. Córtex frontal. Esta região orquestra o funcionamento de alto nível: mantém a atenção, organização e função executiva. Uma deficiência de dopamina nesta região do cérebro pode causar desatenção, problemas de organização e/ou funcionamento executivo prejudicado.

  2. Sistema límbico. Essa região, localizada mais profundamente no cérebro, regula as nossas emoções. Uma deficiência de dopamina nessa região pode resultar em inquietação, desatenção ou volatilidade emocional.

  3. Gânglios basais. Esses circuitos neurais regulam a comunicação dentro do cérebro. As informações de todas as regiões do cérebro entram nos gânglios da base e são então retransmitidas para os locais corretos no cérebro. Uma deficiência de dopamina nos gânglios da base pode causar um “curto-circuito” nas informações, resultando em desatenção ou impulsividade.

  4. Sistema de ativação reticular. Este é o principal sistema de retransmissão entre os muitos caminhos que entram e saem do cérebro. Uma deficiência de dopamina contribui para desatenção, impulsividade ou hiperatividade.

Essas quatro regiões interagem umas com as outras, portanto, uma deficiência em uma região pode causar um problema em uma ou mais das outras. O TDAH resulta de problemas em uma ou mais dessas regiões.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/