Cetose no diabetes tipo 2

A perda de peso fundamental para o controle do diabetes tipo 2. No entanto, esta perda é muito difícil quando os níveis de insulina no sangue estão elevados devido à própria doença, ao uso de insulina injetada ou a medicamentos que aumentam a produção de insulina.

Vários estudos demonstram que a restrição de hidratos de carbono na dieta reduz rapidamente os níveis de insulina e melhora o controle da glicemia, facilitando assim a perda de peso. Níveis altos de glicose no sangue levam a maior secreção de insulina pelo pâncreas. Mas, não temos como saber se a quantidade de açúcar no sangue está alta ou baixa sem fazer monitoramento.

Quando o consumo de carboidratos é reduzido, o corpo entra em cetose nutricional. A quantidade de beta-hidroxibutirato (BOHB) aumenta no sangue. Este corpo cetônico atua como combustível e hormônio, além de permitir as funções antioxidantes inatas do corpo através da regulação negativa de HDAC de classe 1. Ao mesmo tempo gera ATP mitocondrial com menos de metade da produção de espécies reactivas de oxigênio produzidas quando o combustível é a glicose. O BOHB também é um inibidor específico do inflamassoma NLRP3, que tem implicações importantes no que diz respeito a doenças causadas por inflamação crônica.

A entrada em cetose permite a remissão do diabetes. Leia este artigo anterior sobre o tema.

PRECISA DE AJUDA? MARQUE AQUI SUA CONSULTA DE NUTRIÇÃO ONLINE

APRENDA TUDO SOBRE DIETA CETOGÊNICA EM HTTPS://T21.VIDEO

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Insulina no diabetes tipo 2? Livre-se do problema

A insulina é secretada pelas células beta do pâncreas e atua principalmente para manter os níveis normais de glicose no sangue. Níveis cronicamente elevados de glicose no sangue, como no diabetes tipo 2, podem levar a uma série de complicações de saúde, incluindo danos micro e macrovasculares significativos. Assim, a insulina pode ser considerada uma faca de dois gumes – muito ou pouco pode ser igualmente perigoso.

A forma como a produção de insulina é afetada depende do tipo de diabetes mellitus (DM). Pessoas com diabetes tipo 1 perderam a capacidade de produzir insulina, por isso devem ter um suprimento exógeno regular. Eles normalmente permanecem sensíveis à insulina, então sua dosagem diária tende a permanecer na faixa mais baixa.

Em contraste com isto, as pessoas com diabetes tipo 2 – nas fases iniciais da doença – mantêm a capacidade de produzir bastante insulina, mas o seu corpo torna-se cada vez mais resistente a ela. Impulsionado para produzir cada vez mais insulina, este processo acaba por sobrecarregar a produção endógena, levando à necessidade de injetar níveis crescentes deste medicamento.

Todo paciente que não consegue mais produzir a insulina de que precisa precisará adicionar injeções de insulina exógena para controlar o DM. No DM2, tecidos-alvo como músculos e fígado já não respondem aos níveis típicos de insulina, e é necessária uma quantidade crescente para exercer os mesmos efeitos.

Se o paciente segue uma dieta com baixo teor de gordura e alto teor de carboidratos, doses crescentes de insulina serão necessárias. Contudo, a maior parte dos pacientes diabéticos tipo 2 consegue reverter a resistência insulínica com uma dieta de baixo teor de carboidratos ou cetogênica.

Para saber se está precisando aumentar doses de medicamentos, insulina ou se a dieta está surtindo efeito, a monitoração é fundamental. Sem monitoramento não temos ideia do que está acontecendo. O diabetes é silencioso, nem sempre dá aviso. Mas, quanto mais altos estão os níveis de açúcar no sangue maiores são os danos a cérebro, intestino, retina, rins… Por isso, todo cuidado é pouco:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Reversão do diabetes

O número de pessoas com diabetes no mundo não para de crescer. Nos Estados Unidos cerca de 49% da população adulta sofre de pré-diabetes ou diabetes tipo 2.

O diabetes tipo 2 ocorre quando as células do corpo não respondem corretamente à insulina. Isso faz com que a glicose (açúcar) se acumule no sangue, em vez de ser convertida em energia nas células. O nível elevado de açúcar no sangue está associado a uma série de problemas e, se não for controlado, pode levar ao diabetes tipo 2.

O diabetes tipo 2 pode ser uma doença devastadora e muitas vezes é erroneamente considerada como progressiva, o que significa que só irá piorar com o tempo. No entanto, vários ensaios clínicos demonstraram que o diabetes tipo 2 pode ser controlado ou mesmo revertido. Mas é preciso monitorar!

O que é a reversão do diabetes?

A reversão do diabetes, conforme definida por especialistas, é o processo de retorno dos níveis de glicose abaixo daqueles diagnósticos de diabetes 2. Para o diabetes ser considerado sobre controle a hemoglobina glicada (A1c) precisa estar abaixo de 6,5%, sem uso de medicamentos para diabetes (com excessão da metformina). A1c é uma medida dos níveis médios de glicose (açúcar) no sangue nos últimos 3 meses.

A metformina é excluída dos critérios de reversão porque não é específica para diabetes – muitos pacientes optam por permanecer com este medicamento por outras razões que não o controle do açúcar no sangue, incluindo a prevenção de doenças cardiovasculares.

Tratamentos que revertem o diabetes

Existem três formas de tratamento que comprovadamente revertem o diabetes tipo 2: (a) a cirurgia bariátrica no caso de obesidade grau III, (b) a dieta cetogênica, (c) dietas com menos de 800 kcal.

Cirurgias não são indicadas para todos os pacientes. Dietas com muito baixas calorias são extremamente difíceis de serem mantidas. Portanto, as dietas com baixíssimo teor de carboidratos (como a dieta cetogênica) vêm se consagrando como uma importante medida para a reversão da doença.

É importante lembrar que o diabetes tipo 2 pode ser “revertido”, mas não “curado”, porque a doença continuará a progredir se a mudança de comportamento a longo prazo não for mantida.

“Remissão” é outro termo frequentemente usado como sinônimo de “reversão”. Embora as definições sejam ligeiramente diferentes – o objetivo é o mesmo – controlar a doença e fazer com que o açúcar no sangue fique abaixo dos limites de diagnóstico.

A cetose nutricional

A restrição de carboidratos funciona tão bem para pessoas com diabetes tipo 2 por causa de algo chamado “cetose nutricional”. A cetose nutricional é um estado metabólico natural que permite ao corpo queimar gordura e usar cetonas como principal fonte de energia.

No centro da cetose nutricional estão as “cetonas”, ou pequenas moléculas que são feitas de gordura no fígado. As cetonas fornecem energia para abastecer órgãos importantes como cérebro, coração e músculos. Também desempenham um papel na redução do estresse oxidativo e da inflamação, ambos contribuintes do diabetes tipo 2.

Dado que as cetonas são ao mesmo tempo combustíveis e reguladores metabólicos, a cetose nutricional é uma das opções de tratamento mais eficazes para reverter de forma sustentável o diabetes tipo 2. Aprenda tudo sobre o tema na plataforma https://t21.video.

Qualquer mudança na dieta, estilo de vida ou outra mudança que traga o açúcar no sangue de volta à faixa normal precisa ser monitorada de perto por um nutricionista e por um médico que fará o ajuste seguro da medicação usada.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/