Dieta cetogênica no tratamento do lipedema

Escala de lipedema

A Escala de Lipedema é uma ferramenta utilizada para classificar a gravidade e a progressão do lipedema, com foco na apresentação clínica, distribuição de gordura e sintomas associados. Ela ajuda a entender a extensão da condição e a orientar estratégias de tratamento. A escala geralmente inclui os seguintes estágios:

Estágio 1: Estágio Inicial

  • Textura da pele: Pele lisa com superfície uniforme.

  • Depósitos de gordura: Simétricos e macios, geralmente começando nas coxas, quadris ou braços superiores.

  • Dor e sensibilidade: Mínima ou ocasional sensibilidade ao toque.

  • Inchaço: Pode aparecer após longos períodos de pé ou no final do dia, mas desaparece com descanso.

Fonte: Lipedema Foundation

Estágio 2: Estágio Intermediário

  • Textura da pele: Aparência irregular ou com covinhas, semelhante à celulite.

  • Depósitos de gordura: Aumentam e tornam-se mais pronunciados, frequentemente formando nódulos ou caroços sob a pele.

  • Dor e sensibilidade: Dor persistente ou sensibilidade, especialmente ao pressionar a área.

  • Inchaço: Torna-se mais consistente e menos provável de desaparecer durante a noite.

  • Alterações na pele: Sinais iniciais de pele espessada ou fibrose podem aparecer.

Estágio 2 - Lipedema Foundation

Estágio 3: Estágio Avançado

  • Textura da pele: Pele endurecida, espessada ou fibrosada.

  • Depósitos de gordura: Massas grandes e irregulares de gordura, particularmente ao redor dos joelhos, coxas e quadris; podem restringir os movimentos.

  • Dor e sensibilidade: Dor crônica e sensibilidade aumentada.

  • Inchaço: Persistente e pronunciado; pode levar a problemas de mobilidade.

  • Alterações na pele: Fibrose significativa e possíveis alterações de cor na pele.

Estágio 3 - Lipedema Foundation

Estágio 4: Estágio de Lipo-Linfedema

  • Textura da pele: Espessamento e endurecimento severos, com possíveis dobras de pele e ulcerações.

  • Depósitos de gordura: Acúmulo maciço e irregular de gordura, causando deformidades e limitações físicas significativas.

  • Dor e sensibilidade: Dor severa e sensibilidade extrema.

  • Inchaço: Linfedema coexistente, com retenção de líquidos agravando a condição.

  • Alterações na pele: Fibrose pronunciada, descoloração e risco de infecções (por exemplo, celulite).

Estágio 4 - Lipdema Foundation

Tratamento:

  • Estágios iniciais: Foco em mudanças no estilo de vida, fisioterapia, drenagem linfática, terapias de compressão e intervenções dietéticas, como uso de suplementos (bromelina, magnésio, ômega-3 etc) e a dieta cetogênica.

  • Estágios intermediários/avançados: Além das medidas anteriores, pode incluir opções cirúrgicas (lipoaspiração).

Mecanismos que explicam os benefícios da dieta cetogênica para o tratamento do lipedema

A dieta cetogênica (DC) tem demonstrado benefícios potenciais no tratamento do lipedema devido ao seu impacto em vias metabólicas, inflamatórias e linfáticas. O lipedema é caracterizado por acúmulo anormal de gordura, inflamação e disfunção linfática. Abaixo estão os principais mecanismos pelos quais a DC pode ajudar:

1. Redução da Inflamação Crônica

  • A DC é pobre em carboidratos, reduzindo os níveis de glicose no sangue e os picos de insulina. Isso diminui a produção de citocinas pró-inflamatórias, como TNF-alfa e IL-6, que geralmente estão elevadas no lipedema.

  • Os corpos cetônicos, como o beta-hidroxibutirato (BHB), possuem efeitos anti-inflamatórios diretos, inibindo o inflamassoma NLRP3 e promovendo uma resposta imunológica mais saudável.

