Envelhecimento precoce na síndrome de Down

O envelhecimento acelerado na Síndrome de Down (SD) é evidente em particular ao nível do sistema nervoso central. A demência é a segunda condição médica mais frequente após a deficiência visual presente em pessoas adultas com SD e, de longe, o problema de saúde mais relevante, pois acarreta uma perda de independência, uma diminuição dramática na qualidade de vida, e representa um fator de risco de mortalidade, juntamente com restrições de mobilidade e epilepsia.

Entre os mecanismos associados ao envelhecimento mais acelerado destacam-se:

  • ↑ Ativação da via mTOR e fator de transcrição NFKb

  • ↑ estresse oxidativo e ↑ dano oxidativo

  • ↑ disfunção mitocondrial

  • desregulação do sistema imune

  • ↓ auto-renovação de células-tronco

  • ↑ sensibilidade a agentes que danificam o DNA

  • Inflamação e ↑ inflamação crônica

  • redução no tamanho dos telômeros

  • ↓ GPX e catalase

Para enfrentarmos tudo isso o primeiro passo é descobrir que vias estão alterados e, para tanto, podemos solicitar exames nutrigenéticos. Intervenções integradas na família, incluindo processos de inclusão social, terapia medicamentosa, suplementação, escolarização, treinamento cognitivo, atividade física, meditação e yoga ajudam a neutralizar as perdas cognitivas. Discuto mais neste vídeo:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Nutrigenômica e envelhecimento

Em humanos, diferentes estudos em níveis específicos do local e em todo o genoma relataram que modificações na metilação do DNA estão associadas ao processo de envelhecimento cronológico, mas também com a qualidade do envelhecimento (ou envelhecimento biológico), fornecendo novas perspectivas para o estabelecimento de poderosos biomarcadores de envelhecimento.

Atenção especial tem sido dedicada à relação entre os padrões de metilação do DNA nuclear, modificações epigenéticas do DNA mitocondrial e longevidade. Contudo, recentemente, foi relatado que o DNA mitocondrial modula os níveis globais de metilação do DNA do genoma nuclear durante a vida, sendo também alvo das modificações de metilação.

A remodelação do metiloma ocorre com a idade e / ou com o declínio relacionado à idade. Assim, pode ser um excelente biomarcador do envelhecimento e do declínio e estado de fragilidade do indivíduo. O conhecimento sobre os mecanismos subjacentes a essas modificações é crucial, pois pode permitir a oportunidade de um tratamento direcionado para modular a taxa de envelhecimento e longevidade (Guarasci et al., 2019). O relógio epigenético está relacionado à divisão e proliferação celular durante o envelhecimento (Tharakan et al., 2020) e foi discutido em texto anterior.

A inflamação crônica de baixo grau é outro fator ligado ao envelhecimento, à disfunção metabólica e de um amplo espectro de doenças ou distúrbios, incluindo declínios nas funções cerebrais e cardíacas. Estudos de associação de todo o genoma (GWAS) juntamente com estudos de associação de todo o epigenoma (EWAS) mostraram a importância da dieta no desenvolvimento de doenças crônicas e relacionadas à idade.

As modificações epigenéticas são reguladas dinamicamente e, como tal, servem como potenciais alvos terapêuticos para o tratamento ou prevenção de doenças relacionadas com a idade. SA suplementação adequada (com vitaminas, minerais, ácidos graxos, probióticos e fitoquímicos) e práticas de jejum podem modificar o genoma e atenuar a inflamação para retardar e / ou prevenir doenças associadas à idade (Evans, Stratton, & Ferguson, 2020).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Hipertensão aumenta complicações pelo COVID-19 | Saiba como reduzir sua pressão arterial

Hipertensos são grupo de risco durante a pandemia pois a virose modifica nossas respostas metabólicas e inflamatórias, além de comprometer órgãos importantes como o coração. Num coração sobrecarregado, como no caso do paciente com hipertensão, a consequência disso poderia ser uma inflamação do miocárdio (miocardite).

Além disso, também se verificou que o vírus pode levar a uma certa anulação da ação dos medicamentos para controle arterial. Dessa forma, em alguns casos levaria um descontrole da hipertensão em estado mais grave. Por isso, preste atenção: sintomas como fraqueza e febre podem ser ainda mais intensos em pacientes hipertensos com coronavírus, e é preciso todo cuidado. Por isso, o hipertenso deve adotar as seguintes estratégias:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/