Alzheimer é a doença neurodegenerativa mais comum e a principal causa de demência em todo o mundo. A fisiopatologia cerebral característica inclui deposição de placas de beta amilóide e emaranhados de proteína tau no cérebro. Em geral, a doença inicia-se com alterações no córtex transentorrinal, progredindo para o hipocampo e, posteriormente, para regiões corticais.
As causas para a deposição destas proteínas no cérebro parecem incluir hiperglicemia, hipercolesterolemia (especialmente em pacientes ApoE4), viroses e outras infecções, além da disbiose intestinal. Um quadro de desequilíbrio na microbiota intestinal influencia o cérebro e aumenta o risco de várias doenças e transtornos mentais:
Proteínas semelhantes às amilóides podem ser produzidas por bactérias no intestino e foi demonstrado que aumentam a patologia da α-sinucleína em camundongos idosos. No entanto, pesquisas em humanos são raras.
Mesmo assim, estudos descrevem alterações no perfil da microbiota intestinal de pacientes com Alzheimer em comparação com controles pareados. Parece existir uma redução na riqueza e diversidade da microbiota intestinal nas amostras de pessoas com Alzheimer. Observou-se diminuição de Firmicutes, aumento de Bacteroidetes e diminuição de Bifidobacterium. As alterações na microbiota se correlacionaram fortemente com uma carga patológica de beta amilóide e espécies de tau fosforiladas.
Para garantir ótima variedade de bactérias intestinais, a dieta precisa ser muito variada, baseada em plantas, rica em fibras, pobre em álcool e alimentos ultraprocessados.