Insulina no diabetes tipo 2? Livre-se do problema

A insulina é secretada pelas células beta do pâncreas e atua principalmente para manter os níveis normais de glicose no sangue. Níveis cronicamente elevados de glicose no sangue, como no diabetes tipo 2, podem levar a uma série de complicações de saúde, incluindo danos micro e macrovasculares significativos. Assim, a insulina pode ser considerada uma faca de dois gumes – muito ou pouco pode ser igualmente perigoso.

A forma como a produção de insulina é afetada depende do tipo de diabetes mellitus (DM). Pessoas com diabetes tipo 1 perderam a capacidade de produzir insulina, por isso devem ter um suprimento exógeno regular. Eles normalmente permanecem sensíveis à insulina, então sua dosagem diária tende a permanecer na faixa mais baixa.

Em contraste com isto, as pessoas com diabetes tipo 2 – nas fases iniciais da doença – mantêm a capacidade de produzir bastante insulina, mas o seu corpo torna-se cada vez mais resistente a ela. Impulsionado para produzir cada vez mais insulina, este processo acaba por sobrecarregar a produção endógena, levando à necessidade de injetar níveis crescentes deste medicamento.

Todo paciente que não consegue mais produzir a insulina de que precisa precisará adicionar injeções de insulina exógena para controlar o DM. No DM2, tecidos-alvo como músculos e fígado já não respondem aos níveis típicos de insulina, e é necessária uma quantidade crescente para exercer os mesmos efeitos.

Se o paciente segue uma dieta com baixo teor de gordura e alto teor de carboidratos, doses crescentes de insulina serão necessárias. Contudo, a maior parte dos pacientes diabéticos tipo 2 consegue reverter a resistência insulínica com uma dieta de baixo teor de carboidratos ou cetogênica.

Para saber se está precisando aumentar doses de medicamentos, insulina ou se a dieta está surtindo efeito, a monitoração é fundamental. Sem monitoramento não temos ideia do que está acontecendo. O diabetes é silencioso, nem sempre dá aviso. Mas, quanto mais altos estão os níveis de açúcar no sangue maiores são os danos a cérebro, intestino, retina, rins… Por isso, todo cuidado é pouco:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/