Flexibilidade metabólica: uma das chaves para a saúde

A flexibilidade metabólica é a capacidade das células de oxidar substratos (usar nutrientes) para produção de energia com base na disponibilidade da célula, de modo a manter um equilíbrio dinâmico entre as fontes de combustível, durante a alternância de jejum / alimentação, variação da composição da refeição, períodos de atividade física ou modificações do ambiente.

Quem tem flexibilidade metabólica consegue utilizar carboidratos, proteínas e lipídios como fonte energética. Isto é muito importante. Se passar a hora do almoço, você precisa ser capaz de utilizar os estoques sem desmaiar. Se só encontrar abacate para comer, precisa usar suas gorduras para produção energética sem morrer de dor de cabeça. Quando tiver um pão precisa conseguir oxidar a glicose sem que isso gere aumento da adiposidade corporal ou do risco de diabetes e síndrome metabólica. A flexibilidade metabólica é chave para a saúde.

A redução da flexibilidade metabólica é, em geral, acompanhada de resistência à insulina, flutuações de humor, cansaço, dores de cabeça, tonturas, acúmulo de gordura na região abdominal, dislipidemias, piora da imunidade. Ganhamos flexibilidade metabólica com o rodízio de estratégias nutricionais e de treino. Precisa de ajuda?

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Antioxidantes como estratégia antienvelhecimento

Além de vitaminas e minerais, os alimentos de origem vegetal contém polifenóis, substâncias com alto poder antioxidante.. Uma das formas de classificar os alimentos é quanto ao ORAC (Oxygen Radical Absorbance Capacity), a capacidade do alimento em neutralizar radicais livres.

Café e chá são duas das bebidas mais consumidas no mundo. Ambos contêm polifenóis (antioxidantes) com efeitos potenciais de promoção da saúde e alto ORAC. Após o consumo de chá verde, rapidamente chegam polifenóis na corrente sanguínea. O mesmo acontece após o consumo de café (Renouf et al., 2010). Frutas, verduras, ervas e condimentos (como hortelá, orégano e manjericão) devem entrar diariamente na dieta para que você esteja mais protegido.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Dieta de exclusão no autismo

Muitas pessoas acham que o autismo é uma doença, mas não. A pessoa no espectro do autismo (TEA) pode ficar doente, como acontece comigo e com você. As crianças com autismo podem ter catapora (que é uma doença) ou não. Podem ter sarampo ou não. Durante a vida podem desenvolver diabetes ou não, obesidade ou não, depressão ou não. Como qualquer pessoa. Autismo também não é doença mental. É uma alteração no neurodesenvolvimento que modifica a forma de compreender o mundo. Por isso, muitas pessoas no TEA possuem dificuldades de interação social e comunicação.

Classificação do autismo

Atualmente, o autismo é classificado em graus:

Nível 1. É a pessoa que tem pouco necessidade de suporte. Pode, por exemplo, apresentar mais dificuldade para iniciar ou manter interações sociais.

Nível 2. Aqui estão aqueles que precisam de mais suporte devido aos déficits mais graves na linguagem verbal e não verbal, pela limitação em iniciar ou responder a interações, pelos comportamentos ou interesses restritos/repetitivos ou pelas dificuldades em lidar com mudanças.

Nível 3. Neste grupo estão os indivíduos com TEA que apresentam muita necessidade de suporte. Podem ter déficits graves nas habilidades de comunicação verbal e não verbal, o que gera prejuízos graves de funcionamento e interação social. A dificuldade em lidar com mudanças pode ser extrema, gerando grande sofrimento mesmo perante situações corriqueiras.

Muitas pessoas pensam também que a medicação sempre será necessária quando o diagnóstico de TEA é feito. Mas isto não é verdade. Em primeiro lugar, não há um medicamento específico para o autismo e sim para questões específicos. A medicação no TEA é necessária em quatro casos, principalmente:

(a) Comportamento violento em relação aos outros. Conheço mães que ficam todas arranhadas, roxas, doloridas, mas não tem coragem de medicar os filhos. Converse com um excelente neurologista pois o comportamento violento exige tratamento, até para a saúde de todos que estão ao redor da criança.

(b) Comportamento autoflagelatório, ou seja criança que se agride, se machuca. Mesmo caso. Medicamentos como resperidona e epiprazol têm sido os mais indicados.

(c) Agitação psicomotora muito intensa a ponto de atrapalhar o desenvolvimento ou a adesão às terapias. (d) Comorbidades psiquiátricas conjuntas como TEA como esquizofrenia, depressão maior, transtorno bipolar, ansiedade generalizada, fobias, TOC, TOD, TDAH etc.

