Selênio é um mineral importante para a tireóide, selênio é antioxidante, protege contra o câncer, melhora a imunidade. A recomendação dietética média é de 55 mcg/dia para adultos e máxima de 400 mcg/dia.
Cuidado com o consumo excessivo de castanha do Pará (castanha do Brasil) e de suplementos contendo selênio. Pois, o que é bom até certo ponto pode gerar apoptose celular (morte programada de células) e toxicidade em doses elevadas. Mesmo dosagens de 200 mcg/dia por longos períodos podem gerar toxicidade.
Selenocompostos inorgânicos e orgânicos são metabolizados em selenometionina e incorporados por bactérias da microflora intestinal, destacando, portanto, seu papel na melhoria da biodisponibilidade dos selenocompostos. Ou seja, com uma microbiota boa, mais selênio é absorvido. Por isso, é sempre importante tratar a disbiose intestinal.
As formas orgânicas do Se são encontradas como um análogo do aminoácido sulfúrico, selenometionina (SeMet), selenocisteína (SeCys) e como derivados metilados. As formas inorgânicas correspondem a sais de Se, como selenato (SeO − 24) e selenito (SeO − 23) . O SeMet é encontrado em produtos de origem vegetal e animal, bem como em alguns suplementos alimentares Por outro lado, SeCys é encontrado principalmente em alimentos de origem animal, enquanto o selênio-metilselenocisteína (SeMeCys) é um Se orgânico monometilado natural encontrado em alguns vegetais como alho, cebola, brócolis e alho-poró. Dentre as formas inorgânicas, o selenito está presente principalmente em suplementos alimentares, enquanto o selenato é encontrado em fontes vegetais e peixes. Essas formas de Se têm sido usadas para biofortificar alguns vegetais.
Castanhas-do-pará, cereais, carnes, peixes, frutos do mar, leite e nozes são as melhores fontes de Se. A interação de peixes e frutos do mar com o mercúrio resulta em derivados insolúveis do Se que podem reduzir sua biodisponibilidade Na verdade, a biodisponibilidade do Se depende principalmente de sua forma química. Em geral, as formas orgânicas são absorvidas mais rapidamente e costumam ser utilizadas para a biossíntese de selenoproteínas. Além disso, a quantidade de proteína, gordura e metal pesado na dieta influencia a biodisponibilidade do Se. Altos níveis de Se estão presentes em algumas plantas, como Astragalus bisulcatus e Brassicaceae (brócolis). Bertholletia excelsa, conhecida como castanha do Brasil, é uma das maiores fontes de Se com concentrações que variam de 1,80 a 320,80 μg Se / g. Além disso, o teor de Se no solo tem grande influência na quantidade desse metal nos alimentos, estando relacionado à sua deficiência e toxidade em algumas regiões. O teor de Se no solo geralmente varia de 1 a 1,5 μg Se / g, chegando a 5,0 μg Se / g em solos seleníferos (Ferreira et al., 2021).
Como avaliar o selênio?
Podemos entender mais sobre a individualidade bioquímica em relação ao selênio por meio de exames nutrigenéticos. De qualquer forma, em caso de suplementação é importante acompanhar os biomarcadores (consumo alimentar e diferentes exames).
A concentração plasmática de Se é o biomarcador mais útil e confiável para avaliar o estado do Se em humanos, considerando a estabilidade do Se neste compartimento. O ideal é que o selênio esteja entre 60 a 175 ng/mL, o que melhora a imunidade (Avery, & Hoffmann, 2018). Há utilidade também de avaliação do selênio eritrocitário como biomarcador de status de longo prazo.