Risco de trombose é maior em pessoas com síndrome de Down

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Vários fatores genéticos podem predispor uma pessoa à trombose. Entre os principais fatores genéticos estão as variações do Fator V (FV), Metilenotetraidrofolato redutase (MTHFR), Protrombina (FII), Proteína C (PROC), Proteína S (PROS1), PAI-1, fibrinogênio.

A síndrome de Down (SD) é uma desordem genética e metabólica complexa, causada pela presença de uma 3a cópia do cromossomo 21. Estima-se que no Brasil cerca de 300.000 pessoas tenham a trissomia. Estudos recentes mostram que o risco de trombose em indivíduos com SD é 3 vezes maior do que nas outras pessoas quando identifica-se o polimorfismo do gene MTHFR C677T (Kataru et al., 2021). Já fez o seu teste nutrigenético?

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Em uso de antibióticos, troque os probióticos pelos MAMPs

As bactérias intestinais são muito importantes para nossa saúde. Contudo, quando utilizamos determinados medicamentos a diversidade da microbiota é reduzida. Isto não significa que probióticos devam ser prescritos de qualquer jeito. A Organização Mundial da Saúde define probióticos como “microorganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício para a saúde”. A definição deveria englobar ainda: quando administradas as cepas certas e no momento propício.

Evidências mais atuais mostram que o uso de bactérias probióticas pode reduzir a eficácia dos antibióticos. Por isso, no caso de prescrição médica desta medicação, utilize, ao invés de probióticos, MAMPs. Assim como as bactérias probióticas vivas, micróbios inativos (os paraprobióticos) também treinam o intestino, melhorando a imunidade. A utilização de paraprobióticos parece segura mesmo em pacientes graves ou em tratamento contra o câncer. Sua ação deve-se à presença de substâncias da parede celular de bactérias (MAMPś ou padrões moleculares associados a microorganismos) que são reconhecidas por receptores no intestino humano provocando a melhoria da imunidade.

Nos laboratórios, bactérias podem ser submetidas a tratamento térmico específico. As mesmas são mortas mas os MAMPs permanecem. Em contato com o intestino, reduzem a inflamação, sendo indicados para a prevenção e tratamento de várias doenças como artrite, colite e até câncer. Vários tipos de MAMPs podem ser prescritos por nutricionistas. A beta glucana de levedura é um MAMP acessível (bem mais barato do que os fragmentos de bactérias) e pode ser usada com segurança durante a antibióticoterapia. No último dia do uso da medicação os MAMPs podem ser suspensos e o probiótico pode voltar.

A dieta deve continuar variada. Polifenóis da dieta também são muito importantes. Flavonóides (como a curcumina do açafrão) e taninos (como as antocianinas de alimentos roxos incluindo mirtilo e arroz preto) reduzem a adesão bacteriana ao intestino e facilita a recuperação durante a antibioticoterapia.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Suplementação no transtorno obsessivo compulsivo

Tiques, obsessões e compulsões são questões comuns no TOC, uma condição mental grave, mais comum no sexo masculino. O transtorno obsessivo-Compulsivo (TOC), frequentemente está associado a fenômenos sensoriais e comportamentos impulsivos. Foi relatado que esses sintomas clínicos influenciam os comportamentos alimentares, mas a literatura também mostrou que os padrões alimentares ou suplementos dietéticos podem aliviar o espectro clínico, sugerindo a existência de uma associação bidirecional.

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A adoção de padrões alimentares mais saudáveis reduz tiques e traços obsessivo-compulsivo. Certamente, o tratamento do TOC deve ser multidisciplinar e incluir neuropsiquiatras, psicólogos clínicos e nutricionistas. O aconselhamento nutricional deve ser o mais abrangente possível para promover uma dieta balanceada e informar sobre os efeitos colaterais nutricionais dos medicamentos ou potenciais interações medicamentosas (Briguglio et al., 2019). Pode ser feita também associação com suplementos que ajudam a equilibrar os níveis de glutamato no cérebro. Saiba mais sobre o tema neste vídeo:

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Outro suplemento que vem sendo estudado para redução dos sintomas obsessivos compulsivos é o inositol. Em geral, indica-se suplementação de 500 a 1.000mg ao dia. Mas o ideal é fazer acompanhamento e individualização, com especialista na área.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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