Testes de metano e hidrogênio no diagnóstico da SIBO e IMO

O supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SIBO) gera uma ampla gama de sintomas gastrointestinais, como inchaço, distensão, flatulência, desconforto abdominal, diarreia e, em casos graves, até mesmo perda de peso e deficiências significativas de micronutrientes.

Certos fatores, como a presença de dismotilidade intestinal subjacente ou histórico de cirurgia gastrointestinal, aumentam o risco de um indivíduo desenvolver SIBO.

O aumento da produção de metano através de metanógenos (micróbios que produzem metano com fermentação de carboidratos) é uma causa potencial de constipação, inchaço, gases e/ou dor abdominal.

O teste padrão-ouro para SIBO – cultura direta de pequenos conteúdos intestinais – é tecnicamente complicado, invasivo, caro e sujeito a alguma controvérsia em relação aos limites diagnósticos de contagens bacterianas. O teste respiratório é um modo alternativo, não invasivo, barato e relativamente simples para auxiliar no diagnóstico e tratamento da SIBO.

Se você fez uma colonoscopia, estes respiratórios de laboratório, para avaliação de H2 e CH4 só devem ser realizados 2 semanas após o procedimento, devido às influências conhecidas das preparações intestinais nas cargas microbianas intestinais e na estrutura da comunidade.

Níveis mais elevados de gás hidrogênio e/ou metano mesmo antes de comer ou de fazer os testes sugerem fermentação contínua de carboidratos. Níveis basais muito elevados de hidrogênio podem refletir fatores como má higiene oral ou a presença de dismotilidade intestinal. Níveis basais elevados de hidrogênio são definidos com um limite de 10 a 20 ppm ou metano de 10 ppm.

Altos níveis basais de hidrogênio também podem refletir a presença de dismotilidade esofágica grave (isto é, acalasia) ou motilidade gástrica significativamente prejudicada (isto é, gastroparesia).Os testes respiratórios de hidrogênio-metano são geralmente fáceis de registrar e simples de interpretar.

Vimos que os padrões de picos de hidrogênio nos testes variam com base no substrato fornecido. Nos testes respiratórios de glicose positivos, há um pico na produção de hidrogênio quando o substrato entra no jejuno. Em testes respiratórios de lactose ou lactulose positivos, geralmente há um pico duplo, com o segundo pico ocorrendo quando a lactulose entra no cólon.

Há um reconhecimento crescente de que a produção de gás metano tem impacto direto na função gastrointestinal. Distinguir IMO (aumento de metano) de SIBO (aumento de hidrogênio) é importante para o tratamento. Enquanto hidrogênio é mais produzido por bactéria, metano é mais produzido por Archaea. O excesso de metano muitas vezes não consegue ser tratado adequadamente pelos mesmos antibióticos usados no tratamento de SIBO (rifaximina, neomicina) exigindo a combinação de vários antibióticos e medicamentos.

Níveis mais elevados de metano estão positivamente associados à constipação e inversamente associados a distúrbios diarreicos. Foi demonstrado que o gás metano inibe diretamente o trânsito intestinal em animais.

Cuidados durante o exame

Não faça atividade física no dia das análises. Mesmo caminhadas leves podem reduzir os níveis basais de hidrogênio e metano, atrasando o diagnóstico (Tansel, & Levinthal, 2023).

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

ARRANQUE DOS MILAGRES: a dieta que apoia o tratamento do câncer

Não existe uma pessoa igual à outra, um câncer igual ao outro, uma experiência idêntica à outra. Contudo, existem dicas alimentares que podem te ajudar a enfrentar o tratamento do câncer mais forte, mais bem disposto, mais bem nutrido, com melhor imunidade, bom funcionamento intestinal e mais conforto.

Dificuldades alimentares durante o tratamento do câncer

Estresse, cansaço, falta de tempo, sensibilidade a odores e efeitos colaterais da quimio ou radioterapia podem dificultar o preparo de alimentos para alguém em tratamento de câncer. Alterações cognitivas, como perda de memória, podem até representar um risco à segurança se você usar um fogão ou outro aparelho quente.

Dicas para facilitar o preparo dos alimentos:

  • Peça por ajuda. A maioria das pessoas (familiares, amigos) quer ajudar, mas não sabe como. Preparar alimentos ou fornecer refeições é uma maneira fácil de alguém ajudá-lo durante o tratamento.

  • Certifique-se de que a pessoa que prepara a refeição conhece suas necessidades alimentares. Se houver alimentos que você não pode comer, forneça uma lista. Peça à pessoa que vai preparar suas refeições estar com você na consulta de nutrição.

  • Compartilhe uma receita se seu ente querido não tiver certeza do que preparar.

  • Caso tenha enjoo ou pouco apetite, faça várias refeições pequenas ao dia, ao invés de poucas refeições volumosas. Pequenas e simples refeições facilitam a melhor digestão, geram menos problemas estomacais e garantem mais energia. Se necessário, use pratos e xícaras menores para ajudar a controlar o tamanho das porções.

