Suplementos recomendados na prevenção e tratamento da doença de Parkinson

A doença de Parkinson é causada por uma perda progressiva dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor ligado ao controle dos movimentos. Também inclui várias outras características patológicas, como falhas do sistema autônomo, transtornos do humor e déficits cognitivos. A doença é geralmente diagnosticada quando 50 a 80% dos neurônios já foram mortos. No momento não existe medicação que impeça eficazmente o processo degenerativo e que não tenha efeitos colaterais. Daí a importância da prevenção.

Dados epidemiológicos, pré-clínicos e clínicos atuais sugerem que os ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 (n-3 PUFAs) podem constituir estratégia terapêutica para a doença de Parkinson, servindo como uma terapia complementar às abordagens farmacológicas atuais (Bousquet, Calon, & Cicchetti, 2011).

Mecanismos de ação do ômega-3

Antes de cruzar a barreira hematoencefálica ​​e integrar a membrana celular, os ácidos graxos ômega-3 circulam na corrente sanguínea, ligado a proteínas, principalmente à albumina. Contudo, cruzam a barreira hematoencefálica predominantemente em seu estado livre não ligado à proteínas.

A presença de ômega-3 na bicamada fosfolipídica do cérebro aumenta a fluidez da membrana e contribui para as funções ideais de vários receptores e canais de membrana, bem como de outras proteínas. Por meio da ação catalítica de uma fosfolipase (PLA2), os ácidos graxos ômega-3 são liberados dentro das células do cérebro reduzindo a inflamação e a morte celular.

O ômega-3 pode ser encontrado em peixes de água salgada, fria e profunda, na chia e na linhaça. Também pode ser tomado na forma de suplementos. Uma revisão de 2014 mostrou outros pontos a serem considerados na dieta (Perea-Sasiaín, & Schwartz, 2014).

ESTRATÉGIAS PROTETORAS CONTRA A DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS

FATORES QUE AUMENTAM O RISCO DE DOENÇAS CEREBRAIS

  • Obesidade

  • Consumo excessivo de alimentos

  • Consumo de gordura animal

  • Carne vermelha

  • Consumo de laticínios

  • Deficiência de vitamina B6

  • Excesso de manganês

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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COMO TIREÓIDE E INTESTINO CONVERSAM? CONHEÇA O EIXO INTESTINO-TIREÓIDE

Quando a tireóide não produz hormônios em quantidade suficiente (ou se produz em excesso) todo o metabolismo é desregulado. São várias as causas das desordens tireoidianas, incluindo-se polimorfismos genéticos, doenças autoimunes, radiação, problemas na pituitária que reduzem a produção de TSH, gestação, deficiência de iodo, selênio, zinco ou ferro, intolerância ao glúten, disbiose e uso de medicamentos.

Uma microbiota intestinal saudável mantém cérebro, sistema imune e também a tireóide saudáveis. É muito comum que doenças intestinais (como doença celíaca, sensibilidade ao glúten não celíaca) ou síndrome do intestino irritável) coexistam com alterações da tireóide como tireoidite de Hashimoto.

Quando a barreira intestinal é danificada há aumento da permeabilidade intestinal, permitindo que antígenos passem mais facilmente para a corrente sanguíneo, ativando o sistema imune, o que pode gerar autoimunidade contra a tireóide. Pessoas com alteração da tireóide muitas vezes apresentam também disbiose intestinal.

A composição da microbiota intestinal também influencia a forma como as células responsáveis pela absorção de nutrientes comporta-se. Um intestino pouco saudável absorve menos nutrientes fundamentais para o bom funcionamento da tireóide. Iodo, ferro e cobre são cruciais para a síntese do hormônio tireoidiano, selênio e zinco são necessários para converter T4 em T3 e a vitamina D auxilia na regulação da resposta imunológica. Esses micronutrientes costumam ser deficientes em pessoas com doenças autoimunes da tireóide.

A suplementação de probióticos mostrou efeitos benéficos sobre os hormônios tireoidianos. As carências nutricionais também precisam ser corrigidas. A anemia ferropriva, por exemplo, é um problema global de saúde pública. Estima-se que, no mundo, entre 20 a 25% das pessoas sofram de anemia, principalmente crianças até o 6o ano de vida. Pelo menos 50% dos casos de anemia é causado pela deficiência de ferro. Os demais casos são causados por carências diversas como vitamina A, B12, folato e doenças como malária, anemia falciforme, HIV e outras doenças infecciosas.

Dados extensos de estudos em animais e humanos indicam que a deficiência de ferro prejudica o metabolismo da tireóide. O ferro também é um ativador do receptor do hormônio da tireóide, além de ser fundamental para a adequada utilização do iodo. Assim, a anemia precisa ser tratada. A causa da anemia deve ser primeiramente investigada (polimorfismo genético, baixo consumo de ferro, aumento de perda sanguínea, disbiose?). A anemia é comumente associada a aumento do TDAH em crianças e a redução do T3 livre.

Como vimos, a disbiose é responsável por muitas deficiências nutricionais. Bactérias intestinais são reservatórios de T3, prevenindo flutuações exageradas dos hormônios da tireóide. A necessidade de ajuste de T4 medicamentoso é significativamente menor quando são usados suplementos probióticos (Spaggiari et al., 2017).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Cuidado integrativo para remissão da doença autoimune

O tratamento de qualquer doença autoimune é multidimensional. Se não for assim não funciona. Bons resultados dependem do somatório de um estilo de vida que leva em conta:

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NESTE CURSO você aprenderá os 3 ciclos de estratégias nutricionais, os suplementos, aprenderá protocolos para modulação da inflamação e conhecerá os benefícios de muitos alimentos funcionais e sua importância dentro da dieta. Fora isso, aprenderá a preparar receitas fáceis e antiinflamatórias que toda a família irá gostar. COMECE AGORA. A remissão é possível sim e você não precisa conformar-se com uma vida de antiinflamatórios, corticóides, dor e medo.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/