Estimativas recentes indicam que, se uma mãe tem um filho com autismo, o risco de ter um segundo filho também com autismo é alto. Estudo publicado em 2018 avaliou o perfil metabólico de gestantes. Problemas em vias de transmetilação e transulfuração, dependentes da vitamina B9 (folato) previram com aproximadamente 90% de sensibilidade e especificidade se uma mãe possuía alto (18,7%) ou baixo risco (-1,7%) de ter um filho diagnosticado com autismo aos 3 anos de vida (Hollowood et al., 2018).
A avaliação da funcionalidade do gene MTHFR da mãe é importante para que a decisão sobre o tipo de vitamina B9 mais adequado seja tomado. Caso não seja possível fazer o exame recomenda-se a avaliação dos níveis de homocisteína plasmática. Apesar de muitos laboratórios considerarem normais os níveis de até 15 µmol/l, níveis mais baixos (em torno de 6 a 7) parecem proteger contra o autismo. Outro motivo para reduzir a homocisteína é que valores próximos a 8,50 μmol/L já aumentam o risco de pré-eclâmpsia (Sun et al., 2017).
Tenho um curso online sobre o tema e também um vídeo em que discuto o tipo de vitamina B9 mais indicado para cada caso: