Culto à dieta saudável: qual é o limite?

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Qual dieta seguir? A da pirâmide, a vegana, a ovo-lacto-vegetariana, Atkins, Dukan, mediterrânea, cetogênica, paleo, nenhuma...?  Isso é algo que só você pode saber. Conhecendo o próprio corpo, sabendo como você deseja se sentir hoje e daqui a 30 anos e se informando sobre nutrição e saúde você poderá fazer escolhas bem informadas. Isso é importante, nutricionistas ajudam mas ninguém melhor que você para saber o que funciona no seu corpo, com a genética e metabolismo que só você tem. Profissionais de saúde dão apoio, traduzem a ciência para você, estimulam mas não deixe na mão dos outros algo que diz respeito só a você.

Quando falo em outros preciso incluir aqui o conjunto de pessoas que não entendem nada de nada e que também darão pitaco na sua vida, seja porque você deixa, seja porque você procura.

Receba a newsletter semanal. Dra. Andreia Torres é nutricionista, mestre em nutrição, doutora em psicologia clínica, especialista em yoga.

Existem as pessoas que vão dão sugestões pois se preocupam com você (mãe, tia, amiga, vizinha...). Mas tem gente que ainda vai atrás da opinião de alheios em posts do Instagram, facebook e outras redes sociais. Tem muita coisa legal por aí. Mas o que mais tem é dieta maluca, extremista. Quem não conhece o próprio corpo e como ele reage a cada mudança corre o maior risco de se deixar por promessas mirabolantes. E algumas parecem fazer sentido. Vemos por exemplo uma geração "saudável" que só consome orgânicos, nada de fritura, nada de industrializados, nada de doces, nada de glúten, nada disso ou daquilo...

E existe uma linha entre a preocupação com a saúde e a neurose. A obsessão pela dieta saudável pode revelar uma desordem psiquiátrica conhecida como ortorexia. Se não há alimento saudável a pessoa pira, se come um bombonzinho uma vez por ano se mata de culpa, se pune. As consequências desse extremismo podem incluir doenças, carências de nutrientes, desnutrição, estresse físico e mental. O problema, claro, não é se alimentar de forma saudável mas sim como isto está influenciando sua saúde.

Marilyn Monroe teve várias fases (como a maioria das pessoas). Já esteve mais malhada, mais magra e mais cheinha. Mas sempre transbordava confiança e sensualidade, como nessa foto. Por isso, até hoje é considerada uma das mulheres mais bonitas da hi…

Marilyn Monroe teve várias fases (como a maioria das pessoas). Já esteve mais malhada, mais magra e mais cheinha. Mas sempre transbordava confiança e sensualidade, como nessa foto. Por isso, até hoje é considerada uma das mulheres mais bonitas da história do cinema. Cuide-se porque se ama e não para seguir um padrão imposto de fora.

A alimentação deve ser fonte de prazer e saúde e não de estresse e doença. Para saber se os cuidados estão sendo excessivos preste atenção em sinais clínicos como queda de cabelo, problemas de pele, funcionamento intestinal, nervosismo, falta de energia, tristeza, angústia, medos desproporcionais (de desenvolver diabetes, de ter câncer, de infartar, de morrer) depressão.

Também observe o impacto que a dieta tem na sua vida social. Você deixa de fazer as coisas que ama, de estar próximo das pessoas que mais te fazem bem para não sair da dieta? Como isso influencia sua vida/suas emoções/sua felicidade? O alimento controla seu dia inteiro? Você dorme pensando no que irá comer no café da manhã? Toma café da manhã já preocupado com a refeição do resto do dia e onde conseguirá todos os alimentos saudáveis que precisa? Passa fome se não houverem opções que você considera saudáveis disponíveis à mesa? Você julga o que os outros comem?

Os seres humanos podem prosperar com dietas muito diferentes. A pessoa que viveu até os 90 anos em Minas Gerais consumiu durante a vida uma dieta bem diferente da pessoa que viveu até os 90 anos no Japão. Somos adaptáveis e podemos acomodar nossas preferências em um plano alimentar nutritivo.

