Literácia alimentar em Portugal e no Brasil

A literacia alimentar refere-se ao conhecimento, às competências e às atitudes que permitem às pessoas fazerem escolhas alimentares saudáveis e sustentáveis. Também conhecida como letramento alimentar ou alfabetização alimentar. Envolve a capacidade de entender informações nutricionais, planear refeições equilibradas, interpretar rótulos de alimentos e compreender o impacto da alimentação na saúde e no meio ambiente.

Componentes da literacia alimentar:

  1. Conhecimento nutricional – Saber quais alimentos são saudáveis e como combiná-los para garantir uma dieta equilibrada.

  2. Leitura e interpretação de rótulos – Identificar ingredientes, valores nutricionais e evitar produtos ultraprocessados ou com excesso de açúcares, gorduras e aditivos.

  3. Planejamento e confecção de refeições – Habilidade de preparar refeições caseiras saudáveis, reduzindo o consumo de fast food e alimentos industrializados.

  4. Consumo consciente e sustentável – Escolher alimentos de produção local, reduzir o desperdício alimentar e compreender o impacto ambiental das dietas.

  5. Tomada de decisões informadas – Capacidade de resistir a estratégias de marketing enganoso e fazer escolhas com base na ciência da nutrição.

Importância da literacia alimentar

  • Melhora a saúde e previne doenças como obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares.

  • Reduz o impacto ambiental através de escolhas alimentares mais sustentáveis.

  • Contribui para a economia familiar, evitando gastos desnecessários com alimentos pouco nutritivos.

  • Aumenta a autonomia e a capacidade de adaptação a diferentes contextos alimentares.

Autores e estudos relevantes em literácia alimentar

  • Vidgen & Gallegos (2014) – Definem a literacia alimentar como um conjunto de habilidades necessárias para planejar, gerenciar, selecionar, preparar e comer alimentos de maneira saudável e sustentável.

  • Nutbeam (2000, 2008) – Trabalha na área de literacia em saúde, destacando a importância da educação na capacitação dos indivíduos para escolhas saudáveis. Também pode ser chamada de alfabetização em saúde ou letramento em saúde.

  • Cullen et al. (2015) – Exploram o impacto da literacia alimentar no comportamento alimentar e na saúde pública.

  • Truman et al. (2017) – Propõem um modelo de literacia alimentar baseado em competências práticas, cognitivas e sociais.

  • Slater (2017) – Destaca a relação entre a literacia alimentar e a culinária, ressaltando a importância da educação alimentar desde a infância.

Avaliação da literácia alimentar

A avaliação da literacia alimentar pode ser feita por meio de diversos métodos e indicadores, dependendo do objetivo do estudo ou da política pública. As abordagens mais comuns incluem questionários, testes de conhecimento, observação de práticas alimentares e indicadores de saúde.

1. Métodos de avaliação

a) Questionários padronizados

Usados para medir conhecimentos, atitudes e comportamentos relacionados à alimentação. Alguns exemplos:

  • "Food Literacy Questionnaire" (FLQ) – Mede competências em escolha e preparação de alimentos.

  • "Nutrition Literacy Scale" (NLS) – Avalia a capacidade de compreender informações nutricionais.

  • "Health Literacy Questionnaire" (HLQ) – Inclui aspectos da literacia alimentar dentro da literacia em saúde.

b) Testes de conhecimento e habilidades

  • Interpretação de rótulos alimentares.

  • Planejamento de refeições equilibradas.

  • Compreensão de informações nutricionais em cardápios e embalagens.

c) Observação de práticas alimentares

  • Registros alimentares ou recordatórios de 24h.

  • Frequência de consumo de alimentos ultraprocessados vs. in natura.

  • Habilidades culinárias e hábitos de preparo de refeições.

d) Indicadores biométricos e clínicos

  • Índice de Massa Corporal (IMC) e perfil lipídico.

  • Ocorrência de doenças relacionadas à má alimentação (diabetes, hipertensão).

2. Indicadores da literacia alimentar

Os principais indicadores podem ser agrupados em três dimensões:

a) Conhecimento e compreensão

  • Capacidade de interpretar rótulos e tabelas nutricionais.

  • Conhecimento sobre grupos alimentares e nutrientes essenciais.

  • Compreensão do impacto da alimentação na saúde e no meio ambiente.

b) Habilidades e práticas

  • Planejamento de refeições saudáveis e equilibradas.

  • Habilidade de cozinhar utilizando alimentos in natura e minimamente processados.

  • Capacidade de escolher alimentos mais saudáveis em diferentes contextos (supermercado, restaurantes).

c) Comportamento e impacto na saúde

  • Adesão a padrões alimentares saudáveis (ex.: Dieta Mediterrânea, Guia Alimentar da População Brasileira).

