Dicas para combater a ressaca

A ressaca é causada pelo consumo excessivo de álcool e traz como sintomas: desidratação, dor de cabeça, náusea, fadiga e inflamação. De acordo com o Ayurveda, a ressaca irá embora mais rápido se hoje você:

1) Hidratar-se bem (água, água de coco, chá de gengibre, limonada, chá de hortelã, suco de abacaxi com gengibre e hortelã)

2) Não consumir álcool novamente

3) Descansar

4) Fazer uma automassagem com óleo de gergelim

5) Usar Triphala

ou

6) Usar Ashwagandha

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Metabolismo dos canabinoides e ganho de peso

O corpo humano produz muitos endocanabinóides. Por isso, também temos receptores de canabinóides em várias células e tecidos. O sistema endocanabinóide funciona como um mecanismo SOS que é ativado sempre que há desequilíbrio orgânico. Por exemplo, este sistema é ativado quando há uma lesão física, quando o corpo é invadido por micróbios patogênicos ou quando estamos sob estresse, desgastados emocionalmente.

O endocanabinoidoma (ou sistema endocanabinoide expandido) parece envolvido em todos os aspectos do metabolismo, incluindo regulação do apetite, balanço energético, metabolismo, termogênese, inflamação e nocicepção, bem como regulação do estresse, recompensa e emoções.

Canabinóides e obesidade

Os níveis de endocanabinóides são elevados em indivíduos obesos em comparação com os magros. O aumento da concentração de endocanabinóides foi demonstrado no sistema nervoso central, tecido adiposo, pâncreas, músculo esquelético, rim, fígado e sangue de roedores e humanos obesos. A causa não é muito clara, mas pode ser devida à síntese aumentada de endocanabinóides ou à sua degradação reduzida, bem como à superexpressão dos receptores canabinóides. Vários estudos mostraram níveis aumentados de 2-araquidonoilglicerol (2-AG), um endocanabinóide, em diferentes órgãos e soro durante a obesidade e hiperglicemia, o que foi correlacionado com o conteúdo de gordura corporal, IMC, massa de gordura visceral e concentrações plasmáticas de triglicerídeos e insulina em jejum.

A ativação do receptor CB1 está envolvida no controle do metabolismo de lipídios e glicose. Embora o CB1 seja expresso principalmente no sistema nervoso e seus níveis de expressão sejam baixos nas células periféricas, ele aumenta na obesidade. O bloqueio do CB1 reduz a ingestão de alimentos e o peso corporal. O Rimonabant, um antagonista do CB1, foi desenvolvido e começou a ser prescrito como medicamento antiobesidade. Contudo, gerou efeitos colaterais graves, incluindo depressão, ansiedade, náusea, tontura e tendências suicidas, provavelmente devido ao bloqueio do CB1 central.

O receptor CB1 é conhecido por seus efeitos estimulantes do apetite devido à ligação do THC a esse receptor, produzindo os chamados "laricas". O bloqueio do receptor CB1 no tecido adiposo demonstrou induzir a diferenciação dos adipócitos brancos para um fenótipo termogênico de células marrons, o que é altamente benéfico quando queremos reduzir o tecido adiposo. Duas formas seguras de induzir a diferenciação de tecido adiposo branco (que queima pouca energia) em tecido adiposo bege ou marrom (que queimam mais energia) são: (1) a exposição ao frio, (2) a dieta cetogênica.

Papel dos canabinoides no metabolismo energético

O tetrahidrocanabinol (THC) é um agonista parcial dos receptores CB1 e CB2 e é o constituinte psicoativo da cannabis, devido à sua capacidade de ligação ao receptor CB1 no cérebro. Além disso, o THC ativa os receptores CB1, localizados nas regiões límbicas (aumentando as propriedades motivacionais dos alimentos) e hipotalâmicas (aumentando o apetite) do cérebro, causando estimulação aguda do apetite ou os chamados efeitos orexígenos.

A tetrahidrocanabivarina (THCV) liga-se aos receptores canabinóides CB1 e CB2. Sua ação parece ser dose-dependente, pois o THCV é um antagonista neutro em baixas doses e agonista em altas doses dos receptores CB1 e CB2. Por ter ação antagonista CB1, parece ser um candidato promissor para distúrbios metabólicos e obesidade. Estudos em camundongos obesos mostraram aumento da sensibilidade à insulina e tolerância à glicose após a administração de THCV. Um estudo piloto em pacientes com diabetes tipo 2 mostrou que o THCV reduziu a glicose plasmática em jejum com melhora paralela na função das células β no pâncreas.

