Telômeros são uma parte essencial das células humanas, tendo como função principal a proteção do material genético, dentro dos nossos cromossomos. Quando os telômeros encurtam-se demais, o DNA fica desprotegido e envelhecemos mais rápido. Vários fatores contribuem para o encurtamento dos telômeros, como o estresse, o hábito de fumar, a obesidade e as carências nutricionais (falei sobre este tema neste vídeo e neste). Além das questões ambientais alguns genes associam-se à encurtamento de telômeros de forma mais acelerada. Um dos genes estudados é o FTO, localizado no cromossomo 16.
O FTO é um dos genes mais investigados por sua associação com o ganho de peso, também parece estar associado ao comprimento dos telômeros (Zhou, Hambly, & McLachlan, 2017; Zhou et al., 2017). Um dos polimorfismos (variações) de FTO associados a redução do comprimento, mesmo em indivíduos não obesos é o rs9939609 (Yu et al., 2017).
Outro gene estudado é o SIRT1, que codifica a proteína sirtuína 1, a qual atua como um sensor metabólico, acelera a queima de gordura e possui propriedades antienvelhecimento e pró-longevidade (Kim et al., 2013; De Bonis, Ortega, & Blasco, 2014). Investigações de outros grupos de pesquisa mostram que outros genes como MEN1, MRE11A, RECQL5 e TNKS também associam-se ao comprimento dos telômeros (Mirabello et al., 2011).
ANTES DE TOMAR QUALQUER SUPLEMENTO CONVERSE COM UM NUTRICIONISTA.
Mas os estudos não param aí. O importante é descobrirmos como modular estes genes para que funcionem adequadamente, contribuindo positivamente para a maior longevidade. Alguns trabalhos mostraram que pessoas que possuem boa adesão ao padrão dietético mediterrâneo possuem telômeros mais alongados. Saiba mais sobre como este padrão alimentar pode te auxiliar neste vídeo ou neste.