  • Redução do consumo de açúcar, sal e gorduras saturadas.

  • Frequência de consumo de frutas, verduras e legumes.

A escolha do método e dos indicadores depende do público-alvo e dos objetivos da pesquisa ou política pública.

Programas para aumento da literacia alimentar em portugal e brasil

Tanto em Portugal quanto no Brasil, existem programas e iniciativas dedicados a aumentar a literacia alimentar da população.​

Portugal

Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS): Lançado em 2012 pela Direção-Geral da Saúde (DGS), o PNPAS tem como objetivo melhorar o estado nutricional da população portuguesa. Entre suas estratégias, destaca-se o aumento da literacia alimentar e nutricional, capacitando os cidadãos para escolhas e práticas alimentares saudáveis. O programa atua em diversas frentes, incluindo a regulação da publicidade alimentar dirigida a menores de 16 anos e a promoção de ambientes alimentares saudáveis. ​

PLATE – Programa de Literacia Alimentar de base Tecnológica nas Escolas: Desenvolvido pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), o PLATE é um conjunto de ferramentas de comunicação sobre alimentação e vida saudável. Destinado a adolescentes entre 12 e 15 anos, o programa visa aumentar a literacia alimentar e combater o excesso de peso, sendo implementado e testado em contexto escolar. ​

Projetos Locais de Literacia Alimentar: Diversas iniciativas locais têm sido implementadas para promover a literacia alimentar.

Brasil

Plano Brasil Sem Fome: Lançado em agosto de 2023, o Plano Brasil Sem Fome é uma estratégia do governo federal para retirar o país do Mapa da Fome. Coordenado por 24 ministérios, o plano reúne ações e programas que atuam em dimensões importantes do enfrentamento à fome, incluindo a promoção da segurança alimentar e nutricional. ​

Guia Alimentar para a População Brasileira: Publicado pelo Ministério da Saúde, o guia é uma ferramenta de educação alimentar que visa promover a saúde e prevenir doenças relacionadas à alimentação. Ele oferece recomendações sobre escolhas alimentares, modos de preparo e a importância de práticas alimentares saudáveis, contribuindo para a literacia alimentar da população.​

Programas de Segurança Alimentar e Nutricional: O Brasil possui diversas políticas públicas voltadas para a promoção da segurança alimentar, assegurando o direito humano à alimentação adequada. Esses programas articulam ações de diferentes setores para promover a literacia alimentar e melhorar a qualidade da alimentação no país. ​

Essas iniciativas refletem o compromisso de Portugal e Brasil em promover a literacia alimentar, reconhecendo sua importância para a saúde pública e o bem-estar das populações.​

Estatísticas em literácia alimentar

Em Portugal e no Brasil, alguns estudos têm explorado o nível de literacia alimentar e seus impactos na população.​ Os níveis exatos de literacia alimentar não são conhecidos nos dois países, mas podemos fazer algumas inferências a partir de outras pesquisas.

Portugal

De acordo com o estudo Global Burden of Disease de 2019, os hábitos alimentares inadequados foram o quinto fator de risco que mais contribuiu para a perda de anos de vida saudável em Portugal, principalmente devido a doenças cardiovasculares, diabetes e neoplasias. Estima-se que cerca de 160.000 anos de vida saudável poderiam ser poupados se a população adotasse uma alimentação mais equilibrada.

Além disso, um estudo revelou que 70% das crianças em Portugal não consomem sopa nas duas refeições principais, indicando desafios na adoção de hábitos alimentares saudáveis desde a infância. ​

Brasil

Dados de 2023 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que 72,4% dos domicílios brasileiros estavam em situação de segurança alimentar, indicando acesso permanente a alimentos adequados. Contudo, 27,6% ainda enfrentavam dificuldades na aquisição de alimentos, refletindo desigualdades no acesso e, possivelmente, na literacia alimentar. ​

Adicionalmente, um estudo apontou que apenas 30% dos brasileiros relataram alto consumo diário de alimentos in natura, com esse percentual caindo para 20,4% entre os menos escolarizados. Isso sugere uma correlação entre nível educacional e escolhas alimentares mais saudáveis. ​

Consumo de alimentos ultraprocessados

Embora haja esforços significativos em ambos os países para promover a literacia alimentar, os estudos indicam que ainda existem desafios a serem superados. A implementação de políticas públicas eficazes e programas educacionais contínuos é crucial para melhorar a compreensão e as práticas alimentares da população, contribuindo para a promoção da saúde e a prevenção de doenças relacionadas à alimentação.​

Em âmbito individual, uma preocupação é o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados.

Um estudo abrangente publicado em 2024 no The BMJ analisou a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) e diversos desfechos de saúde. Examinando dados de múltiplas meta-análises epidemiológicas, a pesquisa encontrou uma ligação entre a alta ingestão de AUP e um risco aumentado de várias condições adversas de saúde.

