Deficiência de zinco aumenta o risco de disbiose intestinal

O zinco é um mineral essencial para a saúde intestinal, pois participa da manutenção da barreira intestinal, modulação do sistema imunológico e equilíbrio da microbiota. A deficiência de zinco pode aumentar o risco de disbiose intestinal, levando a inflamação, aumento da permeabilidade intestinal ("intestino permeável") e desequilíbrios na microbiota.

🔎 Como a Deficiência de Zinco Afeta a Microbiota?

  1. Compromete a barreira intestinal – O zinco é essencial para a integridade das células intestinais. Sua deficiência pode levar ao aumento da permeabilidade intestinal e ao risco de inflamações.

  2. Reduz a imunidade – O zinco ajuda a regular a resposta imunológica intestinal. Baixos níveis podem favorecer infecções e inflamações intestinais.

  3. Altera a microbiota – A deficiência de zinco pode levar ao crescimento excessivo de bactérias patogênicas e à redução das benéficas.

  4. Prejudica a digestão – O zinco é importante para a produção de enzimas digestivas. Sua deficiência pode causar má digestão e fermentação excessiva no intestino.

📊 Como Avaliar a Deficiência de Zinco?

O zinco pode ser avaliado por meio do exame de sangue (zinco sérico, plasmático ou eritrocitário). No curso de modulação da microbiota intestinal você aprende avaliar e suplementar o zinco. Precisa de ajuda? Marque aqui sua consulta online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Deficiência de vitamina D aumenta o risco de disbiose intestinal

A disbiose intestinal ocorre quando há um desequilíbrio na microbiota intestinal, ou seja, um aumento de bactérias nocivas e uma redução das bactérias benéficas no intestino. Esse desequilíbrio pode levar a inflamação, problemas digestivos e impactar a saúde geral.

⚠️ Sintomas da Disbiose Intestinal

Os sintomas podem variar, mas os mais comuns incluem:

  • Problemas digestivos: inchaço, gases, diarreia ou constipação.

  • Intolerâncias alimentares: piora ao consumir certos alimentos (exemplo: lactose e glúten).

  • Baixa imunidade: maior frequência de infecções, gripes e resfriados.

  • Fadiga e baixa energia: dificuldade de concentração, cansaço frequente.

  • Alterações de humor: ansiedade, depressão, irritabilidade.

  • Alterações na pele: acne, dermatites e outras inflamações cutâneas.

🔎 Causas da Disbiose

Vários fatores podem causar esse desequilíbrio, incluindo:

  1. Má alimentação – Consumo excessivo de ultraprocessados, açúcar, álcool e baixa ingestão de fibras.

  2. Uso excessivo de antibióticos – Mata tanto bactérias ruins quanto as boas, prejudicando a microbiota.

  3. Estresse crônico – Afeta o eixo intestino-cérebro, alterando a microbiota.

  4. Uso frequente de anti-inflamatórios e corticoides – Podem irritar a mucosa intestinal.

  5. Infecções intestinais – Vírus, parasitas e bactérias podem desestabilizar o equilíbrio da microbiota.

  6. Falta de sono e sedentarismo – Afetam a regulação do sistema imunológico e a saúde intestinal.

  7. Deficiência de vitamina D – Importante para a regulação do sistema imunológico e microbiota intestinal.

A deficiência de vitamina D pode aumentar o risco de disbiose intestinal porque essa vitamina tem um papel crucial na regulação do sistema imunológico e na manutenção da barreira intestinal. Aqui estão os principais mecanismos envolvidos:

  1. Modulação da microbiota intestinal

    A vitamina D influencia a composição da microbiota intestinal, favorecendo bactérias benéficas (como Lactobacillus e Bifidobacterium) e reduzindo o crescimento de patógenos. A deficiência de vitamina D pode levar ao desequilíbrio entre bactérias benéficas e nocivas, resultando em disbiose.

  2. Fortalecimento da barreira intestinal

    A vitamina D estimula a produção de proteínas de junção, como occludina e claudina, que mantêm a integridade da mucosa intestinal. A deficiência de vitamina D pode aumentar a permeabilidade intestinal, favorecendo a passagem de toxinas e bactérias para a corrente sanguínea (intestino permeável).

  3. Regulação da resposta inflamatória

    A vitamina D tem um papel anti-inflamatório ao modular a ativação de células imunes (macrófagos, células dendríticas e linfócitos T). A deficiência pode levar a uma resposta inflamatória exacerbada no intestino, promovendo condições como síndrome do intestino irritável (SII) e doença inflamatória intestinal (DII).