"Faça do seu alimento seu remédio e do seu remédio seu alimento". A galera saudável adora essa frase de Hipócrates. Também gosto mas vamos lá: Hipócrates foi sim uma figura muito importante na história da medicina porque foi um dos primeiros a afirmar que as doenças eram causadas por processos naturais e não pela punição dos deuses. Ao mesmo tempo Hipócrates e seus seguidores também acreditavam na teoria humoral, a idéia de que todas as doenças resultam de um desequilíbrio entre sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra. Bem, de lá para cá a ciência evoluiu bastante.

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O alimento continua sendo uma forma importante de nos cuidarmos. Existem evidências suficientes de que frutas, verduras, castanhas, sementes, ervas, condimentos e especiarias dentre tantos outros alimentos fazem um bem danado. Devem estar presentes na alimentação se queremos viver mais e melhor. Ao mesmo tempo não previnem tudo nem curam tudo. Temos data de validade e a opção de colocarmos em nossa boca coisas que alimentam nosso corpo e nossa alma.

Pessoas em sofrimento devem buscar acompanhamento especializado. Dentre os tratamentos destacados na literatura está a Terapia Cognitivo Comportamental, que ajuda pessoas com transtornos a remodelarem os pensamentos errôneos. A terapia é unida ao aconselhamento nutricional, abordagem que ajuda o paciente a repensar a alimetação, fugindo de dietas rigorosas, respeitando desejos, preferências, emoções, cultura e regionalidade. O tratamento inicia-se com acompanhamento semanal com psicóloga e quinzenal com nutricionista, por 3 meses. Para agendar o início do tratamento envie uma mensagem. O pagamento pode ser dividido em até 6 vezes, no cartão de crédito.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Eu e a nutrição: 20 anos de formada

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Há 20 anos me formava em nutrição. Como voou! Cresci muito com minha profissão, me aperfeiçoei, me tornei uma melhor pessoa. Depois de formada foram muitos cursos, muitas leituras, fiz especializações, mestrado, doutorado, trabalhei com grandes nomes da área, no Brasil e no exterior. 

Aprendi com eles as técnicas, mas aprendi também a ser mais paciente, flexível, aprendi a sorrir mais, a ter mais compaixão pelo sofrimento do outro, aprendi a ouvir e a aconselhar. E como não podia deixar de ser, aprendi também colocando a mão na massa, com as dúvidas dos meus alunos, com as demandas dos meus clientes. E são muitas as recompensas. Conheci tanta gente legal, trabalhei em tantos lugares incríveis, pesquisei com tantas pessoas fantásticas, ouvi tantas histórias de sucesso dentro do consultório, tive tantos clientes inspiradores, conheci tantos pais que se superam a cada dia para dar o melhor para seus filhos... 

Desejo que meus colegas de profissão, principalmente os estudantes e os recém formados consigam enxergar o quanto esta profissão é maravilhosa, o quanto podemos ajudar quem sofre, o quanto podemos contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos que nos procuram. E aos colegas que como eu já estão a tempos nesta estrada que mantenham acesa a paixão pela nossa área, que continuem caminhando com ética e determinação.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Estratégias para redução do estresse

Quem teve um 2017 estressante? Muita gente! O estresse está sempre presente em nossas vidas mas cada um lida com os desafios de forma diferente. Vamos aprender estratégias para ter um 2018 melhor?

O estresse e a ansiedade são grandes causadores de doenças. Muitas estratégias podem ajudar a aliviar o estresse, dentre elas as terapias farmacológicas (medicamentos) e as não farmacológicas, que são as preferíveis.

Em um estudo que avaliou o estresse foram recrutados 60 estudantes com idade média de 18,8 anos. Os mesmos foram divididos em 2 grupos. Os 30 estudantes do primeiro grupo não praticavam yoga e os participantes do segundo grupo praticavam há mais de um ano. Os estudantes praticantes de yoga tinham menor frequência cardíaca a maior capacidade de se adaptarem a situações estressantes.

Os resultados positivos também foram descritos em idosos. Em estudo de 7 semanas foi observado que os praticantes de yoga apresentavam melhorias em termos de equilíbrio, flexibilidade, bem estar mental e emocional e níveis de estresse (Ferguson-Stegall, 2016).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/