Principais Descobertas:

  • Saúde Cardiometabólica: O consumo elevado de AUP foi associado a um maior risco de doenças cardiovasculares, incluindo um aumento de 5% na mortalidade por doenças cardiovasculares por porção adicional consumida. Além disso, o risco de desenvolver diabetes tipo 2 foi 12% maior.

  • Saúde Mental: O estudo identificou um aumento de 48-53% no risco de ansiedade e transtornos mentais comuns entre indivíduos com alta ingestão de AUP.

  • Obesidade e Ganho de Peso: Foi observada uma associação significativa entre o consumo de AUP e a obesidade, incluindo uma prevalência 55% maior de obesidade.

  • Mortalidade: A ingestão elevada de AUP esteve relacionada a um aumento de 50% no risco de mortalidade por todas as causas.

  • Alimentos ultraprocessados também impactam o sistema respiratório, gastrointestinal e aumentam o risco de câncer.

Excesso de peso

​A prevalência de sobrepeso e obesidade varia conforme a faixa etária tanto em Portugal quanto no Brasil.

Portugal

Adultos (≥18 anos):

  • Em 2014, mais de metade (52,8%) da população com 18 ou mais anos tinha excesso de peso. ​

Crianças e Adolescentes:

  • Em um estudo com 6.175 crianças e adolescentes (idade média de 8,3 anos), a prevalência de sobrepeso foi de 18,7% e de obesidade 13,4%, segundo os critérios do CDC. ​

Brasil

Adultos (≥18 anos):

  • De acordo com dados de 2023, 56,8% dos brasileiros apresentavam excesso de peso. A prevalência variou conforme a faixa etária:​

    • 18 a 24 anos: 40,3%​

    • 45 a 54 anos: 68,5%

  • Projeções indicam que, até 2044, 48% dos adultos brasileiros poderão ter obesidade, com outros 27% apresentando sobrepeso. ​

Crianças e Adolescentes:

  • Entre crianças de 5 a 10 anos, a prevalência de obesidade aumentou de 11,1% para 13,8% nos meninos e de 9,1% para 11,2% nas meninas. ​

Esses dados evidenciam a necessidade de políticas públicas eficazes para aumentar a literácia alimentar e ampliação dos programas de educação alimentar para combater o avanço do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias nos dois países.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

SIBO no autismo e TDAH (transtornos do neurodesenvolvimento)

O supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SIBO) é caracterizado por um aumento anormal de bactérias no intestino delgado, o que pode levar a problemas gastrointestinais e potencialmente afetar a saúde neurológica e mental. Há uma ligação sugerida entre SIBO e transtornos psiquiátricos e do neurodesenvolvimento, incluindo autismo e TDAH, embora os mecanismos exatos permaneçam obscuros [1].

Um estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de SIBO em crianças com transtornos do espectro autista (TEA) usando testes respiratórios de hidrogênio. Ele descobriu que crianças com TEA tinham uma prevalência maior de SIBO em comparação com crianças típicas, sugerindo uma ligação potencial entre SIBO e autismo [2].

Outro estudo destacou a importância do SIBO em doenças gastrointestinais e observou sua prevalência em crianças com dor abdominal, o que pode ser relevante para crianças com autismo, dada a ocorrência comum de sintomas gastrointestinais nessa população [3].

Embora não haja um estudo direto ligando SIBO diretamente ao TDAH, a associação entre microbiota intestinal e TDAH foi explorada. Uma revisão sistemática encontrou resultados altamente heterogêneos em relação à composição da microbiota intestinal em indivíduos com TDAH, indicando que a relação permanece obscura [4].

Outro estudo encontrou diversidade reduzida da alfa diversidade em pacientes jovens com TDAH, sugerindo uma ligação potencial entre a microbiota intestinal e a patogênese do TDAH [5].

Tanto o TDAH quanto o autismo são associados a composições distintas da microbiota intestinal. Um estudo descobriu que crianças com TDAH e TEA compartilhavam perfis semelhantes de microbiota intestinal, diferindo de controles não afetados. Isso sugere uma ruptura da barreira intestinal e desregulação imunológica nessas populações [6].

APRENDA MAIS:

Distúrbios gastrointestinais no autismo são mais estudados

Os distúrbios gastrointestinais funcionais que são comuns no autismo podem derivar de mutações genéticas previamente ligadas a sintomas comportamentais no transtorno do espectro do autismo (TEA).

Alterações na composição da microbiota e a presença de um intestino permeável causado por função de barreira epitelial prejudicada contribuem para alterações na estrutura e função do SNC relevantes para os fenótipos neurológicos. Na última década, acumularam-se evidências que sugerem que o comprometimento do eixo intestino-cérebro mediado pela microbiota também contribui para a patogênese do TEA e de outros distúrbios.

