Estudo publicado na revista científica Journal of Affective Disorders mostra evidências de que a curcumina, principal flavonóide do açafrão pode ser eficaz como coadjuvante no tratamento da depressão. O estudo utilizou como metodologia o padrão ouro aleatorização e grupo controle.
Por 12 semanas, 123 pessoas com depressão grave foram distribuídos em quatro grupos. O primeiro recebeu o placebo. O segundo uma baixa dose de extrato de curcumina (250 mg, 2x/dia) o terceiro uma alta dose (500 mg, 2x/dia) e o quarto uma combinação de baixa dosagem + 15 mg de açafrão, 2x/dia (Lupresti & Drummond, 2017). Os pesquisadores mostraram, que em relação ao placebo os grupos que usaram curcumina tiveram melhorias sintomatológicas avaliadas por meio de duas escalas (IDS-SR30 e STAI).
O estudo não comparou a eficácia do uso da curcumina em relação a outros tratamentos, como psicoterapia ou farmacoterapia, o que limita as conclusões.
Contudo, outra pesquisa comparou a curcumina com a fluoxetina (Prozac) mostrando que ambos conseguiram reduzir sintomas depressivos (Sanmukhani et al., 2014). Drogas antidepressivas podem desencadear uma série de efeitos adversos. Por isto, o uso é controlado e nem sempre resultam nas melhorias esperadas. Desta forma, o tratamento multidisciplinar é fundamental e a alimentação saudável aliada à suplementação de compostos antiinflamatórios e com propriedades ansiolíticas mostra-se como importante alternativa.
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