Após o sexto mês de vida todo bebê deve receber alimentos complementares ao leite materno, garantindo o bom aporte de energia e nutrientes para o pleno crescimento e desenvolvimento. A consistência dos alimentos (frutas, verduras, papas) evolui de amassada até que a criança possa receber o alimento inteiro.
O aleitamento materno exclusivo até o 6o mês de vida contribui para o desenvolvimento do sistema estomatognático, representado por um conjunto de músculos que, por exemplo, levantam a mandíbula, permitindo a mastigação. O ato de sugar o seio materno funciona como um regulador natural do crescimento e desenvolvimento harmonioso das estruturas da mandibula e maxilar.
O exercício realizado pelo bebê no ato de mamar reduz em mais de 50% cada um dos indicadores de maloclusões dentárias (ressalto, apinhamento, mordida cruzada posterior, mordida aberta, disoclusões, rotações dentárias...), que afetam consideravelmente a função dento-facial da criança.
Pais de crianças pequenas com síndrome de Down relatam que a evolução entre a textura dos alimentos pode ser mais lenta. Bebês com a trissomia do cromossomo 21 possuem maior facilidade com alimentos cremosos, crocantes, moles ou macios. A evolução para alimentos mais duros ou secos ocorre com o passar dos meses. Já alimentos com textura molhada, pegajosa ou com grumos foram considerados de mais difícil introdução (Ross et al., 2019). Por isso, além do acompanhamento nutricional, o acompanhamento fonoaudiológico desde o início da vida é muito importante.
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