2. Melhora da Sensibilidade à Insulina

  • Muitas pessoas com lipedema apresentam resistência à insulina, que agrava o armazenamento de gordura e a inflamação. Ao reduzir a ingestão de carboidratos, a DC diminui a secreção de insulina, melhorando a sensibilidade à insulina e reduzindo a lipogênese (acúmulo de gordura).

3. Modulação da Atividade Hormonal

  • A gordura do lipedema é sensível a hormônios, particularmente ao estrogênio. A DC pode influenciar a regulação hormonal, reduzindo o acúmulo desproporcional de gordura e a inflamação hormonal.

4. Suporte à Função Linfática

  • A cetose melhora a função mitocondrial e a eficiência energética, o que pode beneficiar a saúde dos vasos linfáticos e a regulação de fluidos. Isso é crucial, pois a disfunção linfática é uma característica marcante do lipedema.

  • A redução da inflamação sistêmica também pode aliviar a congestão linfática, melhorando o fluxo linfático.

5. Perda de Peso e Gordura

  • Embora a gordura do lipedema seja resistente à perda de peso convencional, a DC afeta de forma diferente a gordura visceral e subcutânea. A cetose promove a oxidação da gordura, podendo ajudar a reduzir os depósitos desproporcionais de gordura no lipedema.

6. Redução de Dor e Edema

  • Muitas pessoas com lipedema enfrentam dor e inchaço. A DC pode reduzir a retenção de líquidos ao diminuir os níveis de insulina e aumentar a excreção de sódio e água, aliviando o edema.

  • As propriedades anti-inflamatórias da dieta também podem reduzir diretamente a dor.

7. Melhora na Qualidade de Vida

  • Ao abordar os problemas sistêmicos associados ao lipedema (inflamação, resistência à insulina e disfunção linfática), a DC pode melhorar a mobilidade, reduzir a fadiga e aumentar o bem-estar geral.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Paciente APOE4 precisa de DHA na forma fosfolipídica

A doença de Alzheimer (DA) é um distúrbio neurodegenerativo caracterizado por perda progressiva de memória, desorientação espacial, disfunção cognitiva e mudanças comportamentais. O principal fator de risco para a forma esporádica da DA é o envelhecimento, com a prevalência dobrando aproximadamente a cada 5 anos após os 65 anos. Estima-se que cerca de um terço das pessoas com 85 anos ou mais apresentam Alzheimer. Outro fator genético relevante para a forma tardia da doença é o gene APOE, especialmente a variante APOE4.

O Papel do Gene APOE no Alzheimer

O gene APOE possui três variantes principais (APOE2, APOE3 e APOE4), que diferem entre si por pequenas alterações no DNA (polimorfismos de nucleotídeo único). A variante APOE4 está presente em 25% da população global e em 65–80% das pessoas diagnosticadas com Alzheimer. A presença de um único alelo APOE4 aumenta o risco de DA de 2 a 3 vezes, enquanto dois alelos aumentam o risco até 15 vezes. No entanto, é importante ressaltar que APOE4 não determina inevitavelmente o desenvolvimento da doença: algumas pessoas com APOE4 nunca desenvolvem DA, enquanto outras que desenvolvem não possuem a variante.

Interessantemente, o alelo APOE4 está associado a benefícios cognitivos e maior inteligência durante a juventude, um fenômeno conhecido como "pleiotropia antagônica" – quando um mesmo gene tem efeitos positivos e negativos em diferentes fases da vida.

Funções do APOE no Corpo e no Cérebro

O APOE desempenha um papel crucial no transporte de lipídios e colesterol, tanto no corpo quanto no cérebro, utilizando um mecanismo mediado pelo receptor de LDL. No corpo, APOE é produzido principalmente no fígado e regula o transporte de colesterol e lipídios entre os tecidos.

  • APOE2: Associado a maior expressão da proteína APOE, aumento de triglicerídeos no plasma e redução do colesterol.

  • APOE3: Considerado o padrão para uma homeostase lipídica saudável.

