Todo mundo sabe que o ar poluído aumenta o risco de doenças, como a asma. A poluição aérea e sonora relacionada ao trânsito pode, por exemplo, aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Na gestação é muito pior. Mãe e bebês são mais vulneráveis. Estudo publicado em 2018 mostrou que a exposição à poluição atmosférica relacionada ao tráfego e ao ruído do tráfego aumentou a pressão arterial em gestantes na 20a semana de gravidez. Uma das razões é que toxinas inspiradas junto com o ar poluído aumentam a inflamação (Sears et al., 2018). A poluição também parece aumentar o risco de diabetes gestacional. Morar próximo a estradas movimentadas aumenta a exposição a toxinas ambientais e afeta a saúde materna (Choe et al., 2018).
Como o bebê está em formação, seu corpo é muito mais frágil. Este ano, novo estudo foi publicado mostrando que a má qualidade do ar e a exposição à poluição durante o período gestacional impactam negativamente o crescimento fetal. Uma das razões pode ser a menor quantidade de oxigênio quando o ar está poluído. Com menos oxigênio e maior consumo de poluentes vindos junto com o ar, o risco de problemas cognitivos e doenças metabólicas também aumenta (Nobles et al., 2019).
Todos possuímos responsabilidade na poluição do ar. A diminuição da quantidade de CO2 na atmosfera depende de mudanças de hábitos. Podemos andar mais de bicicleta ou a pé, usar mais os transportes públicos, organizar caronas solidárias, plantar árvores pela vizinhança…
Em termos nutricionais, é fundamental consumir alimentos ricos em compostos que favorecem a eliminação das toxinas. Frutas, verduras, legumes, castanhas, leguminosas fornecem vitaminas, minerais, fibras, aminoácidos e fitoquímicos essenciais para a eliminação de toxinas.
Extra: no módulo 9 do meu curso de yoga converso mais sobre nutrição na gestação e ensino as técnicas de yoga e meditação apropriadas para a gestante praticar em casa.