Transtorno neurocognitivo maior x delirium

A diferença entre Transtorno Neurocognitivo Maior (TNM) e Delirium está na natureza, na duração e no curso clínico de cada condição. Apesar de ambos afetarem as funções cognitivas, eles são distintos em vários aspectos.

1. Transtorno Neurocognitivo Maior (TNM):

  • Definição: Condição caracterizada por um declínio progressivo e significativo em uma ou mais funções cognitivas (memória, linguagem, raciocínio, habilidades motoras, entre outras) que interfere na capacidade de realizar atividades diárias.

  • Causas:

    • Doença de Alzheimer

    • Demência vascular

    • Demência frontotemporal

    • Parkinson ou condições neurodegenerativas

    • Lesões traumáticas, entre outras.

  • Natureza: Crônica e geralmente progressiva.

  • Duração: Longo prazo; meses ou anos.

  • Curso clínico: Lento e gradualmente progressivo, com piora contínua.

  • Consciência e atenção: Geralmente mantidas nas fases iniciais ou moderadas.

  • Reversibilidade: Geralmente irreversível (com exceções, como demências causadas por deficiências nutricionais ou infecções tratáveis).

  • Sintomas principais:

    • Perda de memória (particularmente recente, em muitos casos)

    • Dificuldade em planejamento e tomada de decisões

    • Alterações de personalidade e comportamento.

2. Delirium:

  • Definição: Estado agudo e transitório de confusão mental, caracterizado por alteração da atenção e da consciência, frequentemente associado a causas médicas subjacentes.

  • Causas:

    • Infecções (como infecção do trato urinário ou pneumonia)

    • Desidratação

    • Distúrbios metabólicos (como hipoglicemia, hiponatremia)

    • Internações hospitalares (especialmente em idosos).

    • Uso ou retirada de drogas/medicações

UpToDate. Evaluation of cognitive impairment and dementia. 2024.

  • Natureza: Agudo, frequentemente de início súbito.

  • Duração: Curto prazo; horas a dias (às vezes semanas).

  • Curso clínico: Flutuante, com sintomas que variam ao longo do dia.

  • Consciência e atenção: Alteradas; dificuldade em manter ou redirecionar o foco da atenção.

  • Reversibilidade: Geralmente reversível com o tratamento da causa subjacente.

  • Sintomas principais:

    • Desorientação

    • Percepção alterada (ex.: alucinações ou ilusões)

    • Discursos incoerentes

    • Alterações psicomotoras (hiperatividade ou hipoatividade).

Tanto pacientes com transtorno neurocognitivo maior quanto aqueles com delirium, especialmente os mais velhos estão em risco aumentado de ingestão oral inadequada, e uma grande proporção está desnutrida. Por isto, o acompanhamento nutricional é muito importante.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Níveis ideais de insulina para fertilização in vitro (FIV)

Manter níveis ótimos de insulina é importante para a saúde metabólica e para o sucesso reprodutivo durante a fertilização in vitro (FIV). Embora os valores "ideais" possam variar de acordo com a saúde individual e os protocolos adotados, algumas diretrizes gerais podem ser seguidas com base em pesquisas e práticas clínicas:

  1. Níveis de Insulina em Jejum

    • Em geral, os níveis de insulina em jejum devem estar abaixo de 25 µIU/mL, com o intervalo ideal sendo entre 2–10 µIU/mL.

    • A resistência à insulina (níveis elevados) pode prejudicar a função ovariana e a fertilidade, especialmente em pessoas com condições como a síndrome dos ovários policísticos (SOP).

  2. HOMA-IR (Modelo de Avaliação da Homeostase da Resistência à Insulina)

    • O HOMA-IR, um cálculo baseado nos níveis de glicose e insulina em jejum, deve idealmente ser inferior a 2,5. Isso indica uma boa sensibilidade à insulina.

  3. Relação Glicose-Insulina

    • Uma relação acima de 4,5–5,0 é geralmente considerada um marcador de boa saúde metabólica em mulheres que passam por FIV.