  • Prepare os alimentos assando, cozinhando lentamente, grelhando ou fervendo em água. Evite frituras pois podem piorar alguns problemas digestivos. Claro, se você precisa ganhar peso adicione azeite de oliva, óleo de abacate, manteiga, creme de leite ou óleo de coco aos seus pratos. Eles aumentam calorias e melhoram o sabor de alimentos. Teste sua tolerância, especialmente se estiver pensando em adotar a dieta cetogênica.

  • Alterações no paladar e no olfato são efeitos colaterais comuns do tratamento do câncer. Se sentir um gosto metálico na boca, mude para utensílios e pratos de plástico.

  • Mantenha os aromas no mínimo. A sensibilidade a cheiros ou odores é um efeito colateral do tratamento do câncer. Você pode usar um ventilador na cozinha para para mover os aromas dos alimentos e os cheiros da cozinha para longe de você.

  • Lembre da higiene. Lave as mãos após usar o banheiro e antes de comer. Cozinhe bem os alimentos e cozinhe as carnes na temperatura adequada. Siga a tabela de temperatura na página de Segurança Alimentar. Não reutilize utensílios ou superfícies que tenham entrado em contato com carne crua. Rotule os alimentos preparados com uma data de validade.

  • Planeje suas refeições e a lista de compras ao mesmo tempo: ao elaborar seu cardápio para a semana, anote todos os mantimentos necessários para preparar cada refeição, para que você só precise ir ao supermercado uma vez.

  • Manter-se hidratado é importante, então beba líquidos entre as refeições, mas pare de beber 30 minutos antes de uma refeição ou lanche para aumentar o apetite. Mas, limite as bebidas com durante as refeições para que alimentos mais sólidos com calorias possam ser consumidos. Uma forma de melhorar a hidratação é pelo consumo de alimentos com umidade como tomates, frutas, outros vegetais, gelatina, sopas, pudins e sorvetes fornecem água. Além disso, alimentos úmidos requerem menos corte e mastigação, o que economiza energia para comer o resto do alimento preparado.

  • Não deixe a vida social de lado. Sente-se e coma com seus amigos e familiares e converse sobre algo diferente do tratamento e da preparação da refeição. Socializar é importante para a cabeça e para o coração.

  • Armazene as sobras corretamente: Se você planeja fazer refeições com antecedência ou usar sobras, certifique-se de armazená-las com segurança. Embale e leve à geladeira ou congele as sobras dentro de 2 horas após servir. Etiquete e coloque a data em cada recipiente. Coma sobras refrigeradas dentro de 2 dias.

Melhore sua imunidade

Glóbulos brancos saudáveis, nossas células de defesa, são danificados durante o tratamento. Neutropenia é uma condição em que você tem níveis abaixo do normal de neutrófilos (um tipo de glóbulo branco). Evite alimentos associados a doenças transmitidas por alimentos, como:

  • Carnes cruas ou mal cozidas, incluindo sushi

  • Leite não pasteurizado

  • Queijos macios feitos com leite não pasteurizado, como feta, queijo azul, Roquefort, Stilton, brie ou queijos caseiros não pasteurizados

  • Pastas de carne refrigeradas ou patê

  • Peixe defumado ou camarão pré-cozido ou carne de caranguejo

  • Brotos como brotos de feijão, brotos de alfafa ou brotos de brócolis

  • Frutas e vegetais frescos pré-cortados. Compre-os inteiros, lave-os e corte-os você mesmo.

  • Frutas e vegetais frescos não lavados

  • Nozes e sementes não torradas ou cruas

  • Tofu cru ou tempeh

  • Comida de bares e saladas de buffets

  • Molhos para saladas “frescos”, salsas, molhos, etc.

  • Maionese caseira com ovos crus

  • Bolos recheados com creme não refrigerados

  • Água de poço, a menos que seja testada ou fervida por 1 minuto antes de beber ou fervida por 3 minutos

  • Converse com seu nutricionista sobre a correção de possíveis carências nutricionais

AJUDA PERSONALIZADA

Está com medo de fazer escolhas erradas? Está sentindo muita dor e não sabe qual suplemento tomar? Precisa de suporte mais contínuo em relação à alimentação? Neste caso marque sua consulta online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Benefícios e contra-indicações do jejum intermitente

Estudos mostram que o jejum intermitente pode gerar uma série de benefícios para o corpo. Quando a prática de jejum gera uma restrição calórica de 20 a 25% das calorias habitualmente consumidas, observam-se benefícios na saúde metabólica (Patterson et al., 2015), como redução do peso, níveis de colesterol, proteína C reativa, glicemia e insulinemia. As melhorias metabólicas podem ser suficientes, a longo prazo, para a redução do risco de obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer

Apesar dos possíveis benefícios, existem contra-indicações para o jejum:

  • Gestantes

  • Crianças e adolescentes

  • Pessoas com baixa massa magra

  • Indivíduos com caquexia do câncer ou relacionada ao envelhecimento

  • Pessoas com história passada de transtorno alimentar (anorexia nervosa, bulimia, transtorno da compulsão alimentar periódica)

Existem muitas formas de jejum intermitente por aí. Como iniciante, comece devagar, preferencialmente com acompanhamento. Sinta-se à vontade para testar diferentes métodos e acompanhe a plataforma da saúde metabólica para aprender mais.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/