Suplementos para alergias respiratórias com tosse

Alergias ocorrem quando o sistema imunológico de uma pessoa acredita erroneamente que um antígeno (alérgeno) é prejudicial. Poeira, pólen, o cheiro das flores ou de produtos de limpeza, proteínas dos alimentos podem gerar respostas extremas do sistema imune de algumas pessoas.

As células imunes produzem anticorpos em resposta a esses alérgenos ambientais. Cada anticorpo é específico para um componente - poeira, pólen, mofo, pêlos, moléculas de aroma, proteínas alimentares etc. Quando os anticorpos detectam estas substâncias no corpo, eles alertam os mastócitos e os basófilos para liberar substâncias químicas, como as histaminas.

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Essa reação de hipersensibilidade resulta em espirros, tosse, coceira, secura nos olhos ou nos seios nasais. Outras pessoas sentem calor, a pele borbulha. E existem aqueles que ficam entupidos (congestionados), cansados e cheios de mau estar. O alívio vem com o afastamento do alérgeno. Por exemplo, se a pessoa inflama quando consome leite, deve evitar este tipo de alimento.

Além disso, pode caprichar no consumo de substâncias com propriedades anti-histamínicas, como frutas pois são ricas em vitamina C. Alcaçuz (licorice), urtiga, açafrão, cominho, gengibre e outras ervas também podem ajudar. Isto é super importante pois pessoas alérgicas tem tido mais problemas pulmonares durante a pandemia por COVID. Falo sobre o tema neste vídeo:

Suplementos redutores de histamina (quercetina, magnésio, SAMe, vitamina B6, vitamina C) e antiinflamatórios (ômega-3, óleo de borragem, óleo de prímula) podem ser prescritos por nutricionista. Exemplos de alimentos liberados para quem tem intolerância à histamina: chás de ervas, azeite de oliva, óleo de coco, leite de amêndoas, leite de coco, leite de arroz, leite de cânhamo, todos os vegetais (com exceção de berinjela, espinafre e tomate), arroz, macarrão sem glúten, ovos, quinoa, maçã, pera, manga, lichia, uva, melão, figo, cereja, nectarina, amora, mirtilo, carnes frescas.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Síndrome alcoólica fetal

Quando a mulher consome álcool na gravidez o desenvolvimento do feto pode ficar comprometido. Por isso, a maioria dos obstetras é totalmente contra, independentemente da quantia ou do trimestre gestacional em que a grávida encontra-se.

Acredita-se que a prevalência da síndrome alcoólica fetal (SAF) seja de 1 a 2 casos para cada 1.000 nascidos vivos. No Brasil registram-se entre 1.500 e 3.000 novos casos por ano. Para prevenção basta evitar o consumo de álcool no período anterior e durante a gestação.

Consequências da síndrome alcoólica fetal (SAF)

SAF é o transtorno mais grave do espectro de desordens fetais alcoólicas. Os efeitos decorrem da interferência na formação cerebral, em especial na proliferação normal e migração dos neurônios que não se desenvolvem completamente em certas estruturas e podem acarretar alterações congênitas, anomalias do sistema nervoso central, retardo no crescimento e prejuízos no desenvolvimento cognitivo e comportamental.

O consumo de álcool por gestantes pode provocar desde disfunções mais sutis até o quadro completo da SAF, passando por parto prematuro, aborto, morte fetal e uma série de deficiências físicas, comportamentais, cognitivas, sociais e motoras, além de outras dificuldades ao longo da vida. Entretanto, por motivos ainda desconhecidos pela ciência, nem todas as crianças nascidas de mães que consumiram álcool no período gestacional desenvolvem os seus efeitos deletérios.

Para a identificação e diagnóstico da SAF é necessário a presença de achados em 3 categorias primárias: (1) Alterações Faciais; (2) Restrição de Crescimento Intrauterino ou pós-natal e (3) alterações do Sistema Nervoso Central.