O canabidiol (CBD) é um modulador alostérico negativo do receptor CB1, bloqueando a ligação de agonistas fortes como a anandamida, produzindo efeitos antiobesidade. No receptor CB2, pode atuar como agonista ou agonista inverso, dependendo da dose e do modelo de pesquisa. O CBD exibe muitas propriedades terapêuticas, incluindo efeitos antiinflamatórios, antioxidantes, antitumorais, anticonvulsivantes e neuroprotetores. Devido a isso, o CBD surge como um potencial agente terapêutico, que pode ser usado no tratamento do diabetes e suas complicações – obesidade, isquemia, doenças neurodegenerativas –, bem como no alívio da dor e da depressão.

Como a obesidade está associada à inflamação crônica de baixo grau, o CBD pode desempenhar um papel crucial na regulação negativa dessa resposta inflamatória e na obtenção de uma massa corporal mais saudável. A esse respeito, o CBD foi estudado extensivamente e demonstrou aumentar o nível de glutationa (GSH), adenosina trifosfato (ATP) e nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) e aumentar a lipólise intracelular e a atividade mitocondrial. Contudo, os efeitos do CBD na ingestão de alimentos, preferências alimentares e ganho de peso foram ambíguos e mostraram uma série de resultados confusos.

Os fitocanabinóides mostram um imenso potencial. O foco está em encontrar antagonistas dos receptores CB1 e agonistas dos receptores CB2 no mundo vegetal. Eles mostram um alto perfil de segurança com efeitos colaterais insignificantes e têm vários alvos dentro do endocanabidioma que suportam metabolismo saudável, gasto de energia, homeostase bioquímica e bem-estar emocional. A ativação do CB2 para aumentar o escurecimento do tecido adiposo e transformar a energia química em energia térmica pode ser uma peça importante do quebra-cabeça no tratamento da obesidade.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Por que o estradiol e a progesterona aumentam quando a mulher engravida?

Alguns hormônios têm um efeito direto na saúde, função sexual, capacidade de conceber e manter a gravidez. Estradiol e progesterona são dois dos hormônios que sobem quando a mulher engravida.

Estradiol e gestação

O estradiol tem um efeito direto sobre a função sexual das mulheres. Afeta o endométrio (o revestimento interno do útero), criando o ambiente mais adequado para a fertilização. Além da concepção, uma quantidade suficiente de estradiol também é necessária para uma gravidez bem-sucedida, porque esse gonadosteróide prepara o útero para ter um filho.

No início da gravidez, o estradiol é normal, mas conforme a cavidade uterina cresce, sua quantidade aumenta significativamente. Durante a gravidez, as mulheres experimentam um aumento na concentração de estradiol no sangue. Seu nível mais alto é observado no terceiro trimestre da gravidez.

Em cada um dos trimestres da gravidez, os níveis desse hormônio ficam nas seguintes faixas:

  • No primeiro 200-6300 pg / ml;

  • No segundo 800-19000 pg / ml;

  • No terceiro 11800-37000 pg / ml.

Aumento do estradiol na gravidez

Junto com a relaxina placentária, o estradiol ajuda a relaxar os ligamentos pélvicos, tornando-os mais elásticos durante o parto. Após o parto, os níveis de estradiol voltam ao normal após alguns dias.

Progesterona e gravidez

A progesterona é um hormônio fundamental para a concepção e manutenção da gravidez. Prepara o revestimento do útero durante a gestação, o chamado endométrio. Ali o embrião se desenvolve e fica durante toda a gravidez, portanto, a progesterona é essencial até o nascimento do bebê. Após o nascimento, a progesterona também estimula a produção do leite materno.

Aumento da progesterona na gravidez

Níveis adequados de progesterona durante a gestação:

  • Primeiro trimestre de gravidez: 11 a 90 ng/ml;

  • Segundo trimestre de gravidez: 25 a 90 ng/ml;

  • Terceiro trimestre de gravidez: 42 a 48 ng/ml.

Quando a progesterona não aumenta adequadamente, nos casos de fertilização in vitro, quando ocorrem sangramentos no início da gestação e em casos de trabalho de parto prematuro pode haver necessidade de reposição do hormônio. Mantenha seu acompanhamento pré-natal e garanta mais saúde para você e seu bebê.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/