  4. Produção de peptídeos antimicrobianos

    A vitamina D estimula a produção de catelicidinas e defensinas, que ajudam no controle do crescimento excessivo de bactérias patogênicas no intestino. Quando há deficiência, a defesa contra esses microrganismos é reduzida, facilitando a disbiose.

Para saber mais sobre o tema e como suplementar a vitamina D acesse o curso de modulação intestinal. Ou marque sua consulta para conversarmos melhor.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Microbiota e o cérebro social

O conceito de "cérebro social" refere-se às regiões do cérebro envolvidas em comportamentos sociais, como processar emoções, entender sinais sociais, formar relacionamentos e interagir com os outros.

A microbiota, ou a comunidade de microrganismos (bactérias, vírus, fungos e outros micróbios) que vivem em nosso corpo, particularmente no intestino, tem demonstrado ter uma influência na função cerebral e no comportamento. A conexão entre a microbiota e o cérebro social é uma área fascinante e crescente de pesquisa, frequentemente chamada de "eixo intestino-cérebro".

Como a microbiota influencia o comportamento social?

1. Comunicação Intestino-Cérebro

O intestino e o cérebro se comunicam de forma bidirecional por meio de uma rede chamada eixo intestino-cérebro. Isso inclui vias diretas, como o nervo vago, além de sinais químicos por meio de hormônios, neurotransmissores e mediadores do sistema imunológico. Algumas bactérias intestinais produzem neurotransmissores como serotonina e dopamina, que desempenham papéis importantes na regulação do humor e no comportamento social.

2. Microbiota e Regulação Emocional

Desequilíbrios na microbiota intestinal, conhecidos como disbiose, têm sido relacionados a condições emocionais e de saúde mental, como ansiedade, depressão e transtornos do espectro autista (TEA), que podem impactar diretamente as interações sociais. Curso online nutrição no autismo.

Certas bactérias podem influenciar os níveis de neurotransmissores que são críticos para as respostas emocionais e o envolvimento social, alterando potencialmente os comportamentos sociais. Aprenda aqui a tratar a disbiose intestinal.

3. Desenvolvimento da Cognição Social

Estudos em animais demonstraram que a microbiota pode influenciar os comportamentos sociais durante o desenvolvimento inicial. Por exemplo, camundongos criados em um ambiente estéril (sem exposição a micróbios) podem apresentar déficits em comportamentos sociais e cognição social.

Em humanos, há evidências emergentes que sugerem que as bactérias intestinais podem desempenhar um papel no desenvolvimento da cognição social e da regulação emocional, especialmente na infância. Disrupções precoces na microbiota, como o uso de antibióticos ou eventos estressantes, podem impactar o desenvolvimento dessas habilidades.

4. Papel da Microbiota no Sistema Imunológico e Inflamação

A inflamação crônica, que pode surgir de um desequilíbrio na microbiota, tem sido associada a condições psiquiátricas, incluindo aquelas que afetam o comportamento social, como depressão e esquizofrenia. A influência do sistema imunológico no cérebro por meio de citocinas inflamatórias pode impactar áreas do cérebro envolvidas no processamento social, como o córtex pré-frontal e a amígdala.

5. Interação Social e Composição da Microbiota

Curiosamente, as próprias interações sociais podem influenciar a microbiota. Experiências sociais positivas demonstraram aumentar a diversidade da microbiota intestinal, enquanto o isolamento social pode levar à disbiose. Por sua vez, uma microbiota diversificada e equilibrada está frequentemente associada a uma melhor saúde mental e emocional, apoiando comportamentos sociais saudáveis.

6. Microbiota e Transtornos do Espectro Autista (TEA)

Uma das ligações mais intrigantes entre microbiota e o cérebro social está no contexto dos transtornos do espectro autista (TEA). Pesquisas mostram que crianças com TEA frequentemente têm perfis alterados de microbiota intestinal em comparação com crianças neurotípicas. Alguns estudos sugerem que restaurar o equilíbrio da microbiota pode aliviar alguns sintomas sociais e comportamentais do autismo.

7. Implicações Terapêuticas

Há um crescente interesse em estratégias terapêuticas que manipulam a microbiota para melhorar a saúde mental, como probióticos, prebióticos e transplantes fecais de microbiota. Esses tratamentos podem não apenas tratar a saúde intestinal, mas também ter o potencial de impactar as funções do cérebro social, a regulação emocional e o bem-estar geral.

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