  • Anomalias faciais: fissura palpebral pequena, ptose palpebral, hemiface achatada, nariz antevertido, filtro liso, lábio superior fino;

  • Restrição do crescimento: baixo peso ao nascer, restrição do crescimento mesmo com nutrição adequada, baixo peso em relação à altura;

  • Alterações do desenvolvimento do SNC: microcefalia, anormalidades estruturais do cérebro, dificuldades motoras finas, perda da audição, dificuldade no caminhar ou na coordenação olho-mão;

  • Anormalidades comportamentais: incapacidade de leitura, baixo desempenho escolar, dificuldade no controle de impulsos, problemas com a percepção social, dificuldade na linguagem, raciocínio abstrato pobre, habilidades prejudiciais, dificuldades de memória e de julgamento;

  • Defeitos congênitos: defeitos cardíacos, deformidades do esqueleto e dos membros, anomalias anatômicas renais, alterações oftalmológicas, perda do ouvido, fenda labial ou do palato.

Tratamento

Não existe tratamento específico. Entretanto, os cuidados gerais que toda criança merece devem ser mantidos. Além disso, pode ser. necessárias terapias específicas para estímulo das áreas afetadas. Entre as terapias encontram-se fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, terapia nutricional etc.

Atenção: além do álcool outras substâncias não devem ser utilizadas durante a gravidez, como cigarro, medicamentos não prescritos por médicos e que sejam adequados a esta fase, drogas. A mulher que deseja engravidar deve se preparar para esta fase, garantindo um desenvolvimento adequado de seu bebê.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Cirurgias estéticas e Alzheimer

Atendi a uma paciente idosa com Alzheimer. Quando perguntei sobre cirurgias passadas a filha relatou uma série de cirurgias estéticas (prótese de silicone, lipoaspirações etc). Fui pesquisar se havia alguma relação entre cirurgias e Alzheimer e encontrei este comentário de Nahai, na revista científica Aesthetic surgery journal, de 2016 (Nahai, 2016). Seguem algumas reflexões do autor:

Há respaldo científico ligando as atitudes de uma pessoa em relação ao envelhecimento e à aparência (imagem corporal) com o bem-estar físico e mental. Adultos mais jovens e de meia-idade com estereótipos de idade mais negativos enfrentam um risco maior de Alzheimer mais tarde na vida. A base para este achado foi uma combinação de imagens de ressonância magnética e autópsias cerebrais que mostraram perda de volume do hipocampo significativamente mais acentuada e acúmulo significativamente maior de emaranhados neurofibrilares e placas amilóides, ajustando para covariáveis ​​relevantes, naqueles participantes que anteriormente tinham as atitudes mais negativas em direção ao envelhecimento. Uma hipótese é que o pessimismo em relação ao envelhecimento aumenta o estresse, que pode ser um fator crítico no risco de Alzheimer.

A cirurgia plástica então seria mais um problema ou mais uma solução, uma vez que pode beneficiar a autoestima e, em alguns casos, até combater a depressão? Ou será o contrário? Existem estudos também mostrando que pacientes com expectativas irreais ou cuja cirurgia resulta em complicações imprevistas podem apresentar níveis aumentados em vez de diminuídos de estresse, pelo menos a curto prazo. O perfil psicológico de cada paciente deveria ser avaliado para que riscos e benefícios sejam melhor pesados.

Estudos mostram que as visões negativas sobre o envelhecimento são mais comuns naqueles que assistem mais TV e passam mais tempo nas redes sociais, o que eleva o estresse. Contudo, a hipótese do estresse não é aceita por todos os investigadores. O fato é que as atitudes em relação ao envelhecimento podem, direta ou indiretamente, por meio do estresse ou de outros mecanismos, afetar a química do cérebro.

Muitas estratégias estão disponíveis para que possamos melhor lidar com o estresse

A cirurgia seria uma boa estratégia para que mulheres lidem melhor com o estresse de estarem envelhecendo? Ou a melhor estratégia é reduzir a cobrança e aceitar as fases da vida? Não existe uma resposta pronta mas é importante que nos cuidemos de forma integral. Seguem algumas estratégias para combate ao estresse e que estão disponíveis ao alcance de todos:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/