  • APOE4: Relacionado à menor expressão da proteína APOE e níveis elevados de colesterol.

No cérebro, APOE é produzido principalmente por astrócitos e transporta lipídios e colesterol para os neurônios. As isoformas APOE2 e APOE3 são mais eficazes, acumulando-se nos neurônios em níveis de 2 a 4 vezes maiores do que APOE4. Isso faz com que APOE4 seja menos eficiente no desempenho de suas funções no sistema nervoso central.

Principais Características Patológicas da Doença de Alzheimer

As marcas patológicas da DA incluem:

  1. Placas de beta-amiloide: Depósitos extracelulares que afetam a comunicação neuronal.

  2. Emaranhados neurofibrilares (tau): Acúmulos intracelulares de proteínas tau que comprometem a estrutura e função dos neurônios.

  3. Redução na captação de glicose pelo cérebro: Afeta o metabolismo energético necessário para a função cerebral.

Esses processos estão no centro do desenvolvimento e da progressão da doença.

O Papel do Peixe na Dieta de Portadores de APOE4

O consumo de peixe, rico em DHA (ácido docosa-hexaenoico), pode retardar a progressão do Alzheimer em portadores e não portadores do APOE4. Estudos mostram que indivíduos com APOE4 que consomem peixes regularmente apresentam melhora na neuropatologia cerebral, incluindo menor densidade de placas neuríticas e melhores escores diagnósticos da doença. Além disso, protocolos que combinam dieta saudável com peixes selvagens têm revertido o declínio cognitivo em pacientes.

Por outro lado, a suplementação com DHA isolado (2 g por dia) não mostrou benefícios significativos para portadores de APOE4. Acredita-se que isso se deve a diferenças na forma do DHA presente no peixe (fosfolipídica) em comparação com os suplementos, que geralmente contêm DHA na forma não esterificada.

Transporte de DHA no Cérebro e Risco de Alzheimer

O DHA é essencial para o cérebro, mas não pode ser sintetizado pelos neurônios. Ele precisa ser obtido por meio da dieta e transportado do plasma para o cérebro através da barreira hematoencefálica (BHE). O DHA está presente no plasma em duas formas principais:

  1. DHA Livre: Não esterificado, ligado à albumina.

  2. DHA-lysoPC: Forma fosfolipídica, também ligada à albumina.

Ambas as formas são transportadas para o cérebro, mas utilizam mecanismos diferentes:

  • DHA Livre: Transportado por difusão passiva.

  • DHA-lysoPC: Transportado via a proteína MFSD2A, presente nas células endoteliais da BHE.

Portadores de APOE4 apresentam um transporte cerebral prejudicado de DHA Livre, o que pode aumentar o risco de Alzheimer devido à acumulação de placas de beta-amiloide, emaranhados de tau e menor captação de glicose no cérebro.

Implicações para a Dieta

O ômega-3 em forma fosfolipídica, como encontrado no peixe, parece ser mais eficaz para portadores de APOE4 do que os suplementos de DHA livre. Fontes dietéticas alternativas com alto teor de DHA-lysoPC, além do peixe, podem ser exploradas para superar o problema de transporte no cérebro e reduzir o risco de Alzheimer. Gosto muito do suplemento da Nordic: Omega-3 phosfolipids.

Outros bons suplementos de ômega-3:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Genética do lipedema

O lipedema é uma doença de herança autossômica dominante, progressiva, multifatorial e incapacitante, caracterizada por acúmulo de tecido adiposo subcutâneo patológico na área superfascial, microangiopatia, inflamação tecidual crônica e dor.

Um estudo de associação genômica ampla (GWAS) analisou um fenótipo de lipedema em mulheres do UK Biobank e identificou diversos fatores genéticos de risco. Os pesquisadores analisaram dados genéticos e clínicos de milhares de participantes, identificando variantes associadas ao lipedema em genes relacionados ao metabolismo lipídico, inflamação e regulação hormonal. Esses achados sugerem que o lipedema possui uma base genética complexa, envolvendo múltiplas vias biológicas (Klimentidis et al., 2022).