Tratamento complementar no autismo

Além do uso da medicação (nos casos acima) a terapêutica também envolve terapias como ABA, terapia cognitivo-comportamental e integração sensorial. Dentro de uma perspectiva holística aspectos metabólicos também serão estudados. Alergias, intolerâncias alimentares, disfunção mitocondrial, problemas de metilação, quando identificados devem ser tratados e o papel do nutricionista na equipe também é muito importante.

O programa a ser traçado para cada criança é totalmente individual pois cada criança é um mundo. O diagnóstico é muito importante para que as intervenções sejam as mais precoces possíveis. Contudo, ninguém resume-se a um diagnóstico. As crianças precisam de espaço para serem, para se desenvolver e tornarem-se adultos saudáveis.

Terapia nutricional no autismo

Diferentes abordagens dietéticas, como dietas sem glúten e caseína, ou o uso de probióticos e prebióticos têm sido sugeridas em transtornos do espectro autista, a fim de reduzir os distúrbios gastrointestinais (GI). . Contudo, primeiramente devemos tratar a seletividade (com terapia de integração sensorial, falta por terapeuta ocupacional). Não dá para excluir comida de quem já não come nada ou come muito pouco.

Os sintomas gastrointestinais são de interesse particular no TEA devido à alta incidência e associação com piora dos comportamentos disfuncionais. Um estudo avaliou o impacto das dietas de exclusão e de uma intervenção com uso de suplemento prebiótico Bimuno®, contendo galacto-oligossacarídeo (B-GOS®) por 6 semanas em 30 crianças diagnosticadas com TEA. As crianças em dieta de exclusão tiveram menos dores abdominal e maior regularidade de evacuação intestinal, bem como menor abundância de Bifidobacterium spp. e família Veillonellaceae, mas com maior presença de Faecalibacterium prausnitzii e Bacteroides spp. Após a intervenção do B-GOS®, foi observada redução do comportamento anti-social, aumento significativo da família Lachnospiraceae e menor inflamação (avaliada por metabólitos fecais e urinários). Os resultados sugerem que múltiplas intervenções podem ser mais relevantes para a melhoria desses aspectos, bem como características psicológicas. (Grimaldi et al., 2018).

Dieta sem glúten no autismo

Em um estudo 80 crianças com diagnóstico de TEA foram divididas em grupos. O primeiro recebeu dieta sem glúten (n = 40) e o segundo recebeu dieta com glúten (RD) (n = 40) por 6 semanas. No início e no final da intervenção, o questionário ROME Ш para avaliação de sintomas gastrointestinais e o questionário Gilliam Autism Rating Scale 2 (GARS-2) para avaliação de propriedades psicométricas relacionados ao TEA foram preenchidos. Das 80 crianças, 53,9% apresentaram alterações gastrointestinais. Contudo, no grupo sem glúten, a prevalência de sintomas gastrointestinais diminuiu significativamente, assim como transtornos comportamentais. Já as crianças do grupo que consumiram grupo tiveram mais problemas gastrointestinais e alterações comportamentais (Ghalichi et al., 2016). Para os pais em dúvida indico que façam o exame nutrigenético para avaliação de alergias determinadas geneticamente. Marque aqui a consulta.

Dieta cetogênica no autismo

A dieta cetogênica vem ganhando atenção devido ao seu efeito comprovado na melhoria de condições neurológicas como a epilepsia em crianças. Um estudo avaliou diferentes dietas em crianças de 3 a 8 anos com diagnóstico de TEA. Os pacientes foram divididos igualmente em 3 grupos. O primeiro grupo recebeu dieta cetogênica / dieta Atkins modificada (MAD), o segundo grupo recebeu dieta livre de caseína e sem glúten (GFCF) e o terceiro grupo recebeu nutrição balanceada não restritiva e serviu como grupo controle. Todos os pacientes foram avaliados por exame neurológico, medidas antropométricas, bem como escalas de Childhood Autism Rating Scale (CARS), Autism Treatment Evaluation Test (ATEC) antes da intervenção e 6 meses após o início da dieta. Ambos os grupos de dieta mostraram melhora significativa nos escores de ATEC e CARS em comparação ao grupo de controle. Contudo, as crianças que seguiram a dieta cetogênica obtiveram melhores resultados em relação à cognição e sociabilidade em comparação com o grupo de dieta GFCF (El-Rashidy et al., 2017). Pacientes em dieta cetogênica devem ser acompanhados para que não haja prejuízo de crescimento, ganho de peso, nem desenvolvam-se carências nutricionais. Marque aqui a consulta.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/