A vitamina B6 desempenha várias funções importantes no metabolismo de aminoácidos, na síntese de neurotransmissores (como serotonina, dopamina e GABA), como co-fator para produção de DHA e EPA (formas ativas do ômega-3), para a formação do grupamento heme da hemoglobina e no metabolismo da metionina. A deficiência impede a formação de cisteína, taurina, glutationa (antioxidante), bloqueia a degradação da homocisteína (inflamatória e neurotóxica).
A forma mais comum de B6 é a piridoxina, porém esta precisa ser convertida em Piridoxal 5 fosfato (P5P) para atuar nos processos endógenos. Em estudo, apenas 33% das pessoas que ingerem B6 conseguiram aumentar os níveis endógenos de P5P. Portanto em algumas situações de risco é necessário utilizar a forma ativa (P5P).
SITUAÇÕES QUE GERAM QUEDA DA VITAMINA B6 NO ORGANISMO
Alimentação pobre em B6
Uso de anticoncepcionais
Alto consumo de álcool
Desnutrição
Má absorção intestinal
Perdas durante a hemodiálise
Uso de medicamentos inativadores de piridoxina (por exemplo, anticonvulsivantes, isoniazida, cicloserina, hidralazina, corticosteroides, penicilamina)
COMO AVALIAR E SUPLEMENTAR A VITAMINA B6?
A primeira coisa é saber se existem sinais e sintomas relacionados à deficiência de vitamina B6. Deve-se avaliar: depressão, distúrbios do sono, piora da TPM, náuseas, vômitos, dermatite seborreica, eczema e outras inflamações na boca, nariz e ouvido. No sangue pode-se avaliar o aumento da homocisteína (também pode ocorrer por deficiência de B12 e/ou B9.
Outras formas de avaliação da B6:
Vale ressaltar que essa vitamina, embora hidrossolúvel, demonstra riscos quando em excesso. Em doses acima de 2 g pode provocar lesões cutâneas e toxicidade neurológica, como formigamento das mãos e dos pés e dificuldade de caminhar. Isso ocorre principalmente quando há simultaneamente deficiência de folato.
Dica: a vitamina B6 ajuda a entrada do magnésio nas células, por isso, muitas vezes são suplementados juntos.