Embora nosso código genético determine muito sobre quem somos, ele não age sozinho. O que somos também depende de nossas experiências e como elas vão influenciar nossos genes. Enquanto nossa genética revela nossa herança, a epigenética revela os agentes que ligam ou desligam os genes. O conjunto de genes e fatores de regulação da expressão gênica é chamado epigenoma. O mais interessante é que o efeito dos nossos hábitos também pode ser transmitido aos nossos descendentes. Estudos recentes no campo da neurobiologia mostram que processos epigenéticos são essenciais à funções complexas do cérebro. Enzimas que modificam o DNA ou a compactação das histonas são fundamentais para aprendizagem, foco, memória e afeto. No Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) estuda-se como adversidades ambientais, estresse pré e pós-natal e estado nutricional influenciam a expressão de genes e o desenvolvimento do cérebro.
Embora o TDAH já tenha sido considerado apenas um transtorno da infância, sabemos que pode persistir na fase adulta, dependendo da severidade, presença de comorbidades (como transtornos de conduta ou depressão) e tratamento recebido. Como o TDAH não tratado na infância prejudica relacionamentos e aprendizagem e na fase adulta pode aumentar o risco de abuso de substâncias químicas, criminalidade e mortalidade prematura é muito importante que o diagnóstico adequado seja feito o quanto antes, para que o tratamento mais adequado possa ser iniciado (Barbaresi et al., 2013).
O tratamento padrão para o TDAH envolve a terapia comportamental, treinamento dos pais e uso de medicamentos estimulantes e não estimulantes. Outras intervenções que melhorem a qualidade de vida como atividade física, meditação, neurofeedback e uso de óleos essenciais também podem ser incorporadas à terapêutica sugerida pelo neurologista. Em relação à alimentação, o objetivo é o fornecimento de nutrientes que possam modular o funcionamento de genes candidatos ao TDAH, desde a gestação. São frequentemente citados na literatura científica os genes ANKK1, ARRB2, BDNF, CACNA1C, CLOCK, COMT, DAT1, DBH, DDC, DRD4, FADS2, GRK3, HES1, HTR1B, HTR2A, MAOA, MTHFR, NTF3, PNMT, SLC1A3, SLC64A, SLC6A2, SLC6A3, SLC9A9, SNAP25, TPH2. Alterações nestes genes podem aumentar sintomas como hiperatividade e impulsividade por vários mecanismos, como desregulação na produção de neurotransmissores.
Hoje estudam-se o papel dos nutrientes na metilação, na redução do estresse oxidativo e da neuroinflamação e também no tratamento de disfunções imunes e hipersensibilidades que possam estar associadas ao TDAH.
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