O estudo destaca várias vias biológicas associadas ao lipedema e os genes envolvidos em cada uma delas. Aqui está um resumo:

1. Metabolismo Lipídico

  • Vias envolvidas: Armazenamento e transporte de gordura.

  • Genes associados: FTO, MC4R

    • Esses genes são conhecidos por regular o metabolismo de gorduras e influenciar a obesidade, sugerindo uma predisposição genética para o acúmulo de gordura em padrões específicos no lipedema.

2. Inflamação e Resposta Imune

  • Vias envolvidas: Ativação de respostas inflamatórias crônicas e imunológicas.

  • Genes associados: IL6, TNF, HLA

    • Esses genes regulam processos inflamatórios e imunes, alinhando-se aos sintomas de dor e inflamação frequentemente relatados no lipedema.

3. Regulação Hormonal

  • Vias envolvidas: Sinalização de estrogênio e outros hormônios.

  • Genes associados: ESR1 (receptor de estrogênio), CYP19A1 (aromatase)

    • Esses genes sugerem uma influência hormonal no lipedema, o que é consistente com sua predominância em mulheres e relação com eventos hormonais.

4. Estrutura e Função do Tecido Conjuntivo

  • Vias envolvidas: Produção de colágeno e manutenção da matriz extracelular.

  • Genes associados: COL5A1, COL6A3

    • Esses genes estão ligados à elasticidade e integridade do tecido conjuntivo, explicando a fragilidade capilar e os hematomas frequentes observados em pacientes com lipedema.

5. Desenvolvimento Vascular e Linfático

  • Vias envolvidas: Formação e funcionamento de vasos sanguíneos e linfáticos.

  • Genes associados: VEGFA, FLT4

    • Essas associações sugerem que o lipedema pode estar relacionado à disfunção do sistema linfático, contribuindo para o edema característico.

Em outro estudo, um painel genético multigênico para identificar variantes genéticas predisponentes ao lipedema usando estratégias de sequenciamento de nova geração (NGS) foi desenvolvido (Michelini et al., 2022).

Os pesquisadores analisaram genes associados a vias relevantes, incluindo metabolismo lipídico, regulação hormonal, inflamação e estrutura do tecido conjuntivo. O painel identificou variantes em genes como:

  • Metabolismo Lipídico: FTO, MC4R

  • Inflamação: IL6, TNF, HLA

  • Regulação Hormonal: ESR1 (receptor de estrogênio), CYP19A1

  • Tecido Conjuntivo: COL5A1, COL6A3

  • Sistema Vascular/Linfático: VEGFA, FLT4

Em 2024 foi publicada uma investigação de famílias, que avaliou os riscos genéticos herdados associados ao lipedema, uma condição que afeta principalmente mulheres e é caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura nas extremidades inferiores. Os pesquisadores analisaram dados de famílias com múltiplos casos de lipedema, buscando identificar padrões de herança genética e variantes específicas ligadas à doença (Morgan et al., 2024).

Os resultados sugerem que o lipedema possui uma forte componente hereditária, com variantes genéticas compartilhadas em genes relacionados à estrutura do tecido conjuntivo (COL5A1, FBN1), metabolismo lipídico e regulação hormonal. O estudo também destacou a transmissão predominante por linhagem feminina, possivelmente associada a fatores hormonais.

Esses achados reforçam a hipótese de que o lipedema é uma condição geneticamente influenciada, ajudando a diferenciar a doença de outras condições, como obesidade. A pesquisa oferece novas perspectivas para a identificação de marcadores genéticos e desenvolvimento de estratégias personalizadas de diagnóstico e tratamento.

O que fazer a respeito?

A modulação dos genes associados ao lipedema, conforme os três estudos citados, envolve intervenções que impactam diretamente as vias biológicas nas quais esses genes estão envolvidos. Embora os métodos específicos possam variar, aqui estão abordagens gerais baseadas em evidências:

1. Genes do Metabolismo Lipídico (FTO, MC4R):

  • Intervenções Nutricionais:

    • Dietas com controle glicêmico (baixa carga glicêmica) podem modular FTO e melhorar o metabolismo de gorduras.

