A colina é um micronutriente solúvel em água essencial para a vida humana. Sua presença na dieta é importante para a prevenção de doenças do fígado e do cérebro. A partir da colina produzimos um neurotransmissor (acetilcolina) que ajuda nervos a se comunicarem e músculos a se moverem. Uma fonte importante de colina na dieta é a gema do ovo.
Ao chegar no intestino a colina será utilizada por bactérias. E é aí que vem a parte mais interessante. Pessoas com uma microbiota boa ficam protegidas quando consomem colina. Já pessoas com uma microbiota ruim ficam mais susceptíveis à doenças de coração, diabetes e até Alzheimer.
Isto acontece porque no intestino, se a colina for metabolizada por bactérias ruins haverá produção de trimetilamina (TMA). No fígado, a TMA é convertida em trimetilamina-N-óxido (TMAO), que aumenta o risco de aterosclerose (Johnsson et al., 2017). Já bactérias boas (probióticas) usam grande parte da colina (pelo menos em modelos animais) e dessa forma geram alterações epigenéticas positivas, reduzindo o ganho de peso, a ansiedade e o risco de doenças ateroscleróticas.