Prevenção da doença de Alzheimer em mulheres

Estudos têm evidenciado a maior vulnerabilidade das mulheres à doença de Alzheimer. A súbita queda na produção hormonal na perimenopausa é um importante fator de risco a ser avaliado. Como não existe uma cura para o Alzheimer a prevenção é fundamental.

Em relação à nutrição existe evidência da importância da normalização do pH intra e intracelular para prevenção e tratamento de doenças neurodegenerativas, incluindo a doença de Alzheimer (DA). Dieta alcalinizante, antiinflamatória, rica em vegetais, de baixo índice glicêmico ou com características cetogênicas e suplementada de um coquetel antioxidante visam corrigir vias metabólicas responsáveis pela morte de neurônios.

Estima-se que a demência afete mais de 50 milhões de pessoas no mundo (aproximadamente 5% da população idosa mundial), número que deve aumentar para 75 milhões em 2030 e 132 milhões em 2050. Quase 9,9 milhões de pessoas desenvolvem demência a cada ano, o que aumenta o risco de morte prematura e pior qualidade de vida geral. Mulheres mães de crianças com síndrome de Down precisam cuidar ainda mais do próprio cérebro:

A doença de Alzheimer é a terceira causa de morte entre idosos, perdendo apenas para doenças cardíacas e câncer. Fatores genéticos contribuem para o desenvolvimento da doença. Contudo, podemos modular vias metabólicas a partir de um estilo de vida saudável já que o estresse oxidativo, a acidose metabólica, a inflamação e a glicação ativam genes associados ao maior risco de desenvolvimento da doença. Suplementos como astaxantina, vitaminas B3, B9, B12, C dentre outros compostos podem ser suplementados para redução do estresse oxidativo cerebral.

Dentre todos os antioxidantes estudados um muito promissor é a glutationa. O composto protege contra estresse oxidativo, acelera vias para eliminação de metais pesados e combate a neuroinflamação. A glutationa também é importante para o armazenamento e transporte de cisteína e para a síntese de proteínas e DNA, assim como para a regulação do ciclo celular e diferenciação de células. Um nível mais alto de glutationa em centenários foi associado à melhor funcionalidade sugerindo que um nível elevado de glutationa é benéfico para manter uma boa saúde. A produção de glutationa depende dos aminoácidos glicina, cisteína e ácido glutâmico. A cisteína, um aminoácido sulfurado, pode ser ingerida em alimentos ricos em enxofre (alho, brócolis, couve, couve de Bruxelas) para aumentar a síntese de glutationa. O suplemento N-acetilcisteína (NAC), um antioxidante rico em cisteína, pode aumentar a glutationa. A glutationa na forma de cápsulas é pouco absorvida. A forma sublingual é melhor mas a melhor opção seria a forma injetável.

Claro, ao considerarmos a natureza multifatorial da doença de Alzheimer, precisamos pensar em estratégias integrativas que mantenham estresse baixo, peso adequado, glicemia normal e inflamação sob controle. Uma das dietas preconizadas é a ketoflex, associada à atividade física, yoga e meditação para o combate ao estresse, sono de qualidade e exercícios cognitivos.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Óleo de soja e girassol - Influência na nossa saúde (e não é coisa boa!).

As gorduras dos alimentos e do nosso corpo são formados por ácidos graxos, estruturas de carbono e hidrogênio que podem ser mais ou menos flexíveis, dependendo da presença ou ausência de duplas ligações em sua estrutura.

Estas estruturas distintas fazem com que gorduras diferentes possuam impactos diferentes em nosso organismo. Estudos mostram, por exemplo, que óleos muito ricos em ômega-6, como óleo de soja e óleo de girassol contribuem para o estado inflamatório do corpo, para a resistência à insulina, aumento do risco de diabetes, (Poletto et al., 2010), obesidade, esteatose hepática e até problemas neurológicos. É o que trago neste vídeo:

ALIMENTOS FUNCIONAIS
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Como aumentar os níveis de testosterona e melhorar a libido?

A testosterona é um hormônio produzido nos testículos dos homens e, em muito menor quantidade, nos ovários e adrenais das mulheres. São várias as funções desse hormônio: aumento da libido, manutenção de altos níveis de energia, proteção dos ossos, preservação da função mental, ganho de massa magra e força. 

Com o envelhecimento das glândulas, os níveis de testosterona começam a cair e os efeitos são rapidamente observados: aumento da circunferência abdominal, redução da massa muscular, menor disposição e resistência, física, prejuízo da memória, queda do apetite sexual e da contagem de espermatozóides, redução da densidade óssea e depressão.

Isto ocorre porque há um aumento da enzima aromatase, que leva a uma diminuição simultânea nos níveis de testosterona e aumento nos níveis de estradiol e estrogênio. Ou seja, o hormônio sexual feminino aumenta e o masculino diminui. Com isso cai a libido e o acúmulo de gordura.  Quanto maior for a gordura acumulada na região abdominal maior é o aumento da aromatase, aumentando o risco de disfunções eréteis e também de certos tipos de câncer, como o de próstata nos homens e mama nas mulheres.

Como aumentar a testosterona?

O álcool inibe o sistema enzimático P430 do fígado, que é responsável, entre muitas outras coisas, pela eliminação do excesso de estrogênio. O desequilíbrio entre as concentrações de estrogênio e testosterona geram ginecomastia (aumento das mamas  nos homens), queda do desejo sexual e maior risco de disfunção erétil. Por isso, se quiser aumentar os níveis de testosterona no plasma reduza o consumo de álcool.

OUTRAS FORMAS DE AUMENTAR A TESTOSTERONA

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Suplementação de D-chiro inositol - Estudos preliminares mostram que o D-chiro inositol atua como um modulador da aromatase. Quando esta enzima está em excesso no corpo derruba os níveis de testosterona e aumenta o estrogênio. A vantagem do D-chiro inositol parece ser aumentar a testosterona sem desregular outros hormônios. Quando há aumento de testosterona às custas de redução de outros o risco de osteoporose pode aumentar (Monastra et al., 2021).

Reposição hormonal - sou nutricionista e esta não é minha praia mas a reposição pode ser necessária em alguns casos (como disfunção sexual) e o tema deve ser discutido com médico especialista na área. A reposição é feita com a injeção ou uso de adesivos de testosterona na forma sintética e deve ser avaliada caso a caso.

Alimentação saudável -  A dieta também deve ser melhorada pois o baixo consumo proteico, de vitaminas e minerais e o alto consumo de alimentos gordurosos e frituras podem contribuir para as disfunções hormonais. Já as gorduras boas (mono e poliinsaturadas) tem demonstrado resultados positivos, melhorando a libido, relaxando a musculatura e, nas mulheres, contribuindo para a lubrificação vaginal. Alguns suplementos também podem ser indicados como L-arginina, triptofano, maca peruana, whitania somnifera, tribulus terrestris e aswagandha.

Proteína - Estudo mostrou que proteína não pode faltar. Mas, ao mesmo tempo, dietas com altíssimos níveis de proteína, excedendo 3,4g/kg/dia, foram associadas à redução nos níveis de testosterona, possivelmente devido ao estresse no ciclo da ureia e acúmulo de amônia (Whittaker, 2023).

Combate ao estresse - Por fim, é muito importante combater o estresse, um importante redutor dos níveis de testosterona:

ESTAR COM QUEM VOCÊ AMA E COM QUEM SENTE-SE FÍSICA, EMOCIONALMENTE E ESPIRITUALMENTE CONECTADO TAMBÉM MELHORA SIGNIFICATIVAMENTE A LIBIDO!

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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