Larga utilização e nenhum controle. Esse foi o cenário mais uma vez exposto sobre a disseminação da cultura do agrotóxico no modelo agro-industrial brasileiro. Dessa vez, foi o jornal Folha de S. Paulo que abordou o tema em duas reportagens, publicadas no último domingo, 04 de outubro. O veículo teve como base informações do Dossiê Abrasco: Um alerta dos impactos dos agrotóxicos na saúde e conversou com Luiz Claudio Meirelles, membro do Grupo Temático Saúde do Trabalhadore (GT ST/Abrasco), pesquisador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH/ENSP/Fiocruz) e um dos autores da obra.
A reportagem, de Eduardo Geraque e Lucas Ferraz, levantou documentos e relatos que comprovam os poucos estudos de análise por amostragem realizado pelos órgãos responsáveis, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura, além de grandes discrepâncias entre os resultados. Pior, a Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo não emite nenhuma multa desde 2002, enquanto os levantamentos do Programa de Análises de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) aponta crescimento exponencial da utilização dos venenos nos últimos anos. Luiz Claudio Meirelles destacou a ação nociva dos agrotóxicos à vida. “Quando falamos em agrotóxico, falamos em veneno. O descontrole deles causa prejuízos à saúde”.
Confira as matérias na íntegra:
SP não aplica nenhuma multa por uso ilegal de agrotóxico desde 2002
Sem controle, alimentos circulam no país com agrotóxico irregular
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