Alergias alimentares - quando irão desaparecer?

Sabia que leite de vaca, oleaginosas, frutos do mar e derivados da proteína de soja não são indicados no primeiro ano de vida? Mesmo assim, sem estes alimentos alguns bebês ainda apresentam reações alérgicas como sangue nas fezes, manchas pelo corpo, inchaços na língua e na região da boca, gases e cólicas fortes.

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Outras causas para estes sintomas incluem uso de utensílios de plástico. Pratinhos, copinhas, talheres de plástico podem conter bisfenol A, substância tóxica que pode causar reações alérgicas no seu bebê. Procure por utensílios sem este compostos.

Algumas crianças apresentam alergia a ovo e a frutas cítricas. Observe a pele, a respiração, a urina e as fezes. Tudo deve estar direitinho. Dicas:

  • Comece a introduzir alimentos sólidos na alimentação das crianças a partir dos 6 meses de vida.

  • Apresente apenas um alimento novo de cada vez, para perceber se existe alguma reação alérgica ao mesmo.

  • Ofereça à criança frutas frescas, sem agrotóxicos (também são causas de alergias) e legumes cozidos.

  • Cuide do intestino. Se a criança precisou tomar antibiótico ou antiinflamatório reponha bactérias boas probióticas para a manutenção da tolerância intestinal. Falo sobre este tema aqui.

  • Tenha paciência - na maioria dos casos a alergia some com o fortalecimento do sistema imune. A resolução da alergia não é previsível. A maior parte das crianças alérgicas a alimentos como leite, ovos ou soja fica livre do problema na adolescência (68%). Mas para outros isso se resolve mais cedo (aos 6 ou 10 anos). Contudo, IgE muito alto na corrente sanguínea é um sinal de que é uma alergia de mais difícil resolução. Cerca de 5% dos adultos serão para sempre alérgicos, principalmente a frutos do mar (como camarão).

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

A forma de alta biodisponibilidade da biotina (vitamina B7)

A biotina é uma vitamina essencial do complexo B. Sua deficiência já foi relacionada com desordens como as doenças inflamatórias intestinais (DII) e a permeabilidade intestinal. Estudo de 2023 mostrou que camundongos deficientes em biotina apresentam mudanças negativas na microbiota intestinal, gerando disbiose, baixa diversidade microbiana, com aumento de bactérias pró-inflamatórias.

Essa disbiose foi associada ao desenvolvimento de sintomas semelhantes à doença inflamatória intestinal (DII), incluindo diarreia e inflamação no cólon. O estudo também constatou que a deficiência de biotina pode provocar alterações na expressão de genes relacionados à função imunológica e à inflamação no intestino. Aprenda a tratar o intestino clicando aqui.

O termo biodisponibilidade refere-se à proporção de um nutriente consumido que é absorvida, ficando disponível para a utilização pelo organismo. A biodisponibilidade dos nutrientes provenientes da dieta e de suplementos alimentares é influenciada por vários fatores, incluindo o estado nutricional, saúde e estágio de vida do indivíduo. Os fatores relacionados à dieta que afetam a biodisponibilidade dos nutrientes incluem a sua forma química, as interações entre os nutrientes e outros componentes dos alimentos e o processamento do alimento.

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Existem muitos suplementos no mercado, alguns com doses altíssimas como esse aqui com 10.000 mcg. Cuidado! A dose recomendada (RDA) para cada faixa etária e também para gestantes e lactantes pode ser observada na tabela.

Por exemplo, a recomendação para adultos é de 30 mcg, e em caso de carência suplementamos, em geral 1.000 mcg e não 10.000 mcg, a não ser em casos especiais e por pouco tempo.

O uso excessivo de suplementos pode causar dificuldades inclusive na interpretação dos exames laboratoriais. Por exemplo, a suplementação de biotina pode criar falsos positivos em testes de hormônio da tireóide. Ou seja, o exame pode mostrar alteração na tireóide que não é verdadeira. Por isso, verifique a necessidade de suspensão de suplementos antes de exames de sangue, fezes e urina.

Em caso de dúvidas, marque uma consulta para estudarmos suas necessidades, avaliarmos exames nutrigenéticos e bioquímicos e definirmos a melhor estratégia para você ou seu familiar.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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BIOHACKING | GENÔMICA NUTRICIONAL E O FUTURO DA PREVENÇÃO DE DOENÇAS

É verdade que nosso DNA desempenha um papel essencial no potencial aparecimento de doenças. Quer seja uma doença cardíaca, vários tipos de câncer, depressão, doença de Alzheimer ou obesidade, algumas pessoas são mais propensas do que outras simplesmente devido a causas genéticas.

No entanto, nos últimos anos, pesquisas mostraram que há outro fator importante em jogo: o estilo de vida, incluindo nossa alimentação, movimentação, qualidade do sono e estratégias para combate ao estresse. No último ano dediquei-me ao estudo da genômica nutricional e ao desenvolvimento de painéis nutrigenéticos.

A genômica nutricional estuda a influência dos nossos genes na forma como assimilamos e metabolizamos os nutrientes. Estuda ainda o modo como as escolhas alimentares mudam a forma como os genes expressam-se. Variações ou polimorfismos genéticos de nucleotídeo único (SNPs), podem contribuir para aumentar ou diminuir o risco de doenças. Assim, a análise do genoma permite a prevenção de forma mais precoce, pela escolha de nutrientes que possam modular (modificar) a expressão dos genes, para melhor.

A análise do DNA é geralmente feita pela coleta de saliva. Permite a correção metabólica por meio da suplementação de nutrientes específicos, a melhoria da função intestinal, dos processos de destoxificação, dentre tantos outros. Você já fez o seu? Deseja fazer? Marque uma consulta.

TESTE SEUS CONHECIMENTOS EM GENÔMICA NUTRICIONAL
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/