Exercício físico é importante mas em excesso aumenta a mortalidade.

Esta não é a primeira vez que a literatura aponta isso. Exercícios de endurance praticados cronicamente podem aumentar o risco de fibrilação arterial, arritmias ventriculares malignas e doenças coronarianas arteriais (Lavie et al., 2015).

Este ano, artigo publicado na revista JAMA mostrou, de novo, que ser sedentário não é nada bom. A prática de atividade física foi protetora. Mas até quanto? Foi protetora quando se praticava 3 a 6 horas por semana de atividade física intensa ou 7 a 12 horas por semana de atividade física moderada. A partir daí o risco de mortalidade voltou a aumentar (Hannah et al., 2016). Para maior segurança, conte com a orientação de um educador físico.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Distúrbios de sulfatação no autismo

O estresse oxidativo parece ser uma alteração bioquímica comum em grande parte das pessoas com algum transtorno do espectro do autismo (TEA). Alguns compostos sulfurados (contendo enxofre) necessários à reações de destoxificação (eliminação de toxinas), especialmente sulfatação, também estão em menor concentração no sangue de indivíduos com TEA. Desta forma, compostos com dupla capacidade, reduzindo a quantidade de radicais livres e melhorando processos de sulfatação vem sendo investigados. 

Compostos sulfurados com propriedades antioxidantes incluem n-acetilcisteína, sulforafano e L-carnitina. Um fator contribuinte para o déficit de substâncias sulfuradas no autismo é a maior excreção destes compostos pela urina. Estudos mostram que nos TEA a excreção de sulfato pode ser entre 200 e 700% maior, o que dificulta as reações de destoxificação e aumenta o estresse oxidativo.

Existem evidências de que o déficit de substâncias sulfuradas reduz a produção de energia, afeta o microbioma intestinal e o comportamento. A sulfatação é uma das rotas metabólicas que contribuem para a redução do excesso de alguns neurotransmissores secretados pelo cérebro de autistas. 

Alguns pesquisadores conseguiram demonstrar que a suplementação de n-acetilcisteína reduziu a irritabilidade; a L-carnitina melhorou o comportamento avaliado com o uso de escalas clássicas da área. Estudos também mostram que a redução da irritabilidade é melhor quando se associa risperidona (antipsicótico) com n-acetilcisteína. Ou seja, o medicamento risperidona, quando utilizado sozinho parece ter uma menor eficácia do que quando associado ao suplemento n-acetilcisteína. Desta forma, mais estudos nesta área são indicados (Bittker, 2016

A benfotiamina (derivada da vitamina B1, tiamina) e a biotina, vitamina do complexo B que contém enxofre também vem sendo investigadas. Mais sobre esta temática no curso online sobre autismo.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Aleitamento materno melhora desenvolvimento cognitivo

A Organização Mundial de Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo pelos primeiros 6 meses de vida do bebê. Após a introdução de novos alimentos, recomenda-se ainda o aleitamento de forma complementar até os 2 anos de vida. E por quê?

Existem evidências científicas suficientes de que o aleitamento materno protege mãe e bebê. Reduz a incidência de câncer de mama na mulher, contribui para a involução do útero após o parto e reduz os sangramentos. Também acelera a conexão emocional mãe-bebê.

Para os bebês as vantagens incluem ainda a redução da incidência de doenças alérgicas, incluindo a asma, a redução no número e severidade das diarreias, assim como o menor número de internações hospitalares por todas as causas. 

A maior parte dos estudos que examinam a relação e o desenvolvimento neurocognitivo mostram que bebês que são amamentados por mais de 6 meses apresentam menor risco de desenvolverem déficit de atenção/hiperatividade e autismo (Sari, Milanaik, Adesman, 2016).. 

Amamentar é natural mas nem sempre é fácil. Se precisar busque ajuda, com enfermeiros, nutricionistas ou médicos. Mulheres que produzem leite em quantidade excessiva podem doar o alimento aos bancos de leite. Assim, outros bebês, cujas mães não podem amamentar, se beneficiarão também.

Para saber mais sobre os benefícios do aleitamento clique aqui.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/