A imagem corporal é definida como pensamentos, percepções e atitudes de uma pessoa sobre sua aparência física. Diz respeito a como você se vê quando se olha no espelho ou quando se imagina em sua mente. Inclui:
O que você acredita sobre sua própria aparência (incluindo suas memórias, suposições e generalizações).
Como você se sente em relação ao seu corpo, incluindo altura, forma e peso.
Como você sente e controla seu corpo enquanto se move.
Como você experimenta ou sente fisicamente em seu corpo.
O que você acha que seu corpo pode fazer.
Muitos de nós internalizamos mensagens desde tenra idade que podem levar à imagem corporal positiva ou negativa. Ter uma imagem corporal saudável é uma parte importante do bem-estar mental e da prevenção de distúrbios alimentares.
A imagem corporal positiva é uma percepção clara e verdadeira de sua forma; vendo as várias partes do seu corpo como elas realmente são. A positividade do corpo (ou satisfação do corpo) envolve sentir-se confortável e confiante em seu corpo, aceitando a forma e o tamanho natural do corpo e reconhecendo que a aparência física diz muito pouco sobre o caráter e o valor de uma pessoa.
Uma imagem corporal negativa, por outro lado, envolve uma percepção distorcida da forma de alguém. A imagem corporal negativa (ou insatisfação corporal) envolve sentimentos de vergonha, ansiedade e autoconsciência. As pessoas que experimentam altos níveis de insatisfação corporal sentem que seus corpos são defeituosos em comparação com os outros, e é mais provável que essas pessoas sofram de sentimentos de depressão, isolamento, baixa auto-estima e transtornos alimentares (como anorexia, bulimia, compulsão, comer transtornado, ortorexia etc).
Causas das insatisfações corporais
Estudos mostram que nos países ocidentais, a preocupação com o próprio corpo pode começar entre os 6 e os 12 anos de vida. Mais da metade das adolescentes e quase um terço dos adolescentes sentem-se desconfortáveis com o próprio corpo e adotam comportamentos não saudáveis de controle de peso.
As meninas (mas não só elas) sentem-se geralmente muito pressionadas à conformar-se à padrões de beleza impostos pela sociedade. A influência das mídias sociais, exemplos familiares (por exemplo, uma mãe que vive de dieta ou valoriza muito a emagreza), genética, bullying, defeitos na produção de neurotransmissores, traumas na infância, abusos (físicos, mentais, sexuais) ou outras experiências negativas, personalidade, baixa autoestima também contribuem para os transtornos de imagem corporal e para o desenvolvimento de transtornos alimentares.
Transtorno Dismórfico Corporal
Um tipo de transtorno de imagem é o transtorno dismórfico corporal, em que a pessoa acredita que tem uma ou mais imperfeições ou defeitos na aparência física. Contudo, esse defeito na realidade não existe ou é insignificante para as outras pessoas. Pessoas com transtorno dismórfico corporal normalmente realizam determinadas atividades (como olhar no espelho, arrumar-se excessivamente ou comparar-se com outros constantemente) devido à grande preocupação com sua aparência.
O transtorno dismórfico corporal geralmente começa durante a adolescência e possivelmente ocorre com um pouco mais de frequência em mulheres. Aproximadamente 2% a 3% das pessoas apresentam o transtorno, que causa muito sofrimento.
Movimento positivo do corpo
Muitas pessoas tornaram-se ativistas da valorização da diversidade de tamanhos, cores, raças, habilidade e formas, que são todas boas. Embora todos possamos ter dias em que não nos sentimos tão bem ou bonitos, a chave para o desenvolvimento da imagem corporal positiva é reconhecer e respeitar nossa forma natural e aprender a dominar os pensamentos e sentimentos negativos, trocando-os por pensamentos positivos, afirmativos e aceitáveis.
Como valorizar seu corpo e quem você é
1 - Aprecie tudo o que seu corpo pode fazer. Todos os dias seu corpo leva você para mais perto dos seus sonhos. Celebre todas as coisas incríveis que seu corpo faz por você - correndo, dançando, respirando, rindo, sonhando etc.
2 - Mantenha uma lista dos dez principais itens que você gosta em si mesmo - coisas que não estão relacionadas a quanto você pesa ou a sua aparência. Leia sua lista frequentemente. Acrescente a isso à medida que você perceber mais coisas maravilhosas sobre você.
3 - Olhe para si mesmo como uma pessoa inteira. Quando você se vê no espelho ou na sua mente, escolha não se concentrar em partes específicas do corpo. Veja a si mesmo como deseja que os outros o vejam - como uma pessoa inteira.
4 - Escolha sua turma. Cerque-se de pessoas positivas, que te apoiam e reconhecem suas qualidades.
5 - Desligue as vozes da sua cabeça que dizem que seu corpo não está "certo" ou que você é uma pessoa "má" por ter comido isso ou aquilo, por ser desse ou daquele tamanho. A terapia cognitivo comportamental pode ajudar muito nisso.
6 - Use roupas confortáveis e que façam você se sentir bem com seu corpo. Troque a dieta pelo prazer de comer sem culpa, respeitando o próprio corpo e suas sensações de fome e saciedade.
7 - Trabalhe com seu corpo, não contra ele. Faça yoga, medite, teste atividade que sempre teve vontade de fazer mas nunca teve coragem por achar que seu corpo não seria capaz (pode ser andar de bicicleta, surfar, aprender a patinar, dançar, fazer escalada). A sociedade tem muitas expectativas sobre o que podemos ou não fazer. Mas na verdade podemos fazer a maior parte das coisas.
8 - Torne-se um crítico de mensagens sociais e de mídia. Preste atenção às imagens, slogans ou atitudes que fazem você se sentir mal consigo mesmo ou com seu corpo. Proteste contra estas mensagens: escreva uma carta ao anunciante ou responda à imagem ou mensagem.
9 - Faça algo de bom para si mesmo - algo que deixe seu corpo saber que você o aprecia. Tome um banho de espuma, tire um tempo para tirar uma soneca ou encontre um lugar pacífico para relaxar, medite, pratique yoga, aprenda algo novo, estude e desenvolva novas competências profissionais ou para a vida.
10 - Use o tempo e a energia que você geralmente gasta se preocupando com comida, calorias, peso ou qualquer aspecto da aparência para fazer algo para ajudar os outros. Às vezes, entrar em contato com outras pessoas pode ajudá-lo a se sentir melhor consigo mesmo e fazer uma mudança positiva em nosso mundo.