    • A restrição calórica e a dieta mediterrânea têm impactos positivos no metabolismo energético.

  • Exercícios Físicos:

    • Atividades físicas regulares podem influenciar a expressão de FTO e reduzir a predisposição ao acúmulo de gordura.

  • Suplementação:

    • Ácidos graxos ômega-3 podem melhorar a regulação lipídica.

    • Camellia sinensis (Chá verde): Rico em catequinas, melhora a oxidação de gorduras e reduz a adipogênese.

    • Garcinia cambogia: Contém ácido hidroxicítrico, que regula a lipogênese e a produção de gordura.

2. Genes da Inflamação (IL6, TNF, HLA):

  • Dietas Anti-inflamatórias:

    • Alimentos ricos em antioxidantes (frutas vermelhas, cúrcuma, chá verde) reduzem os níveis de IL6 e TNF.

  • Suplementos:

    • Vitamina D e probióticos demonstraram modular a inflamação sistêmica.

    • Curcuma longa (Cúrcuma): Curcuminoides reduzem citocinas inflamatórias, como IL6 e TNF.

    • Boswellia serrata: Ácidos boswellicos têm propriedades anti-inflamatórias potentes.

  • Terapias Farmacológicas:

    • Inibidores de citocinas específicas, como antagonistas de IL6 e TNF, podem ser explorados sob supervisão médica.

  • Estilo de Vida:

    • Reduzir o estresse crônico, que aumenta as citocinas inflamatórias.

3. Genes de Regulação Hormonal (ESR1, CYP19A1):

  • Modulação de Estrogênio:

    • Terapias hormonais sob supervisão médica podem equilibrar níveis de estrogênio.

    • Vitex agnus-castus (Árvore-da-castidade): Modula receptores de estrogênio e regula o equilíbrio hormonal.

    • Glycyrrhiza glabra (Alcaçuz): Efeito adaptogênico e regulador de hormônios sexuais.

  • Dietas Ricas em Fitoestrogênios:

    • Soja, linhaça e sementes podem afetar a regulação hormonal.

  • Exercícios Físicos:

    • Podem equilibrar a sensibilidade aos hormônios sexuais.

4. Genes do Tecido Conjuntivo (COL5A1, COL6A3, FBN1):

  • Suplementação:

    • Colágeno hidrolisado e vitamina C melhoram a síntese e manutenção do tecido conjuntivo.

    • Silício e magnésio ajudam na elasticidade do tecido.

    • Centella asiatica: Estimula a síntese de colágeno e fortalece o tecido conjuntivo.

    • Equisetum arvense (Cavalinha): Rico em silício, essencial para a manutenção da elasticidade do tecido conjuntivo.

  • Fisioterapia:

    • Terapias manuais como drenagem linfática podem melhorar a integridade do tecido conjuntivo.

  • Farmacologia:

    • Substâncias que melhoram a matriz extracelular, como ácido hialurônico, podem ser exploradas.

5. Genes do Sistema Vascular e Linfático (VEGFA, FLT4):

  • Atividades Físicas:

    • Exercícios que estimulam o fluxo sanguíneo e linfático (caminhadas, yoga).

  • Dieta e Suplementos:

    • Compostos antioxidantes, como resveratrol, e óxido nítrico (de alimentos como beterraba) podem melhorar a função vascular.

    • Vaccinium myrtillus (Mirtilo): Rico em antocianinas, melhora a microcirculação e a integridade vascular.

    • Castanea sativa (Castanha-da-índia): Contém escina, que reduz edema e melhora o fluxo venoso.

  • Tratamentos Localizados:

    • Terapias que promovem drenagem linfática e melhoram a circulação.

Essas estratégias podem ser integradas para manejo clínico e preventivo do lipedema. Precisa de ajuda? Marque aqui sua consulta de nutrição online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/