Avaliação do estado nutricional de vitamina B6

Vitamina B6 é um termo genérico, que se refere a seis compostos interconversíveis, que compartilham uma estrutura 2-metil-3-hidroxipiridina com substituintes variáveis ​​nas posições C4 e C5, ou seja, piridoxina (PN), piridoxamina (PM), piridoxal (PL), e seus derivados fosforilados piridoxina 5'-fosfato (PNP), piridoxamina 5'-fosfato (PMP) e piridoxal 5'-fosfato (PLP).

PLP é a forma de coenzima da vitamina B6 que serve como cofator em mais de 160 funções diferentes. A maioria das enzimas dependentes de PLP está envolvida na biossíntese e degradação de aminoácidos, com papel importante no metabolismo de neurotransmissores, como dopamina, serotonina, glicina, glutamato e ácido γ-aminobutírico (GABA). O catabolismo do aminoácido triptofano pela via da quinurenina envolve várias reações dependentes de PLP que produzem compostos neuroativos e imunomoduladores .

As medidas do status B6 são categorizadas como biomarcadores diretos e biomarcadores funcionais. Os biomarcadores diretos medem a vitaminas B6 no plasma / soro, urina e eritrócitos e, entre esses, o piridoxal 5-fosfato (PLP) plasmático é o mais comumente usado. Biomarcador é “uma característica que pode ser objetivamente medida e avaliada como um indicador de processos biológicos normais, processos patogênicos ou respostas farmacológicas a uma intervenção terapêutica”. O biomarcador nutricional permite a avaliação do estado nutricional refletindo a ingestão de alimentos, uso de suplementos, biodisponibilidade, metabolismo e excreção.

Os biomarcadores funcionais incluem a atividade da B6 como cofator enzimático, por exemplo, nas atividades de transaminase eritrocitária e, mais recentemente, níveis plasmáticos de metabólitos envolvidos em reações dependentes de PLP, como a via da quinurenina, metabolismo de um carbono, transulfuração (cistationina) e descarboxilação de glicina (serina e glicina).

O status da vitamina B6 é melhor avaliado pelo uso de uma combinação de biomarcadores devido à influência de fatores de confusão potenciais, como inflamação, atividade da fosfatase alcalina, albumina sérica baixa, função renal e fosfato inorgânico (Ueland et al., 2015).

Outro teste que pode ser feito é o do gene NBPF3 (rs4654748). Pessoas com a variação C/T ou CC tem maior risco de apresentarem redução de vitamina B6 no sangue do que pessoas TT (Tanaka et al., 2009). Polimorfismos podem comprometer a formação de células vermelhas, de anticorpos, de neurotransmissores, a manutenção de níveis normais de açúcares no sangue.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Uso da vitamina D no tratamento do TDAH

O Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) bastante comum. Cerca de 5% das crianças e 3% dos adultos enquadram-se nos critérios de diagnóstico de TDAH. Com as terapias adequadas os sintomas vão sendo amenizados ao longo da vida. As taxas de persistência de TDAH na fase adulta dependem da gravidade na infância, do diagnóstico e tratamento adequados.

O TDAH está associado com problemas escolares, laborais, comportamentais. Lembre que a falta de foco, desatenção, distração também está presente em outras condições, como na anemia por deficiência de ferro. Por isso, um atendimento integral é muito importante para que problemas confundidores sejam descartados.

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Pessoas com TDAH são mais propensas do que a população típica a desenvolverem comorbidades como ansiedade crônica, depressão, tiques, transtornos alimentares. O tratamento pode envolver uso de medicação, terapia cognitivo comportamental, atividade física, arteterapia, yoga, meditação e dieta adequada. Medicamentos e suplementos são utilizados para reequilibrar a produção de neurotransmissores.

A correção de carências é muito importante. Por exemplo, crianças com carência de vitamina D apresentam mais comportamentos associados ao TDAH (Elshorbagy, 2018).

A partir desta análise as crianças com TDAH (todas tratadas com metilfenidato /ritalina) foram divididas em 2 grupos: o primeiro recebeu 3.000 UI de vitamina D ao dia e o segundo não recebeu. Ao final, observou-se que a impulsividade, desatenção e comportamento opositor melhoraram mais no grupo que usou a vitamina D (Elshorbagy, 2018). A vitamina D ajuda a aumentar a dopamina e reduz a neuroinflamação, ajuda também a aumentar a síntese de serotonina e falo mais sobre estes aspectos no curso PSICONUTRIÇÂO.

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Livros para explicar o TDAH para crianças

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Variações do gene FTO geram menor saciedade, maior inflamação e afetam o envelhecimento cerebral

A contribuição da genética para o desenvolvimento da obesidade tem sido extensivamente investigada em estudos de associação do genoma, onde as formas mais comuns de obesidade são poligênicas, com a descoberta de pelo menos 77 loci associados a esta doença. O gene FTO, localizado no cromossomo 16, foi descoberto em 2007 e está relacionado ao aumento da massa gorda e maior risco de obesidade.

O polimorfismo (variação) de nucleotídeo único (SNP) do FTO mais estudado é o rs9939609, que compreende os alelos A e T, onde o alelo de risco A parece estar diretamente relacionado à menor saciedade, maior consumo calórico e aumento do acúmulo de gordura corporal. Pessoas AA também apresentam-se mais inflamadas do que pessoas TT, indicando a necessidade de dieta antiinflamatória e atividade física regular para controle do peso. Outros genes também estão envolvidos no controle do apetite. Aprenda mais sobre genômica nutricional neste curso.

O FTO também parece afetar marcadores de envelhecimento cerebral independentemente do IMC. Variantes do gene do FTO parecem aumentar o risco de desenvolver doenças relacionadas à idade predominantemente através da obesidade, mas parece haver alguma evidência na literatura de que o FTO tem alguns efeitos pleiotrópicos (que influenciam outras características), especialmente em marcadores de envelhecimento cerebral (Ganeff et al., 2019).

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