Infelizmente muitos brasileiros ainda passam fome, que aparece principalmente nas áreas de pobreza, atingindo as famílias sem acesso ao básico. Outra causa da fome são as catástrofes naturais como as enchentes que assolaram Alagoas e Pernambuco.
Um dos indicadores da fome é a desnutrição infantil e, por isto, pesquisadores propõem, em estudo publicado na revista Pediatrics, que todos aqueles que trabalham na área de saúde pública deveriam fazer duas perguntinhas às famílias:
- Nos últimos 12 meses você se preocupou com o fato de que poderia faltar comida em sua casa?
- Nos últimos 12 meses aconteceu de o alimento comprado acabar e não haver dinheiro para a compra de quantidades extras?
O estudo mostrou que 92,5% das famílias que passam fome respondem sim à primeira pergunta e 81,9% das famílias respondem sim à segunda pergunta. Identificar tais famílias é fundamental afim de que as crianças destas famílias sejam monitoradas e a família encaminhada à programas governamentais de combate à fome.
Além disso, estes questionamentos são importantes pois muitas crianças não parecem desnutridas à primeira vista, visto que alguns alimentos calóricos e baratos como farinha, pão, óleo e açúcar acabam suprindo as necessidades calóricas deixando, contudo, um rastro de deficiências protéicas, vitamínicas e minerais. Estas deficiências tem impacto negativo na saúde e no desenvolvimento cognitivo do indivíduo. Para os pais, preocupados constantemente com o que irão alimentar os filhos, a ansiedade e a depressão são comuns.