Tolerância imune materna

A sobrevivência fetal é um grande enigma do ponto de vista imunológico. Como apresenta antígenos de origem paterna, o feto deveria ser reconhecido e rejeitado pelo organismo materno. Um deles é o Complexo principal de histocompatibilidade (MHC, em inglês). Os antígenos MHC de classe II e I, como HLA-A e HLA-B não são expressos nos trofoblastos de origem placentária.  Em contraste, outras células embrionárias expressam tais antígenos.

Restos de células trofoblásticas são liberados para o sangue materno e ativam o sistema imunitário da mãe. Subsequentemente, células ativam TREG FOXP3+CD4+CD25 e induzem tolerância a antigénios fetais específicos suprimindo a ativação do sistema imunitário. Assim, ao invés de ser rejeitado o feto é tolerado.

Alguns fatores aumentam a exposição do feto a agentes que podem causar doenças ou infecções. Dependendo do momento de contato com certas substâncias aumenta o risco do bebê sofrer alterações no desenvolvimento do cérebro, o que aumenta o risco de esquizofrenia, autismo, transtorno bipolar e paralisia cerebral. 

Infecções podem resultar em deficiências temporárias de macro e micronutrientes, que limitam a disponibilidade fetal de substâncias essenciais necessários para o desenvolvimento e crescimento fetal normais. A infecção materna durante a gravidez também pode modificar a composição microbiana da placenta, o que pode alterar o desenvolvimento do microbioma da prole e assim predispor o organismo em desenvolvimento a disbiose e outras anormalidades associadas ao microbioma (Labouesse et al., 2015)

O acompanhamento pré-natal é fundamental e reduz o risco para mãe e bebê.  O acompanhamento nutricional também melhora o estado nutricional de gestantes e crianças, evita a disbiose e promove bom crescimento e desenvolvimento neuromotor.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Parabéns à Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inovou e entrega agora à sociedade um kit que permite o diagnóstico simultâneo das doenças zika, dengue e chikungunya. O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) obteve a aprovação da ANVISA esta semana e agora aguarda as encomendas do ministério da saúde para disponibilização pelo SUS. A produção e nacionalização dos kits poderá representar uma economia aos cofres públicos, além do aumento da qualidade e confiabilidade do diagnóstico.

De acordo com o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, a instituição está mobilizada para responder à grave situação do vírus zika e da microcefalia. A instituição e seus pesquisadores estão de parabéns!

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Guia alimentar uruguaio

O Uruguai lançou recentemente o seu novo Guia Alimentar. O documento integra uma nova geração de guias alimentares que contextualiza a alimentação na dinâmica do sistema alimentar com recomendações coerentes com as práticas alimentares locais e adota a classificação de alimentos considerando o grau de processamento.

Alguns dos princípios para uma alimentação saudável, trazidos pelo Guia são:

  • Comer devagar;

  • Preferir alimentos naturais e evitar ultraprocesados;

  • Reduzir a ingestão de sal;

  • Sempre preferir água, ao invés de bebidas açucaradas;

  • Incluir frutas e vegetais na alimentação;

  • Realizar, pelo menos, 150 minutos por semana de atividade física.

O guia traz uma explicação gráfica interessante sobre as diferenças entre alimentos naturais, processados e ultraprocessados que pode ajudar a escolha dos consumidores.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/