Nutrigenômica e envelhecimento

Em humanos, diferentes estudos em níveis específicos do local e em todo o genoma relataram que modificações na metilação do DNA estão associadas ao processo de envelhecimento cronológico, mas também com a qualidade do envelhecimento (ou envelhecimento biológico), fornecendo novas perspectivas para o estabelecimento de poderosos biomarcadores de envelhecimento.

Atenção especial tem sido dedicada à relação entre os padrões de metilação do DNA nuclear, modificações epigenéticas do DNA mitocondrial e longevidade. Contudo, recentemente, foi relatado que o DNA mitocondrial modula os níveis globais de metilação do DNA do genoma nuclear durante a vida, sendo também alvo das modificações de metilação.

A remodelação do metiloma ocorre com a idade e / ou com o declínio relacionado à idade. Assim, pode ser um excelente biomarcador do envelhecimento e do declínio e estado de fragilidade do indivíduo. O conhecimento sobre os mecanismos subjacentes a essas modificações é crucial, pois pode permitir a oportunidade de um tratamento direcionado para modular a taxa de envelhecimento e longevidade (Guarasci et al., 2019). O relógio epigenético está relacionado à divisão e proliferação celular durante o envelhecimento (Tharakan et al., 2020) e foi discutido em texto anterior.

A inflamação crônica de baixo grau é outro fator ligado ao envelhecimento, à disfunção metabólica e de um amplo espectro de doenças ou distúrbios, incluindo declínios nas funções cerebrais e cardíacas. Estudos de associação de todo o genoma (GWAS) juntamente com estudos de associação de todo o epigenoma (EWAS) mostraram a importância da dieta no desenvolvimento de doenças crônicas e relacionadas à idade.

As modificações epigenéticas são reguladas dinamicamente e, como tal, servem como potenciais alvos terapêuticos para o tratamento ou prevenção de doenças relacionadas com a idade. SA suplementação adequada (com vitaminas, minerais, ácidos graxos, probióticos e fitoquímicos) e práticas de jejum podem modificar o genoma e atenuar a inflamação para retardar e / ou prevenir doenças associadas à idade (Evans, Stratton, & Ferguson, 2020).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Hipertensão aumenta complicações pelo COVID-19 | Saiba como reduzir sua pressão arterial

Hipertensos são grupo de risco durante a pandemia pois a virose modifica nossas respostas metabólicas e inflamatórias, além de comprometer órgãos importantes como o coração. Num coração sobrecarregado, como no caso do paciente com hipertensão, a consequência disso poderia ser uma inflamação do miocárdio (miocardite).

Além disso, também se verificou que o vírus pode levar a uma certa anulação da ação dos medicamentos para controle arterial. Dessa forma, em alguns casos levaria um descontrole da hipertensão em estado mais grave. Por isso, preste atenção: sintomas como fraqueza e febre podem ser ainda mais intensos em pacientes hipertensos com coronavírus, e é preciso todo cuidado. Por isso, o hipertenso deve adotar as seguintes estratégias:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Previna-se contra um ataque cardíaco (ou sua recorrência)

O ataque cardíaco (infarto do miocárdio) ocorre quando uma ou mais artérias que irrigam o coração ficam bloqueadas, deixando o coração sem sangue e oxigênio. As células afetadas morrem e, sem tratamento, o risco de morte é alto.

Genética, excesso de peso, altos níveis de triglicerídeos e colesterol LDL no sangue aumentam o risco de um infarto fulminante. A prevenção depende de um estilo de vida saudável e do controle da pressão arterial:

Para ajudar a reduzir o risco de recorrência, os sobreviventes de ataques cardíacos precisam ser ainda mais vigilantes com a dieta e com o controle do estresse. Parar de fumar, manter a glicemia sobre controle e passar por check-ups anuais é fundamental.

Deve-se evitar gorduras parcialmente hidrogenadas e trans e adotar uma dieta baseada em plantas, com mais vegetais, frutas, produtos de soja integral, legumes, grãos integrais com alto teor de fibra, ácidos graxos ômega-3 e gorduras monoinsaturadas. Adote esta dieta antiinflamatória.

Não deixe de se exercitar. A atividade física moderada ajuda a manter o músculo cardíaco forte e as artérias flexíveis, reduz o colesterol e a pressão arterial, aumenta a energia geral e ajuda a elevar e estabilizar o humor.

Aprenda a implementar uma ou várias estratégias de relaxamento em sua vida diária. Experimente a prática de yoga e meditação (que tal este desafio de 12 meses?). Identifique fatores de estresse em sua vida e trace estratégias para uma vida mais saudável.

Faça jejuns regulares. A restrição calórica reduz danos ao DNA, favorece o sistema de defesa antioxidante e ativa genes antienvelhecimento. Também aumenta a resposta das proteínas de choque térmico:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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