Tipos de doença de Alzheimer

De acordo com a OMS, estima-se que existam 35,6 milhões de pessoas com Doença de Alzheimer (DA) no mundo, sendo que o número tende a dobrar até o ano de 2030 e triplicar até 2050. De acordo com o Dr. Dale Bredesen, autor do livro o fim do Alzheimer, existem seis subtipos de doença de Alzheimer:

Tipo 1: inflamatório

Tipo 1.5: glicotóxico

Tipo 2: atrófico

Tipo 3: tóxico

Tipo 4: vascular

Tipo 5: traumático

Características do Alzheimer tipo 1 (inflamatório)

A inflamação é um processo biológico normal, saudável e necessário para a defesa do organismo contra invasores e doenças agudas. Porém, quando a inflamação é exagerada e persistente torna-se uma ameaça para o organismo e para o cérebro. Este é um tipo muito comum em pessoas com gene ApoE4 em homozigose. Pessoas com Alzheimer do tipo 1 ou inflamatório começam a perder a capacidade de armazenar novas informações no hipocampo e os primeiros sintomas aparecem entre os 50 e 60 anos. A inflamação crônica vai destruindo sinapses e ao longo do tempo a memória vai ficando pior e pior.

É importante ao longo da vida o acompanhamento de marcadores bioquímicos como ferritina, colesterol, proteína C reativa ultra sensível, interleucina-6, fator de necrose tumoral e homocisteína. A resistência à insulina (como sabemos, é comumente vista no diabetes)

O tipo 1 AD responde mais rapidamente ao protocolo ReCODE do Dr. Bredesen.

Características do Tipo 1.5: (Doença de Alzheimer glicotóxica ou doce)

Os tipo 1 e tipo 2 frequentemente acontecem juntos, com inflamação neural e suporte reduzido para sinapses cerebrais. Esta combinação é comum em pacientes diabéticos e é classificado como tipo 1.5. Os níveis de glicose no sangue e hemoglobina A1c costumam ficar cronicamente elevados, assim como a insulina, que devem ser acompanhados.

Características do Alzheimer Tipo 2 (atrófico ou “frio”)

Nesse tipo, o cérebro começa a destruir as sinapses mais rápido do que pode criá-las. Fatores tróficos, como NGF (Nerve Growth Factor) e BDNF (Brain-Derived Neurotrophic Factor) são proteínas cruciais para a manutenção e regeneração neural. Uma vez que o BDNF desempenha um papel crucial na cognição, aprendizagem e formação da memória, níveis mais baixos de BDNF no cérebro têm sido associados a incidências mais altas da doença de Alzheimer. Além de polimorfismos genéticos associados a BDNF mais baixo, pessoas com metabolismo de glicose prejudicado e resistência crônica à insulina tendem a piorar mais rápido.

O tipo 2 também ocorre com mais frequência em pessoas que carregam uma ou duas cópias do alelo ApoE4, mas os sintomas tendem a iniciar cerca de uma década depois do que o tipo 1 inflamatório. No tipo 2 os níveis inflamatórios estão normais ou mesmo baixos. Aqui o que precisa se acompanhar são os níveis hormonais (tireóide, adrenal, progesterona, testosterona, vitamina D e pregnenolona que tendem a ser subótimos).

Testes genéticos contribuem para a classificação apropriada dos tipos de Alzheimer

Características do Alzheimer Tipo 3 (Tóxico)

Todos os pacientes com doença de Alzheimer tipo 3 têm histórias de exposições tóxicas. Este tipo é mais comum em pessoas com alelo ApoE3 em vez de ApoE4. Atinge indivíduos em idades mais jovens, geralmente do final dos quarenta ao início dos sessenta. Os sintomas não começam com perda de memória, mas sim com dificuldades cognitivas envolvendo números, fala ou organização. Podem ser mais frequentemente diagnosticados erroneamente com depressão ou demência frontotemporal.

Acompanhar níveis de colesterol, níveis de zinco, cobre, ferro, micotoxinas, cortisol, marcadores de disbiose intestinal, alergias e intolerâncias alimentares.

Características do Tipo 4: doença de Alzheimer vascular

Causado por uma redução do fluxo sanguíneo para o cérebro, o que priva o cérebro de oxigênio e nutrientes essenciais. A falta de oxigênio no cérebro leva à hipoperfusão (baixo fluxo sanguíneo) e compromete a barreira hematoencefálica, que permite o vazamento de substâncias nocivas e danos aos neurônios. A vasculatura cerebral é extremamente importante, pois é uma forma de o corpo eliminar o acúmulo de beta-amiloide.

Tipo 5: doença de Alzheimer traumática

Alzheimer induzido por trauma, lesões cerebrais que interrompem a função cerebral normal, incluindo habilidades de aprendizado e raciocínio.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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