Mais de 90% dos 62 genes de risco de autismo de maior classificação no banco de dados SFARI são expressos em tecidos cerebrais e gastrointestinais, de acordo com o banco de dados GTEx de tecido genotípico, sugerindo que eles afetam mutuamente o cérebro e o intestino.

Todos os genes SFARI listados no TEA são expressos em células da crista neural murina e células derivadas da crista neural entérica que dão origem a neurônios periféricos e entéricos e glia, e ao intestino fetal (dados não publicados). A expressão de tantos genes associados ao TEA no trato gastrointestinal, incluindo o sistema nervoso entérico (SNE), bem como regiões cerebrais desde os estágios embrionário até o adulto, sugere que essas proteínas podem desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento do sistema periférico e do SNC.

Há grande heterogeneidade clínica no TEA, múltiplas causas genéticas subjacentes, fatores ambientais e disbiose que levam a diferentes manifestações de desenvolvimento; mas a consciência das queixas gastrointestinais no TEA parece estar aumentando. Avaliar a disfunção gastrointestinal é um desafio, uma vez que sintomas como dor, desconforto, azia ou náusea são difíceis de avaliar e interpretar devido a dificuldades de comunicação e alteração na percepção da dor. A avaliação precisa é muito importante, exames de microbiota, genética e metabolômica ajudam muito. Precisa de ajuda? Marque aqui sua consulta de nutrição online.

Referências

1) B Bogielski et al. Association between small intestine bacterial overgrowth and psychiatric disorders. Frontiers in endocrinology (2024). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39497810/

2) L Wang et al. Hydrogen breath test to detect small intestinal bacterial overgrowth: a prevalence case-control study in autism. European child & adolescent psychiatry (2017). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28799094/

3) K Siniewicz-Luzeńczyk et al. Small intestinal bacterial overgrowth syndrome in children. Przeglad gastroenterologiczny (2015). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25960812/

4) C Bundgaard-Nielsen et al. Gut microbiota profiles of autism spectrum disorder and attention deficit/hyperactivity disorder: A systematic literature review. Gut microbes (2020). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32329656/

5) A Prehn-Kristensen et al. Reduced microbiome alpha diversity in young patients with ADHD. PloS one (2018). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30001426/

6) C Bundgaard-Nielsen et al. Children and adolescents with attention deficit hyperactivity disorder and autism spectrum disorder share distinct microbiota compositions. Gut microbes (2023). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37199526/

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Aleitamento materno é um dos fatores de proteção no TEA

O que acontece antes, durante e após a gravidez influenciam o cérebro da criança. O tipo de parto influencia a microbiota e o neurodesenvolvimento. O aleitamento materno também tem um impacto importante.

O leite materno não é apenas um alimento, mas um poderoso modulador do desenvolvimento infantil. Ele contém bioativos que influenciam a microbiota intestinal e programam a cognição e o comportamento da criança! ✨👶

A imagem abaixo ilustra o papel do leite materno no chamado "Lactocrine Programming", que afeta o desenvolvimento cerebral e o comportamento do bebê a curto e longo prazo.

📌 O que influencia esse processo?

➡️ Fatores maternos: Genes, idade, dieta, saúde mental, estilo de vida e até a forma de parto.

➡️ Fatores infantis: Idade gestacional, sexo e temperamento do bebê.

➡️ Bioativos não nutricionais: Componentes do leite materno que regulam a microbiota, o sistema imunológico e os neurotransmissores.

Na imagem a seguir vemos os componentes do leite – como hormônios, oligossacarídeos do leite humano (HMOs), células maternas e fatores imunológicos – que interagem com a microbiota intestinal e influenciam o cérebro do bebê. Isto tudo apoia:

✔️ Cognição e aprendizado 🧠📚
✔️ Crescimento neuronal e desenvolvimento do SNC 🧬
✔️ Memória e linguagem 🗣️
✔️ Comportamento social e emocional 💛

Essa sinergia entre nutrientes, microbiota intestinal e fatores bioativos do leite materno reforça a importância da amamentação na formação de um cérebro saudável!

💬 Você sabia que o leite materno tem esse impacto? Lembro que a alimentação da mãe tem um impacto direto na composição do leite materno e, consequentemente, no desenvolvimento do bebê. O leite materno é sempre nutricionalmente rico, mas uma alimentação equilibrada melhora sua composição e potencializa os efeitos para o bebê. Não dá para esquecer fontes de ômega-3, por exemplo.

Consultas: www.andreiatorres.com/consultoria

Aprenda mais sobre nutrição, microbiota e cérebro em https://t21.video

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/