Por Que os Níveis de Insulina São Importantes na FIV?

  • Altos Níveis de Insulina

    • Podem causar disfunção ovariana e afetar negativamente a qualidade dos óvulos.

    • Estão associados ao hiperandrogenismo e à ovulação irregular em casos de SOP.

    • Podem prejudicar o ambiente uterino, reduzindo as chances de implantação.

  • Baixos Níveis de Insulina

    • Embora menos comuns, níveis extremamente baixos podem indicar distúrbios metabólicos subjacentes ou ingestão insuficiente de nutrientes, o que pode impactar a saúde dos óvulos e embriões.

Dicas para Otimizar os Níveis de Insulina Antes da FIV

  1. Dieta

    • Dê preferência a uma dieta equilibrada e de baixo índice glicêmico.

    • Minimize o consumo de carboidratos refinados e açúcares.

  2. Exercício Físico

    • Pratique exercícios moderados regularmente para melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir a resistência.

  3. Intervenções Médicas

    • Em casos de resistência à insulina, medicamentos como o metformina podem ser prescritos para melhorar a sensibilidade à insulina.

  4. Monitoramento

    • Realize exames regulares para monitorar os níveis de insulina em jejum, glicose e HOMA-IR.

  5. Modificações no Estilo de Vida

    • Mantenha um peso saudável.

    • Gerencie o estresse, pois o cortisol influencia os níveis de açúcar no sangue e de insulina.

CONSULTA DE NUTRIÇÃO ONLINE

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Suplementação nas alergias inespecíficas

A alergia inespecífica refere-se a uma reação alérgica em que o agente causador exato não foi identificado. Isso significa que, embora o paciente apresente sintomas alérgicos, como erupções cutâneas, coceira, dificuldade para respirar ou outros sinais típicos de uma reação imunológica, a substância ou o fator que desencadeou a resposta ainda é desconhecido ou não está claramente relacionado a um alérgeno específico.

Sintomas típicos de alergias:

  • Coceira (prurido).

  • Erupções cutâneas, como urticária.

  • Inchaço (angioedema), especialmente em regiões como rosto, mãos e pés.

  • Congestão nasal, espirros ou tosse.

  • Dificuldade para respirar em casos mais graves (possível anafilaxia).

Causas possíveis

- Contato com substâncias químicas: perfumes, produtos de limpeza, tintas, etc.

- Alimentos: mesmo que não identificados como alérgenos comuns.

- Medicamentos: reações adversas a medicamentos, como antibióticos, anti-inflamatórios ou anestésicos.

- Fatores ambientais: mudanças no clima, poeira ou mofo.

- Estresse físico ou emocional: pode agravar sintomas alérgicos ou desencadear reações inespecíficas.

Diagnóstico das alergias

Geralmente envolve história clínica detalhada e observação dos sintomas. Testes de alergia, como prick test ou testes de contato, podem ser realizados para tentar identificar os alérgenos. Em casos sem resposta clara, pode ser necessário manter um diário para rastrear possíveis gatilhos.

Podemos avaliar o exame nutrigenético e corrigir ainda outras carências nutricionais que possam estar impactando nas defesas naturais do organismo. Consulta de nutrição: www.andreiatorres.com/consultoria

Prevenção

  • Manter a pele bem hidratada e protegida para evitar reações a irritantes.

  • Usar produtos hipoalergênicos.

  • Identificar padrões nos sintomas para reduzir a exposição a possíveis gatilhos.

Usar suplementos antialérgicos naturais

*Esta fórmula é uma sugestão, mas o ideal é sempre individualizar caso a caso. Marque sua consulta de nutrição aqui.

Tratamento

  • Tentar perceber e evitar fatores desencadeantes conhecidos, mesmo que genéricos (por exemplo, exposição a produtos químicos ou poeira). Evitar alimentos ultraprocessados.

  • Usar suplementos antialérgicos naturais

  • Se necessário, buscar ajuda de um alergista.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/